ANIMAÇÃO EM FOCO - "ZÉ BUSCAPÉ" (HANNA/BARBERA - 1965) - OS URSOS CAIPIRAS
Se há um estúdio de animação que aparece com frequência aqui no blog, é o Estúdio Hanna/Barbera! E não é para menos, quem o conhece não esquece de pelo menos uma de suas produções. Nossa matéria destaca mais uma delas, que fez sucesso nos EUA e também por aqui. Nos referimos a "ZÉ BUSCAPÉ". E claro que o convidamos a relembrar conosco. Vamos lá???
Em 1962, foi lançada nos EUA uma série para a TV, chamada "The Beverly Hillbillies" (Os caipiras de Beverly), que alcançou enorme sucesso permanecendo no ar durante 9 temporadas e gerando um longa de cinema em 1993 (também era sucesso nas 'tirinhas' dos jornais, antes do seriado). No Brasil, a série foi batizada de "A Família Buscapé".
Três anos depois, em 1965, a Hanna/Barbera lançou uma nova animação baseada nos personagens do seriado. Seu título era: "The Hillbilly Bears" (Os Ursos Caipiras). Obviamente, no Brasil, para ligar as produções foi utilizado um título que remetesse ao seriado. Desta forma, por aqui, a animação foi batizada de "Zé Buscapé"...
Assim como a série de 1962, a animação de 65 brincava com o estereótipo social do 'caipira' (que foi também adotado por aqui, acho que por causa de Mazzaropi e seu "Jeca"). A maior curiosidade da animação talvez fosse o patriarca da família: Paw Hugg, no Brasil "Zé Buscapé"...
(PAW - é o jeito 'caipira americano' de falar "pá" - apóstrofe de 'pai', que por sua vez é apostrofe de 'papai')
A maior parte do tempo em que aparece, está acompanhado desta velha espingarda. Não raro, está na varanda, sentado na cadeira de balanço, ao mesmo tempo em que 'briga' com seus vizinhos, os Hoppers. A 'briga' está entre aspas porque é sempre muito letárgica. Pois os envolvidos se limitam a atirar para lá e para cá, sem ao menos fazerem mira...
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| O patriarca dos vizinhos inimigos |
Além de brigão, outra característica de Zé Buscapé é seu modo de falar. Nos primeiros episódios era um murmurio completamente ininteligível (que alguém traduzia), como pode ser visto no episódio abaixo...
Depois, sua fala melhorou...um pouco! No meio de todo aquele murmurio ou resmungo, algumas palavras são compreensíveis...Com o tempo foi ficando mais clara, embora murmurada e anasalada.
Zé Buscapé também tem uma tendência a estar sempre dormindo e sempre, sempre resmungando algo que ninguém entende... Os outros membros da familia são: Bié Buscapé, sempre com um lenço amarrado na cabeça e fumando um cachimbo. Ela cuida de tudo na casa e se irrita com a malandragem de Zé, ocasiões em que usa seus bordões: "Vamu lá Zé! Vamu home, acorda!".
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| Maw (mã, mãe, mamãe) |
A filha dos dois era Floral (no Brasil, Florzinha), que era a bela sulista (na série Familia Buscapé havia Elly May) e a mais sofiscada da familia. E por último havia Shag (no Brasil, Chapeuzinho), que era o mais novo, era um encrenqueiro e admirava seu pai...
As histórias não se limitavam as brigas entre Zé e seu vizinho, a familia passava por outras situações as vezes absurdas e as vezes comuns. O engraçado era o contraste entre pessoas da cidade que apareciam por ali e os costumes dos 'caipiras locais'. Geralmente eram recebidos a bala, pois as familias estavam sempre dispostas a defender suas terras...
A série animada foi lançada em um 'combo' (como era costume) com outros personagens. O show era da Formiga Atômica e do Esquilo Sem Grilo, e Zé Buscapé era um de seus segmentos. A série foi exibida nos EUA de 02 de outubro de 1965 até 07 de setembro de 1967.
No Brasil, também foi exibida em 'combo' e mais tarde as animações foram separadas (cobria mais horários). Foi exibida na TV Tupi (o que não é surpresa); na TV Bandeirantes; na Rede Manchete e na era da TV a Cabo no Boomerang...
Os dubladores no Brasil foram: Zé Buscapé por Pietro Mário; Bié por Glória Ladany; Florzinha por Miriam Thereza e Chapéuzinho por Carmen Sheila (até hoje, em alguns casos, mulheres dubladoras fazem crianças de ambos os sexos).
TÁ NA HORA DE...BÔNUS!!!
Para alguns a melhor hora!!! Anexamos abaixo mais alguns episódios. Divirtam-se!
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