Papo Furado: O HOMEM INVISÍVEL…SERÁ QUE VOCÊ O VIU?


Este Papo Furado trás na verdade um
a repostagem (com alguns pequenos acréscimos) de algo que postei alguns anos atrás, e desta vez não falaremos de apenas uma série ou filme nostálgico, mas de todas as séries de TV, de alguns filmes e livros estrelados pelo "herói": O Homem Invisível. E,sim, houveram várias séries com este instigante herói.

The Invisible Man
Pra começar, e não desanimar os mais novos entre nós, vamos falar da série mais recentemente, o Homem Invisível que estreou em 2000, pelo Sci Fi Channel, nos Estados Unidos, com Vicente Ventresca interpretando Darian Fawkes, um ex-trapeceiro recrutado por uma organização de espionagem, que concorda em implantar um material experimental em seu corpo, que à partir de então é capaz de liberar uma substância que lhe permite ficar invisível. Mas, durante sua operação ocorre uma sabotagem, por isso toda vez que usa seu poder libera em seu organismo uma neurotoxina que se acumula em sua circulação sanguínea, causando-lhe imensas dores e que precisa ser controlada por um medicamento especial fornecido pelo governo. A série foi encerrada em 2002, depois de 45 episódios, devido a seu alto custo de produção e brigas internas entre as emissoras Sci Fi Channel e a USA Networks. Registre-se porém que esta foi o seriado mais longa já produzida com o personagem.
O Homem Sem Sombra
Não podemos esquecer, que no mesmo ano, estreava nos cinemas Hollow Man (O Homem sem Sombra) que em clima de suspense/aventura narra a história de um grupo de cientistas que em um laboratório militar ultra-secreto, descobrem a fórmula da invisibilidade. Porém ansioso por analisar os efeitos da fórmula em um ser humano, o líder da equipe, Sebastian Craine (Kevin Bacon), decide por testá-la em si mesmo. Entretanto, há um problema: a equipe ainda não tinha descoberto o antídoto para a fórmula. Começa então uma corrida contra o tempo, por parte dos demais cientistas, para tentar encontrar algo que impeça o cada vez mais rápido processo de invisibilidade pelo qual passa o corpo de Craine. Mas aos poucos a intoxicação decorrente do novo poder obtido por Craine o afeta, e faz com que ele comece a acreditar que seus colegas são na verdade uma ameaça à sua existência. É um filme realizado em co-produção por Estados Unidos e Alemanha, dirigido por Paul Verhoeven. O Filme recebeu uma nomeação ao Oscar 2000 na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Sua sequência Hollow Man 2 foi lançada diretamente em vídeo em 2006. Já neste novo longo temos Christian Slater interpretando um homem à beira da loucura. Ele é Michael Griffin, um homem que se torna um assassino invisível que vai enlouquecendo ao mesmo tempo em que morre lentamente, tudo resultado do fato de ter tomado um soro experimental de invisibilidade. Ele está espalhando o terror, o que leva o governo a usar uma cientista, a única capaz de mantê-lo vivo, como isca para poder pegá-lo. Nesse perigoso plano, ela conta com a ajuda de um detetive, que chega a um ponto crucial quando descobre que para manter sua protegida viva, será preciso tomar o tal soro, o que o transformará também em um homem sem sombra. Agora, dois homens invisíveis se enfrentam em uma batalha onde apenas um deles saíra com vida. Um filme de baixo orçamento que mistura ação/suspense e ficção numa tentativa vã de repetir o sucesso do primeiro filme.
Memórias de um Homem Invisível
Em 1992, tivemos o não menos fracassado filme: Memórias de um homem invisível, onde o especialista da bolsa de valores Nick Halloway (Chevy Chase) vai participar de um seminário em um laboratório, só que como ele está numa terrível ressaca acaba adormecendo no banheiro, e sofrendo as consequências de um bizarro acidente nuclear. Ele e todo o prédio do laboratório ficam invisíveis. Enquanto tenta se adaptar a sua nova realidade, ele é perseguido por um agente traiçoeiro da CIA, que pretende usá-lo como arma de guerra. Para sua sorte, ele também conhece uma linda garota chamada Alice Monroe (Daryl Hannah), que vai tentar ajudá-lo. Gostou da sinopse, pois saiba que este é o maior fracasso comercial da carreira do mestre John Carpenter, e provavelmente o seu filme mais criticado. O resultado da produção dividiu o público e a crítica: o filme não é tão engraçado quanto esperavam os fãs de Chevy Chase, e nem tem tanta ação e suspense quanto queriam os fãs de John Carpenter. Por causa disso, a produção de 40 milhões de dólares foi um fiasco de bilheteria, mal arrecadando 14 milhões de dólares.
The Invisible Man (1984)
Já em 1984, na Inglaterra, uma outra série contendo apenas seis episódios foi apresentada pela BBC, ao longo do mês de setembro daquele ano, produzida pela própria emissora incorporando numerosas adaptações do livro O Homem Invisível de H.G.Wells, para a televisão, estrelado por Pip Donaghy no papel título, seguindo o enredo original, de um cientista perturbado que descobre a fórmula para se tornar invisível, mas enlouquece, não conseguindo reverter os efeitos da fórmula e que passa a usar sua invisibilidade para aterrorizar as pessoas ao seu redor. Pelo que li, não fez muito sucesso, ficou restrita aquele país e quase nunca é lembrada.

