Memória Western | MATO... EM NOME DA LEI (Lawman) 1971



Se você é fã de westerns com final pesado e moral ambígua, precisa conhecer MATO...EM NOME DA LEI, de 1971. Em uma virada sombria do faroeste clássico, o longa" traz Burt Lancaster como Jared Maddox, um delegado implacável que chega a uma cidade para fazer cumprir a lei — mesmo se isso significar derramar sangue. Com direção de Michael Winner e roteirizado por Gerald Wilson, o filme entrega diálogos cortantes, violência visceral e uma estética visual incomum para a época. A trama questiona a justiça, o poder e os limites entre o certo e o errado. 

Venha (re)descobrir esse western sombrio que confronta o mito do herói com violência, honra e consequências reais. Neste post, temos um pouco sobre os bastidores e muitas curiosidades. Fique conosco e você não vai se arrepender!



SINOPSE: O rancheiro Vincent Bronson e seus vaqueiros causam destruição na cidade de Bannock durante uma noite de bebedeira. Disparam a esmo e, sem perceber, acabam matando um lojista. O delegado Jared Maddox estava ausente, mas meses depois aparece na cidade de Sabbath com uma lista dos envolvidos no tiroteio. Ele também leva consigo o corpo de Marc Corman, um dos culpados já morto.

Maddox exige que seu conhecido, o xerife Cotton Ryan, prenda os seis homens restantes: Vernon Adams, Choctaw Lee, Jack Dekker, Harvey Stenbaugh, Hurd Price e o próprio Vincent Bronson. Ryan, no entanto, admite ser corrupto e nada fará contra Bronson, que controla a cidade e foi responsável por colocá-lo no cargo. Mesmo assim, ele não impede as ações do delegado.

Diante disso, Maddox dá um prazo de 24 horas para que os acusados se entreguem. A cidade inteira — com exceção de Lucas, dono paraplégico do saloon e ex-pistoleiro — se volta contra o delegado, e muitos cidadãos conspiram para expulsá-lo ou matá-lo. Bronson considera corromper Maddox e, caso não consiga, pensa em se entregar, convencendo os demais a acompanhá-lo.

No entanto, Harvey, capataz e braço direito de Bronson, se irrita com a situação, vai até a cidade e desafia o delegado. Maddox, mais rápido, o mata. Ao receber o corpo do amigo, Bronson desiste da rendição e decide enfrentar o delegado, contando com o apoio dos outros acusados e de toda a cidade.



Título: MATO... EM NOME DA LEI 
Título Original: Lawman
Ano: 1971
País: EUA
Duração: 99 min.
Direção: Michael Winner
Roteiro: Gerald Wilson
Elenco Principal:
- Burt Lancaster ....... Delegado Jared Maddox
- Robert Ryan ....... Delegado Cotton Ryan
- Lee J. Cobb ....... Vincent Bronson
- Robert Duvall ....... Vernon Adams
- Sheree North ....... Laura Shelby
- Albert Salmi ....... Harvey Stenbaugh
- Richard Jordan ....... Crowe Wheelwright
- John McGiver ....... Prefeito Sam Bolden
- Ralph Waite ....... Jack Dekker
- John Beck ....... Jason Bronson
- William Watson ....... Choctaw Lee (como William C. Watson)
- Walter Brooke ....... Luther Harris
- Robert Emhardt ....... Hersham
- Joseph Wiseman...Lucas
 - Charles Tyner ....... Ministro
- J.D. Cannon ....... Hurd Price
- Lou Frizzell ....... Cobden
- Richard Bull ....... Dusaine
- John Hillerman ....... Totts
- Roy Engel ....... Bartender
Orçamento:   US$ 3 milhões 
Arrecadação: US $ 5,94 milhões


OPINIÃO

Se você acha que faroeste é só cavalo, chapéu e tiroteio ao pôr do sol, assista MATO... EM NOME DA LEI (Lawman). Nada de mocinho sorridente ou vilão carismático — só Burt Lancaster como um delegado implacável, decidido a aplicar a lei onde ninguém pediu.

Dirigido por Michael Winner, o filme é um western seco e direto, que questiona até onde vale impor a justiça a qualquer custo. Lancaster vive Jared Maddox, o tipo de homem que exigiria RG e testemunhas até para vender uma aspirina.

O elenco reforça o clima: Robert Ryan é o xerife que escolhe a conveniência, e Lee J. Cobb, o rancheiro que manda na cidade. Um retrato da corrupção confortável — até alguém decidir acabar com ela.

Visualmente, é um faroeste raiz dos anos 70: poeira, tensão constante e zero glamour. Sem redenção ou romance, só lei, pólvora e cadáveres. Cru e inesquecível.

Não é o western mais famoso, mas envelhece como uísque forte: feito não para agradar, mas para deixar marca. E deixa. Nota: 7/10


CURIOSIDADES
  • Algumas cenas foram filmadas na mesma cidade cenográfica usada em Rio Lobo (1970), de Howard Hawks. As equipes dos dois filmes chegaram a se encontrar como num duelo de faroeste — mas sem armas.
  • Durante uma cena em que Maddox leva Vernon Adams ferido, eles passam por um cavalo sendo devorado por coiotes. Um dos animais tinha as patas dianteiras amarradas para manter a posição.
  • Conhecido por usar peruca em seus filmes, Lee J. Cobb aceitou aparecer com a cabeça natural a pedido do diretor Michael Winner.
  • Durante a pré-produção, Winner se recusou a usar o banheiro do trailer e acabou urinando acidentalmente sobre um membro da equipe que dormia no chão. O homem acordou gritando e puxando uma faca. Winner descreveu isso como o momento mais assustador da sua carreira.
  • Burt Lancaster e Michael Winner discutiram feio durante a gravação de uma cena em que Maddox atira num cavalo. Lancaster usou duas armas diferentes em tomadas distintas, o que gerou confusão e ameaças de jogá-lo de um penhasco.
  • Após ver os “dailies” (tomadas do dia), Lancaster apontou inconsistências nas armas usadas e confrontou Winner, que tentou minimizar o problema. O ator não deixou barato.
  • A música foi composta por Jerry Fielding, conhecido por criar trilhas densas e atmosféricas, que ajudaram a reforçar o tom sombrio do filme.
  • O filme teve um orçamento de cerca de US$ 3 milhões — modesto para Hollywood — mas conseguiu se destacar por seu estilo cru e direto.
  • Jared Maddox, o delegado interpretado por Lancaster, foi inspirado em figuras históricas que levavam a lei ao pé da letra, mesmo contra a vontade popular.
  • O diretor optou por cenários poeirentos e figurinos sem glamour para reforçar o realismo e a decadência moral da trama, fugindo do estilo “romantizado” de outros westerns da época.

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