Lendas de Hollywood: INGRID BERGMAN (1915-1982)
Após a perda dos pais, Ingrid foi morar com um tio, que logo percebeu o forte talento artístico da garota. E, antes mesmo de terminar sua educação formal, já declarava ter como sonho seguir na carreira artística, e assim foi feito. Com apenas 17 anos, Bergman já atuava em seu primeiro filme, e no ano seguinte já fazia parte do Teatro Real Sueco. Contudo, insatisfeita com os palcos, seguiu determinada em busca de oportunidades no cinema. Personagens sem maiores destaques se seguiram, até participar de Intermezzo (1936), filme que foi assistido por ninguém menos que o poderoso produtor David O. Selznick. O qual, decidido a refilmar a mesma história nos Estados Unidos, a trouxe para a América, afim de reprisar sua participação no longa Intermezzo: Uma História de Amor (1939), filme que se tornou um grande sucesso e que tornou seu nome e sua beleza conhecida pela primeira vez em todo o mundo. Mas sua jornada estava só começando.
"Um beijo é um truque adorável projetado para parar a fala por natureza quando as palavras ficam supérfluas." (Ingrid Bergman)
A partir daí, o mundo inteiro se apaixonou pela grande atriz que tinha um estilo próprio, e que alguns diretores e produtores em Hollywood vieram a definir como um "glamour natural, que fazia com que ela interpretasse da mesma maneira soberba tanto uma camponesa como uma princesa.
Ingrid Bergman atuou em uma série de filmes clássicos europeus e norte-americanos, aclamada por seus papéis como Isla Lund em "Casablanca", em 1942 e como Karin, no ítalo-americano de 1950, "Stromboli", dirigido por Roberto Rossellini, um drama considerado um exemplo clássico do neorrealismo italiano, além da sua fascinante Alicia Huberman em "Notorious", de Alfred Hitchcock em 1946, contracenando com Cary Grant.
Além de ter recebido vários prêmios, principalmente durante as décadas de 40 e 50, também ganhou reconhecimento durante os anos 30, 60, 70 e 80.
Bergman foi três vezes premiada com o Oscar, sendo duas como Melhor Atriz (principal) e uma como Melhor Atriz (coadjuvante/secundária).
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INGRID BERGMAN, e seus três Oscars. Na sequência. Á MEIA LUZ (1944), ANASTÁCIA - A PRINCESA ESQUECIDA (1956), com esses filmes venceu melhor atriz, ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE (1974), venceu melhor atriz coadjuvante. A atriz ainda recebeu quatro (4) Globos de Ouro, dois (2) Emmys, um (1) Bafta, um (1) César, três (3) David di Donatello, dois (2) National Board of Review, um (1) prêmio da Sociedade Nacional dos Críticos dos EUA e um (1) Leão de Ouro no Festival de Veneza, além de uma estrela na calçada da fama,em Los Angeles.  Ingrid se casou em 1937 com Petter Lindström, com quem teve uma filha, Pia. Em 1949 divorciou-se e casou com o diretor italiano Roberto Rossellini, uma união que causou muita polêmica, pois ambos eram casados quando se apaixonaram e abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. A atração entre os dois foi imediata e bombástica. O romance começou durante as filmagens, e tanto um quanto o outro decidiu abandonar suas famílias originais para ficarem juntos. A notícia caiu como uma bomba junto às audiências nos dois lados do Atlântico. Bergman foi taxada de mulher infiel, de mau exemplo para suas espectadoras e todos os filmes que estrelou nos anos seguintes (dirigidos por Rosselini) foram mal recebidos pelo público e pela crítica. Cansada de se ver reclusa a Europa, decide voltar para os EUA para viver o papel principal de Anastácia: A Princesa Esquecida (1956). o filme se tornou um enorme sucesso de público e de crítica, lhe valendo seu segundo Oscar como protagonista. Porém, como consequência, o casamento com Rosselini chegou ao fim. Com Rossellini teve três filhos: Renato Roberto e as gêmeas Isotta Ingrid e Isabella, hoje a atriz Isabella Rossellini. Ingrid Bergman, também foi casada com Lars Schmidt de 1958 até 1975, quando também se divorciou. |
Em uma entrevista um ano antes de falecer, Ingrid disse que se recusava a se render à doença e que por isso continuava a fumar e a beber vinho e champagne.
Seu túmulo está no Norra begravningsplatsen, Estocolmo. Porém, o corpo da atriz não está lá. Foi cremado e suas cinzas foram lançadas ao mar no litoral da Suécia.
CURIOSIDADES:
- Ingrid Bergman estreou no cinema em 1932, aos 17 anos, no filme sueco "Landskamp", com um papel não creditado.
- Os produtores de Hollywood tentaram mudar seu nome em 1939 para Ingrid Berriman ou Ingrid Lindstrom (seu sobrenome oficial na época). A atriz não aceitou, defendendo que já era conhecida na Europa com seu nome real.
- Além de viver Anita nas duas versões para o cinema de "Intermezzo", Ingrid reinterpretou a personagem outras duas vezes, em adaptações para o rádio, em 1940 e 1945.
- Com 1,75m, ela foi uma das primeiras atrizes altas de Hollywood, numa época em que a maioria das estrelas media pouco mais de 1,50m.
- O escritor Best Seller Ernest Hemingway autor do romance "Por Quem os Sinos Dobram", publicado em 1940, confessou ter pensando em Ingrid Bergman para construir a personagem Maria. Por isso, intercedeu para que a atriz fosse escolhida para o papel na adaptação filmada em 1943.
- O projetista de automóveis Sergio Scaglietti inspirou-se em Ingrid para o desenho de carros da Ferrari, como o 375 MM, de 1954. O atual modelo 612 Scaglietti homenageia essa antiga linha e inclui o prata "Ingrid" entre as opções de cor.
- Ingrid Bergman falava cinco idiomas: sueco, inglês, francês, alemão e italiano.
- Sua única reunião nas telas com o compatriota Ingmar Bergman (apesar dos sobrenomes, não havia relação de parentesco entre eles), marcou também seu adeus as telas de cinema. "Sonata de Outono" (1978) foi seu último filme, e além de ter lhe rendido indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro, lhe valeu prêmios da Sociedade Nacional dos Críticos dos EUA, do National Board of Review e dos críticos de Nova York. Foi durante as filmagens desse trabalho que a atriz tomou conhecimento do câncer nos seios. Por conta do avanço repentino de sua enfermidade, ela sequer teve condições de ir à festa do Oscar no ano seguinte. Mesmo assim, realizou mais um trabalho, o telefilme Golda (1982). Trabalho pelo qual foi premiada postumamente no Emmy e no Globo de Ouro.
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