GEMINI MAN, O Homem Invisível
Já em 1976, surge a série “Gemini Man”, que fez bastante sucesso por aqui, estrelada por Ben Murphy que interpretava Sam Casey um agente da Intesect, uma unidade de ações especiais do serviço secreto americano. Em uma de suas missões, Sam é afetado pela radiação emitida por uma explosão submarina. Os efeitos colaterais da radiação deram a Sam o poder da Invisibilidade. Os cientistas da Intersect desenvolveram um equipamento capaz de manter Sam visível, mas para poder continuar vivo, Sam só pode ficar invisível por apenas 15 minutos a cada 24 horas. Se ultrapassasse esse tempo, morreria! O equipamento que controla a invisibilidade de Sam fica instalado dentro de um relógio digital.A Série foi transmitida nos Estados Unidos, pela NBC, num total de 11 episódios de aproximadamente 60 minutos cada (fora o episódio piloto com duração de 2 horas), dos quais somente 6 episódios chegaram a ser exibidos. Mais tarde, dois episódios da série foram utilizados para produzir um telefilme chamado “Rinding with Death” (Não assisti e nem consegui descobrir o título deste filme em português. Alguém sabe?).
O HOMEM INVISÍVEL 1975
No ano de 1975, surge a segunda, porém a mais lembrada, versão em série do herói invisível. Desta vez produzida pela rede NBC, nos Estados Unidos, com apenas 13 episódios, estrelada por David McCallum como o cientista Daniel Weston e Melinda Fee como sua esposa, a Doutora Kate Weston. O enredo da série é que o Dr. Daniel Westin descobre o segredo da invisibilidade e consegue fazer vários objetos invisíveis, mas ao descobrir que os militares pretendiam usar suas descobertas para fins bélicos, resolve ele próprio se tornar invisível, destruir o equipamento e as anotações, para que ninguém pudesse utilizá-las. Dessa forma ele passa a trabalhar em diversas missões para uma organização chamada Klae Corporation, utilizando sua invisibilidade como arma secreta. Para se tornar visível ele utilizava uma máscara idêntica ao seu rosto original, confeccionada por um outro cientista e amigo. Dessa forma quando ele desejava se tornar invisível bastava retirar a máscara e se livrar de suas roupas para que ninguém pudesse vê-lo e assim conseguia infiltrar-se em determinados locais, e resolver os mistérios de cada episódio.
The Invisible Man (1958)
Em fim, chegamos a primeira série de TV do Homem Invisível, no ano de 1958 e produzida pela ITC Entertainment para a Associated TeleVision na Inglaterra (ITV), num total de um episódio piloto, que não chegou a ser exibido e mais 26 episódios, de aproximadamente 30 minutos cada, em preto e branco. Mais tarde a série foi apresentada pela rede CBS nos Estados Unidos. A série narrava as aventuras do Doutor Peter Brady, um cientista inglês que ao tentar provar a fórmula da invisibilidade através da refração da luz acaba sofrendo um acidente, durante o processo que o torna permanentemente invisível, mas é recrutado pela inteligência britânica para se tornar um agente e utilizar sua invisibilidade para ajudar as pessoas em dificuldades, assim como resolver os crimes e infiltrar-se como espião.
The Invisible Man (O Livro)
Em fim, chegamos onde tudo começou: "The Invisible Man' (ou O Homem Invisível) que foi uma obra de ficção científica escrita por H. G. Wells, publicada originalmente por capítulos na revista “Pearson´s Magazine” em 1897 e mais tarde transformada num livro neste mesmo ano. A história narra como um cientista chamado Griffin que concebe uma teoria baseada na refração da luz, onde uma pessoa pode ser coincidida com o ar e seu corpo absorver a luz nela refletida, tornando-se dessa forma invisível. Para provar sua teoria ele ministra em si mesmo uma fórmula química que o torna invisível, porém diante da incapacidade de retornar ao seu estado normal, adquire um estado mental instável e agrssivo. O livro fez um grande sucesso e chegou ao cinema num filme em preto e branco de mesmo nome, em 1933, através da Universal Pictures, num longa-metragem dirigido por James Whale, interpretado por Claude Rains como Doutor Jack Griffin, um cientista que, conforme o livro, para provar a autenticidade de sua fórmula química, aplica em si mesmo, transformando-se num ser invisível e louco. O filme fez tanto sucesso que acabou dando origem a várias continuações, entre as quais estão: “The Invisible Man Returns” (1940), “The Invisible Woman” (1940) e “Invisible Agent” de 1942.
CURIOSIDADES:

