Baú de Revistas | WITCHBLADE (1995)



Nos anos 90, quando a Image Comics sacudia o mercado, a Top Cow lançou uma personagem que se tornaria símbolo daquela década: a detetive Sara Pezzini, escolhida para portar a misteriosa e temperamental luva viva conhecida como Witchblade.

Artes exuberantes, ação sobrenatural, mitologia própria e até série de TV e anime — Witchblade marcou época e deixou sua assinatura na cultura pop.

Confira no blog nossa viagem nostálgica pela criação de Marc Silvestri, David Wohl, Brian Haberlin e Michael Turner, e relembre por que a Witchblade se tornou uma das maiores heroínas dos quadrinhos dos anos 90.


Se você foi leitor de quadrinhos nos anos 90, é bem provável que já tenha se deparado com a figura imponente de Sara Pezzini, a detetive de Nova York que se tornou portadora da mística WITCHBLADE. Criada em 1995 pela trupe criativa de Marc Silvestri, David Wohl, Brian Haberlin e Michael Turner, a personagem logo se tornou um dos símbolos da editora Top Cow Productions, selo vinculado à Image Comics.

E convenhamos: Witchblade tinha tudo aquilo que definia os quadrinhos daquela década — arte exuberante, roteiros carregados de ação sobrenatural, um toque sensual e uma mitologia própria que misturava magia, mistério e violência urbana.


Sara Pezzini era apenas uma policial dedicada, até ser escolhida como a portadora da Witchblade, uma luva/armadura viva que remonta a eras antigas e concede ao usuário habilidades sobre-humanas. A peça, no entanto, não é um “artefato bonzinho”: é temperamental, tem vontade própria e nem sempre está disposta a cooperar com sua usuária. Isso criava uma tensão narrativa interessante: quem realmente controlava quem?

Essa dualidade — a policial racional versus o artefato místico e instável — foi uma das chaves para o sucesso da série, dando espaço para tanto batalhas épicas quanto dilemas pessoais e existenciais.

A estreia em Witchblade #1 (1995) foi um sucesso imediato. Rapidamente, a personagem virou o carro-chefe da Top Cow, rivalizando em popularidade com outra criação marcante da época, The Darkness (que inclusive dividiu arcos com Sara em diversas ocasiões).



Entre os pontos altos:
  • Michael Turner, com seu estilo artístico inconfundível, ajudou a consolidar a identidade visual da série.
  • A revista chegou a ultrapassar centenas de milhares de cópias vendidas, um feito notável para uma editora independente.
  • A personagem não ficou restrita às HQs: ganhou série de TV em live-action (2001–2002), um anime japonês (2006) e até jogos de videogame.

Witchblade é lembrada como um dos grandes ícones da “era Image”, quando os quadrinhos estavam quebrando padrões, buscando mais estilo, ousadia e liberdade criativa. Ela representava a mistura típica dos anos 90: heroínas poderosas e sensuais, mas também envoltas em tramas sombrias, violentas e cheias de misticismo.

Hoje, olhando para trás, muitos podem até sorrir diante do exagero visual — armaduras que mal cobriam o corpo, músculos superdimensionados, poses impossíveis — mas não dá para negar que Witchblade marcou época. Foi a porta de entrada para muitos leitores em um universo de quadrinhos além da Marvel e da DC.


Apesar de altos e baixos, relançamentos e revisões, Witchblade segue sendo um nome lembrado com carinho pelos fãs de quadrinhos dos anos 90. É impossível falar de nostalgia dessa década sem citar Sara Pezzini e sua relação turbulenta com a misteriosa joia viva.

Em um mercado que muitas vezes se repetia, Witchblade representava exatamente o que os leitores daquela época buscavam: algo diferente, ousado e visualmente arrebatador.

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Cosplayer: Christina Fink



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