In Memoriam | FRANCISCO CUOCO (1933-2025)
Esses tempos estão difíceis, muita gente morrendo. Mais uma vez, venho escrever um post por um triste motivo, que é o falecimento de Francisco Cuoco, em 19 de junho, aos 91 anos, talvez o último dos grandes galãs televisivos.
Nascido em 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, de origem humilde. Durante o dia, ajudava seu pai na freira e à noite estudava. Após o vestibular, trocou o curso de direito pela Escola de Arte Dramática da USP. Fez sua estreia no Teatro Brasileiro de Comédia e depois atuou na companhia Teatro dos Sete. Seu primeiro protagonista de teatro foi o personagem Werneck, na peça O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, em 1961, com direção de Fernando Torres.
Ao mesmo tempo, Cuoco fazia sua trajetória televisiva. Em 1957, tinha sua estreia na TV Tupi. Passou ainda pelas TVs Rio, Excelsior e Record, antes de consagrar-se na Globo. Na Vênus Platinada, sua carreira decolou, e ele se tornou um “galã improvável”, como ele mesmo dizia. Alguns de seus papéis mais marcantes foram Gilberto Athayde na novela O Cafona, Cristiano Vilhena em Selva de Pedra, Carlão em Pecado Capital, o vidente Herculano Quintanilha em O Astro e muitos outros. A morte de Carlão é um dos momentos mais antológicos da TV brasileira.
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