PAPO DE CINEMA | "GRAND PRIX" (1966)


Neste PAPO DE CINEMA vamos falar de um empolgante clássico da década de 60: GRAND PRIX - O GRANDE PRÊMIO. Considerado pela crítica internacional como um dos melhores longas de automobilismo de todos os tempos. Estrelado pelo talentoso James Garner que dá vida a um intrépido corredor de Fórmula 1, nos idos de 1966. Ganhador de três (3) Oscars e ainda hoje o preferido de fãs de automobilismo. E aí, lembrou? Não conhece? Não tem problema! Avance nesta postagem e se delicie com mais esta gostosa nostalgia. 

SINOPSE: No Grande Prêmio de Mônaco Pete Aron (James Garner), um piloto americano que dirige um Jordan-BRM, tem problemas na caixa de marcha e faz seu carro mergulhar no mar. Porém o fato mais grave foi ter ferido seriamente o piloto inglês Scott Stoddard (Brian Bedford), seu companheiro de equipe. Este acidente provoca a demissão de Aron, que é contratado pela equipe japonesa Yamura. Durante a recuperação de Stoddard sua mulher, Pat (Jessica Walter), se envolve com Aron, pois ela parece determinada em deixar Scott. Paralelamente o piloto francês Jean-Pierre Sarti (Yves Montand) e o piloto italiano Nino Barlini (Antonio Sabato), ambos da Ferrari, se envolvem com Louise Frederickson (Eva Marie Saint), uma jornalista americana, e Lisa (Françoise Hardy), uma bela jovem.

Título: GRAND PRIX - O GRANDE PRÊMIO
País: EUA
Ano: 1966
Gênero: Aventura / Drama
Duração: 179 min
Estúdio: MGM
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Robert Alan Aurthur
Produção: Edward Lewis
Elenco Principal:
- James Garner - Pete Aron
- Yves Montand - Jean-Pierre Sarti
- Brian Bedford - Scott Stoddard
- Antonio Sabato - Nino Barlini
- Toshiro Mifune - Izo Yamura
- Paul Frees - a voz de Yamura
- Adolfo Celi - Agostino Manetta
- Claude Dauphin - Hugo Simon
- Jack Watson - Jeff Jordan
- Donald O'Brien - Wallace Bennett
- Albert Rémy - médico de campo
- Eva Marie Saint - Louise Frederickson
- Jessica Walter - Pat Stoddard
- Françoise Hardy - Lisa
- Enzo Fiermonte - Guido
- Geneviève Page - Monique Delvaux-Sarti
- Rachel Kempson - Sra. Stoddard
- Ralph Michael - Sr. Stoddard
Cinematografia: Lionel Lindon
Edição: Fredric Steinkamp / Henry Berman / Stewart Linder / Frank Santillo
Trilha Sonora: Maurice Jarre
Orçamento:   US$ 9 milhões
Arrecadação: US$ 20,8 milhões 


ELENCO DE DUBLAGEM (Estúdio: Telecine)
- James Garner (Peter Aaron): Orlando Prado
- Eva Marie Saint (Louise Frederickson): Nelly Amaral
- Yves Montand (Jean-Pierre Sarti): Antônio Patiño
- Brian Bedford (Scott Stoddard): Élcio Romar
- Jessica Walter (Pat Stoddard): Neuza Tavares
- Antonio Sabato (Nino Barlini): Ricardo Schnetzer
- Françoise Hardy (Lisa): Marlene Costa
- Adolfo Celi (Agostino Manetta): Vinícius Salvatori
- Claude Dauphin (Hugo Simon): Milton Luís
- Enzo Fiermonte (Guido): Paulo Flores
- Geneviève Page (Monique Delvaux- Sarti): Carmen Sheila
- Jack Watson (Jeff Jordan): Isaac Bardavid
- Graham Hill (Bob Turner): Ayrton Cardoso
- Masaaki Asukai (interprete Japonês): Garcia Júnior
- Narrador das corridas: Leonel Abrantes
Outras Vozes:
- Garcia Júnior, Ayrton Cardoso, Júlio César.


