Review de Batman 66 - episódios The Joker is Wild e Batman is Riled

 



Em post anterior, comentei sobre os dois primeiros episódios da série clássica do Batman de 1966, que basicamente popularizou o personagem mundo afora. Para mais detalhes, confira o link abaixo.

https://memoriamagazine.blogspot.com/2021/12/review-de-batman-66-episodios-hi-diddle.html

Agora, continuando a descrição dos episódios, vamos para os episódios The Joker is Wild e Batman is Riled, ambos dirigidos por Don Weis. Aqui temos o Coringa, o Joker, o bobo, o palhaço, arqui-inimigo do Homem-Morcego, interpretado por Cesar Romero.


No enredo, durante um jogo de beisebol, o Coringa consegue escapar da penitenciária, catapultando-se para fora do pátio. O vilão deixa um busto dele próprio como pista. O comissário Gordon, cujo papel é feito por Neil Hamilton, liga para o telefone vermelho, ao qual o leal Alfred (Alan Napier) prontamente atende e depois avisa Bruce Wayne (Adam West) e Dick Grayson (Burt Ward). O jovem Dick está tendo uma aula de piano sobre Chopin e recebe uma lição de moral de Bruce, a respeito da importância da música. Chegando na sede da polícia, Batman deduz que o busto do Coringa é uma referência à exposição dos grandes comediantes do museu de Gotham, na qual o Coringa não foi homenageado.


No mesmo museu, há uma coleção de joias preciosas, que o vilão provavelmente tentará roubar. Quando a Dupla Dinâmica chega ao local, encontra um busto do Coringa, o que a deixa confusa. Era tudo um estratagema do Palhaço do Crime, que se escondeu dentro dos bustos dos comediantes, com seus capangas. Claro que Batman já havia adivinha isso e surpreende o vilão. Começa uma briga entre a Dupla Dinâmica e o Coringa e seus capangas; Batman e Robin se saem melhor graças a seus cintos de utilidade, que soltam gases. O Coringa consegue escapar, jurando que nunca mais permitirá que os cintos de utilidades dos heróis lhe prejudiquem novamente.


Dessa forma, o vilão cria sua própria versão do cinto de utilidades e traça um novo plano. Enquanto isso, Bruce e Dick estão na sede da polícia com o comissário Gordon, que diz que Batman e Robin deverão ser os convidados para inaugurar o navio S.S. Gotham. Nesse momento, um boneco de palhaço é atirado pela janela; trata-se de uma nova pista do Coringa. O comissário Gordon liga para o telefone vermelho e quem atende é novamente Alfred, que diz obviamente que Batman não está lá, uma vez que Bruce e Dick estão na sala do Gordon. Bruce pede para levar o boneco do palhaço como lembrança, e o comissário deixa, apesar de ser uma evidência importante.


Analisando o boneco na Batcaverna, Batman deduz que é uma referência à opera Pagliacci, que seria transmitida pela TV. A Dupla Dinâmica rende o tenor que estava cantando e o desmascara, revelando que é sim o Coringa. A curiosidade é que a máscara de palhaço que o vilão usa inspirou a máscara que o Coringa de Heath Ledger veste na sequência do banco de O Cavaleiro das Trevas. Em uma virada, o Coringa tira rapé de seu cinto de utilidades e joga na cara de Batman e Robin. Os capangas logo aparecem prestando auxílio e capturam os heróis. O Coringa se prepara para desmascarar a Dupla Dinâmica em frente à TV, mas Batman saca um dispositivo de seu cinto de utilidades, rompe um cano d'água, e ele e Robin conseguem reagir e lutar com os capangas. Porém, o vilão consegue fugir outra vez. Batman o persegue, mas o Palhaço do Crime saca uns confetes de seu cinto e deixa o Cruzado de Capa todo enrolado. Robin consegue soltar Batman, enquanto o Coringa foge.

Na Batcaverna, a Dupla Dinâmica está assistindo à TV e o repórter está entrevistando o Comissário Gordon e dando a notícia que Gotham está tendo a maior onda de crimes jamais vista, uma vez que Batman foi desmoralizado. O apresentador ainda diz uma fala piegas, que seu filhinho de 8 anos ora na cama desesperado pedindo que a situação chegue ao fim. Então, o Coringa aparece no estúdio de TV e aperta a mão do apresentador, o eletrocutando. Isso serviu e inspiração para a famosa cena do Batman de 1989, quando o Coringa do Jack Nicholson mata um mafioso rival também com um aperto de mão. O vilão faz um desafio na TV para que Batman descubra seu próximo crime. Batman advinha a charada, e a Dupla Dinâmica segue para um armazém. No local, Batman e Robin encontram o Coringa e seus capangas roubando, iniciam uma nova luta, mas o Coringa consegue substituir o cinto de utilidades do herói por um dos seus, e então Batman acaba por estourar vários confetes e serpentinas.


Com os heróis desmoralizados, o Coringa lê no jornal que a Dupla Dinâmica inaugurará o S.S. Gotham; o vilão põe uma rolha com gás sonífero no champanhe da comemoração. No evento, quando Batman quebra o champanhe no navio, ele e Robin são postos para dormir com o gás. Os capangas do Coringa aparecem e sequestram os heróis. O plano do vilão é trocar a Dupla Dinâmica pelo S.S. Gotham, mas ele não contava que os heróis acordariam, graças a um antídoto antiveneno. Começa uma luta cheia de onomatopeias, e o Coringa e seus capangas levam uma surra e são presos. A garota do Coringa tenta seduzir Batman, mas ele resiste e também a prende. Se fosse James Bond, ele não deixaria passar essa.


Enfim, esses episódios são marcantes porque é neles que o Coringa faz seu debut na série de 66. Até hoje, o Coringa de Cesar Romero é o que mais apresenta fidelidade aos quadrinhos, na minha opinião. E esclareço: ele é fiel ao Coringa daquela época, que é o mais galhofa, de Dick Sprang. Não é o Coringa assassino, de sua gênese por Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson, nem o Coringa assassino renascido, de Dennis o'Neil e Neal Adams. É realmente a versão mais pueril e cômica do Palhaço do Crime, presente nas histórias dos anos 50 e parte dos 60. Nem o Coringa de Jack Nicholson é tão fiel às HQs, apesar de ter certa influência da versão de David Englehart, muito menos as versões de Heath Ledger e Jared Leto.



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