  • Até mesmo a indústria cinematográfica japonesa se interessou pelo assunto e produziu em 1954 um filme pelo estúdio “Toho”, sendo este uma livre adaptação do romance de Wells, que foi chamada de “Tomei Ningen”.
  • Nos quadrinhos a primeira aparição do personagem ocorreu em 1940, no gibi "Mystic Comics" n° 2 da antiga Timely Productions (hoje Marvel). A HQ baseada no livro de H.G. Wells narra as aventuras do Dr Gade, um brilhante cientista que, devido a um incidente com seus produtos quimicos, adquiriu o poder de ficar invisível. 
  • Em 1960, na Action Comics (Hoje DC) nº 267, Jerry Siegel e Mooney Jim criaram o 1º Rapaz Invisível da Legião dos Super Heróis, no século XXXI. Lyle Norg era um jovem e brilhante cientista que desenvolveu um soro que conferiu a habilidade da invisibilidade. Muitos anos depois, em 1982 na  revista Legion of Super-Heroes (vol.2) Annual nº1 fomos apresentados ao Rapaz Invisível II, Jacques Foccart também da Legião. Criado por: Keith Giffen e Paul Levitz. O Jovem Foccart adquiriu seus poderes ao ingerir o soro do 1º rapaz invisível. 
  • Em 1961, Stan Lee e Jack Kirby criaram o "Quarteto Fantástico" que trazia entre seus membros, Susan Storm a Garota (Mulher) invisível que além da invisibilidade também possui a habilidade gerar um campo de força invisível e a capacidade de tornar pelo toque tudo invisível. 
  • Em 2009, Jeff Lemire (roteiro e arte) criou o "The Nobody" pelo selo Vertigo da DC Comics. O personagem é MUITO inspirado no original de H.G. Wells.

Antes de concluirmos esta postagem, quero dizer que não achei necessário citar o Homem Invisível do filme "Liga Extraordinária", pois apesar de estar entre os mocinhos era basicamente um coadjuvante e de igual modo não o sito pela "mesma aventura" em quadrinhos. Além do que, o personagem em si é o mesmo descrito na obra de H.G.Wells.



2 comentários:

  1. Esse post até hoje é o mais nostálgico de todos para mim, por ter sido por ele (lá ainda no Actions e Comics) que tanto descobri o Memória, quanto descobri que os "filmes" que eu tanto gostava quando criança (e que eu não via ninguém falar sobre) eram dois episódios dessa série, que teve 50 e poucos episódios, como relatou. Eu gostava demais, ainda penso em rever, lembro de pouca coisa, como em especial uma cena em que ele deixava uma granada invisível dentro da boca do cara, explodindo os outros que iam ver, até hoje acho sensacional a criatividade, e isso, claro, lembrando de uma época (acho que lá pra 2003) onde a gente não tinha muita coisa decente de supers tido sido feita, passando na TV aberta pérolas como Geração X e aquele piloto da LJA. Havia também o filme do "Homem Sem Sombra", que relatou aqui, mas por eu ser criança, não me deixavam assistir, e até hoje não vi... Acabo de ter uma ideia aqui, que acho que gostaria, seria o top 10 de clássicos da Sessão da Tarde.

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    1. Primeiro de tudo obrigado por nos prestigiar com sua atenção e carinho. Bem, no mais trouxe esse post lá do A&C justamente porque li em algum lugar seu comentário sobre esta matéria. Note que no final acrescentei alguns comentários e informaç~es que a matéria original não trazia. Quanto ao TOP 10 da Sessão da Tarde, acho uma idéia legal e recomendo o Cirino para produzir esse post.

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