OPINIÃO:
Considerado por muitos cinéfilos, fãs e corridas de Fórmula 1, como melhor filme da história do cinema sobre corridas de automóvel. E, concordem ou não com isso, o fato é que o cineasta novaiorquino John Frankenheimer mostrou-se um profissional à frente de seu tempo. Por exemplo do que digo, as filmagens exigiram o uso de todas as câmeras Panavision existentes na época. Já na campanha de marketing do longa, as chamadas diziam que o filme levava o espectador para dentro da ação. E, verdade seja dita, filmar em 70 mm e acoplar câmeras nos carros em velocidade realmente dava a sensação única de estar dentro da corrida. Algo que muitos anos mais tarde, passou a ser adotado nas transmissões TV. No longa, Frankenheimer nos mostra as corridas ora como uma batalha (Mônaco), ora como balé (Clermont-Ferrand), ora como tragédia (Monza). Destaque para a técnica do "split screen" (tela dividida), mérito de Saul Bass, que consegue criar lindos e impressionantes quadros geométricos. Outro grande trunfo da produção é construção da trilha sonora nas mãos de Maurice Jarre, a um tempo delicada e retumbante, algo que virou referência nas prouções seguintes. GRAND PRIX foi uma produção tão espetacular que se deu ao luxo de trazer participações especiais de vários campeões da Fórmula 1 da época. Um de seus méritos foi conseguir apresentar ao grande público, o fascinante mundo dos corredores e do circo formado em torno dos corredores, como: empresários, jornalistas, técnicos, esposas e outras mulheres. O resultado de todo este trabalho é incrível na tela. Podemos fazer talvez algumas críticas ao enredo e a trama entre os personagens (lento e um pouco fraco), porém, para quem gosta de ver carros de corrida em ação, Grand Prix se tornou uma grande referência. Mesmo nos dias de hoje, é difícil imaginar que um filme chegue ao mesmo nível de detalhamento alcançado pela visão de Frankenheimer. Para quem ainda não conhece e que também não entende ou não gosta de corridas, vale a pena assistir o filme, que mesmo naquele período cativou um público que não conhecia o mundo do automobilismo. Agora, se você é fã de autovelocidade, não tem como deixar de assistir. Nota: 8/10


CURIOSIDADES:
  • No Oscar de 1967, Grand Prix ganhou os prêmios de:
    • Melhores Efeitos Sonoros (Gordon Daniel), 
    • Melhor Edição de Filme e Melhor Som (Franklin Milton)
  • John Frankenheimer foi indicado para Melhor Direção pelo Directors Guild of America.
  • As filmagens de Grand Prix exigiram o uso de todas as câmeras Panavision existentes na época.
  • Steve McQueen queria interpretar o personagem Pete Aron, mas devido a dificuldades em acertar seu contrato com os produtores terminou por perder o papel para James Garner.
  • O diretor, John Frankenheimer recusou a idéia de filmar os carros andando devagar e posteriormente aumentar a velocidade das cenas rodadas, justificando que o público perceberia que a velocidade dos carros não seria natural.
  • James Garner fez todas as cenas de corrida de seu personagem. Durante as pausas era comum o ator realizar mini-corridas com pilotos profissionais que foram contratados para as filmagens.
  • O desenho do capacete usado por James Garner em Grand Prix é o mesmo do na época piloto Chris Amon. Já o desenho do capacete de Brian Bedford é o mesmo de Jackie Stewart, que na época estava em sua 2ª temporada na Fórmula 1.
  • Brian Bedford era o único dos atores que interpretavam pilotos que não sabia dirigir, o que explica o fato de que em todas as cenas em que seu personagem aparecia pilotando ele estava com o rosto coberto.
  • Os carros usados em Grand Prix eram na verdade carros de Fórmula 3 que foram adaptados para que se parecessem com carros da Fórmula 1 da época.
  • A voz de Toshirô Mifune pôde ser ouvida na première de Grand Prix, mas posteriormente todas as suas falas foram dubladas por Paul Frees.
  • O filme inclui cenas de corridas reais e conta com participações especiais de pilotos profissionais, incluindo os campeões mundiais de Fórmula 1: Phil Hill, Graham Hill, Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jochen Rindt e Jack Brabham. Outros pilotos que apareceram no filme são: Dan Gurney, Ludovico Scarfiotti, Richie Ginther, Joakim Bonnier, Bruce McLaren e Jo Siffert .

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