Animação em Foco | GRUMP, O FEITICEIRO TRAPALHÃO (Here Comes the Grump) - 1969


Bastava ouvir aquela risadinha esganiçada e ver um dragãozinho resmungando pelos céus para sabermos: vinha confusão por aí! Estamos falando de Grump, o Feiticeiro Trapalhão, uma animação que marcou época e deixou saudade nos corações de quem cresceu colado na TV.

Grump não era exatamente um vilão assustador — pelo contrário! Era um feiticeiro resmungão, teimoso e desastrado, sempre perseguindo o jovem Terry e seus amigos em aventuras mágicas cheias de cor, humor e fantasia.

Se você viveu essa época, prepare-se para uma viagem no tempo! Vamos relembrar curiosidades, personagens e tudo que fez dessa animação uma verdadeira joia da nossa infância.

SINOPSE: A trama gira em torno do jovem Terry Dexter, que é transportado para um mundo mágico e encantado. Lá, ele encontra a princesa Aurora e seu mascote, o dragãozinho Bip-Bop. Juntos, eles tentam quebrar o feitiço de tristeza lançado sobre o Reino Feliz pelo rabugento e desajeitado Grump, um feiticeiro que vive criando planos mirabolantes para impedir a felicidade.



Título: GRUMP, O FEITICEIRO TRAPALHÃO 
Título Original: Here Comes the Grump
Ano: 1969
País: EUA
Criador: Friz Freleng
Produtora: DePatie–Freleng Enterprises
Emissora: NBC
Direção: Hawley Pratt
Produtores executivos: David H. DePatie e Friz Freleng
Compositor da trilha sonora: Doug Goodwin
Dubladores:
- Grump (o Feiticeiro) – Paul Winchell (EUA) - Isaac Bardavid (BRA)
- Terry Dexter – Jay North (EUA) - Older Cazarré ou Carlos Marques (BRA)
- Princesa Dawn/Aurora – "Not Confirmed"  - Maria Helena Pader ou Selma Lopes (BRA)
- Narrador – Luiz Manuel ou Carlos Alberto Vaccari (BRA)

No Brasil, o desenho foi exibido pela primeira vez na Rede Globo, ainda na década de 1970 (Globo Cor Especial). Depois disso, passou também pelo SBT nos anos 80, e por um bom tempo fez parte da programação da TV Record, principalmente nas manhãs e tardes.


Produzido pelos mesmos estúdios responsáveis pelas aventuras da "Pantera Cor-de-Rosa", Grump era, ao mesmo tempo, vilão e alívio cômico. Sua missão? Impedir que o jovem Terry Dexters e a princesa Dawn dessem fim ao feitiço da tristeza lançado sobre o Reino Feliz. Mas como o nome já entrega, Grump era tão atrapalhado e seus planos geralmente terminavam em confusão — e, claro, risadas.

Diferente dos desenhos mais frenéticos das décadas seguintes, "Grump" apostava em uma narrativa fantasiosa, cheia de criaturas excêntricas, castelos flutuantes e planos mirabolantes. Era quase como assistir a um conto de fadas psicodélico com humor pastelão. A cada episódio, Terry, Aurora e o pequeno dragão Dingo se deparavam com um novo desafio mágico, sempre escapando por pouco das armadilhas de Grump.

A arte do desenho, com traços coloridos e cenários surreais, refletia bem a estética psicodélica do final dos anos 60 — e mesmo quem assistiu a reprise nas décadas de 70 ou 80 pode confirmar: havia algo de único naquela ambientação onírica e divertida.

Boa parte do sucesso do desenho no Brasil deve-se à excelente dublagem nacional, que soube adaptar os trocadilhos e exageros cômicos para o público local. O tom rabugento e esganiçado de Grump, em especial, tornou-se icônico. Como esquecer seus surtos de raiva, seguidos por planos que sempre davam errado? Era o tipo de personagem que você adorava odiar.

Hoje, "Grump, o Feiticeiro Trapalhão" pode ser uma raridade nas prateleiras — ou melhor, nos streamings — mas permanece firme na memória de quem cresceu com suas aventuras. Muitos podem não lembrar o nome do jovem herói Terry, mas jamais esquecerão o feiticeiro de nariz pontudo, voz irritante e risada nervosa.

A série durou apenas uma temporada, com 34 episódios, mas marcou época. Em uma era sem internet, ela era parte do ritual mágico de sentar-se em frente à TV e deixar a imaginação correr solta.

CURIOSIDADES:

  • Grump foi criado com forte inspiração nos vilões atrapalhados das comédias pastelão, sendo uma mistura de maldade caricata com falhas hilárias.
  • Grump voava sobre um dragão chamado Bip-Bop (ou Dingo na dublagem brasileira), que era tão mal-humorado quanto ele, mas muito mais simpático para o público.
  • A versão brasileira teve uma dublagem marcante que adaptou os trejeitos e expressões de Grump com humor nacional, tornando-o ainda mais popular entre o público infantil.
  • A abertura era uma música animada e grudenta, com narração que apresentava o universo da série de forma divertida — algo típico dos desenhos da época.
  • A narrativa era fortemente inspirada em contos de fadas clássicos, com princesas, vilões mágicos, castelos e uma busca heroica por justiça.
  • Apesar de ser pouco lembrado pelas gerações atuais, "Grump" é considerado um clássico cult entre fãs de animação vintage, sendo lembrado com carinho em fóruns e comunidades de nostalgia.
  • As perseguições em cada episódio os levam a lugares bizarros e com personagens excêntricos, resultando em muitas situações cômicas.
  • Em 2018, um longa-metragem em CGI chamado "Here Comes the Grump" (Uma Aventura de Dragão, no Brasil) foi lançado como homenagem ao original, embora com visual e tom bastante diferentes.

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