Papo de Cinema | A ESPIÃ DE CALCINHAS DE RENDA (The Glass Bottom Boat) - 1966
Quem viveu os anos dourados do cinema sabe: algumas comédias românticas simplesmente ficam para sempre no coração. E, "A ESPIÃ DE CALCINHAS DE RENDA" é uma dessas joias que misturam charme, humor inocente e aquela pitada de espionagem ao melhor estilo dos anos 60. Com a adorável Doris Day no auge de sua carreira e direção de Frank Tashlin, o filme nos transporta para um tempo em que o riso vinha fácil e o romance era embalado por trilhas suaves e figurinos impecáveis. Prepare-se para mergulhar em boas lembranças e redescobrir uma comédia leve, divertida e cheia de estilo!
SINOPSE: Jennifer Nelson (Doris Day) trabalha em um laboratório de pesquisas e, de noite, ela atua como sereia para alavancar as vendas do negócio de barcos de seu pai. Jennifer conhece Bruce Templeton (Rod Taylor) quando o rapaz, acidentalmente, puxa seu traje de sereia com o anzol e a deixa sem as roupas de baixo. Jennifer descobre que Bruce é o chefe do local em que ela trabalha e ele a convida para ser sua biógrafa, na intenção de ganhar sua afeição. Mas essa relação se torna um problema quando o general Wallace Bleeker (Edward Andrews), amigo de Bruce, começa a desconfiar que Jennifer é uma espiã russa.
Ano: 1966
País: EUA
Gênero: Comédia romântica / Espionagem
- O título brasileiro: "A Espiã de Calcinhas de Renda", foi escolhido para atrair o público com um toque de sensualidade e humor. O original, The Glass Bottom Boat (Em português seria: "O Barco de Fundo de Vidro") se refere ao barco turístico em que a protagonista trabalha nas horas vagas.
- O filme é uma comédia romântica, mas flerta com sátiras de espionagem, aproveitando o clima da Guerra Fria e a popularidade de filmes como 007.
- Esse foi um dos últimos grandes sucessos de Doris Day no cinema. Após esse filme, sua carreira migrou mais para a TV.
- O diretor Frank Tashlin era conhecido por seu trabalho em desenhos animados e comédias exageradas, o que influenciou o estilo cartunesco de algumas cenas.
- A casa do personagem Bruce Templeton (Rod Taylor) foi projetada com tecnologia “moderna” e automática, representando a visão dos anos 60 sobre o futuro.
- A residência high-tech usada no filme é, na verdade, um cenário reaproveitado e adaptado dos estúdios da MGM, com algumas inovações cenográficas.
- Esse foi o primeiro papel creditado de Dom DeLuise no cinema. Ele logo se tornaria um comediante querido em Hollywood.
- O ator Dom DeLuise, conhecido por seu humor sarcástico, tem uma das cenas mais lembradas do filme vestido de mulher – uma piada ousada para a época.
- Como era tradição em seus filmes, Doris Day canta a música "Soft as the Starlight" no filme, embora essa canção tenha sido cortada da versão final (mas lançada posteriormente).
- O cachorro de estimação de Doris Day na vida real, um collie chamado "Lord Nelson", faz uma ponta no filme.
- O uso de cores fortes e figurinos chamativos é típico do final dos anos 60, reforçando o apelo pop da produção.
- O filme foi produzido pela lendária Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), que, à época, ainda era um símbolo de glamour e prestígio em Hollywood.
- Algumas das reações engraçadas entre Doris Day e Rod Taylor foram improvisadas, especialmente nas cenas de confusão doméstica.
- A ideia da mulher “aparentemente comum” envolvida acidentalmente com espionagem foi um tema recorrente em comédias da época, refletindo os temores da Guerra Fria com leveza.
- Embora não tenha sido um fenômeno de bilheteria, o filme se tornou um cult querido por fãs de Doris Day e da estética sessentista.
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