Lendas da Atlântida | RENATA FRONZI, A GRANDE VEDETE (1925--2008)


Em mais uma edição de nosso LENDAS DA ATLÂNTIDA vamos resgatar a MEMÓRIA da inesquecível Renata Fronzi. Uma artista que marcou gerações com seu talento, carisma e versatilidade. Nascida na Argentina e naturalizada brasileira, conquistou seu espaço no cenário cultural do Brasil, se destacando tanto no teatro quanto no cinema e na televisão. Sua passagem pela icônica Atlântida Cinematográfica, o grande estúdio das chanchadas, consolidou Renata como uma das estrelas mais queridas da época. Além disso, na TV, ela encantou o público com sua irreverência em produções inesquecíveis como a clássica "Família Trapo". Sua trajetória é uma verdadeira celebração da arte e do entretenimento. Fique conosco e vamos juntos relembrar a história dessa grande vedete que deixou saudade e um legado inesquecível!

Renata Mirra Ana Maria Fronzi, mais conhecida como RENATA FRONZI, foi uma atriz argentina, nascida em 1º de agosto de 1925, na cidade de Rosário. Renata veio para o Brasil com um ano de idade e foi morar em Santos, no litoral paulista. Filha de dois atores italianos radicados no Brasil, Cesare Fronzi e Iolanda Vernati, Ainda jovem começou sua carreira artística como bailarina no Teatro Municipal de São Paulo. Fez diversas peças de teatro na companhia de teatro de Eva Todor, tornando-se conhecida vedete do teatro de revista ou rebolado. Trabalhou com o lendário Walter Pinto. No fim da década de 1940, Renata Fronzi casou-se com um famoso locutor de rádio e atuou em diversos títulos do cinema, tendo sido uma das estrelas da Atlântida Cinematográfica. Atuando também em filmes de Carlos Manga. Seus filmes mais recentes foram “Copacabana” (2001), de Carla Camurati, e “Coisa de Mulher” (2005), de Eliana Fonseca.


Renata teve uma relação significativa com a Atlântida Cinematográfica , um dos estúdios mais importantes do cinema brasileiro, especialmente durante a era das chanchadas. Ela estreou no cinema em 1946, no filme "Fantasma por Acaso", e rapidamente se tornou uma das estrelas da Atlântida. Estreando nas chanchadas em “Carnaval em lá maior” (1955) e em seguida: “De pernas por ar” (1957), “Garotas e samba” (1957), “É de chuá” (1958), “Pé na tábua” (1959), “Massagista de madame” (1959), “Marido de mulher boa” (1960) e “Vai que é mole” (1960). Dado seu talento e o sucesso dos diversos, logo consolidou-se como uma das principais atrizes do estúdio. Sua parceria com diretores como Carlos Manga e seu talento para a comédia a tornaram uma figura querida pelo público.



De personalidade alegre e risonha, ainda que confessasse tremer de medo antes entrar em cena, Renata sempre divertia a todos. Quando os pais se transferiram para o Rio de Janeiro a convite do famoso Walter Pinto. Renata veio junto. Aí ela cantava, fazia esquete e dançava. Ficou estrela da Companhia de Revista. Depois excursionou para Buenos Aires, mas voltou após o pai falecer. De volta ao Rio de Janeiro conheceu o grande amor de sua vida, Cesar Ladeira, grande nome do cenário artístico nacional. Renata então entrou definitivamente para a televisão. 

Na TV fez: “Teatrinho Trol, de Fábio Sabag. Sua carreira prosseguiu e ela entrou para o seriado “Família Trapo”, na TV Record de São Paulo, sucesso absoluto, na época. Era como se fosse um teatro, com público, televisionado. E era comédia. Renata estava no seu ambiente, fazendo o que gostava de fazer. Depois, já na Globo fez: “Faça humor, não faça guerra”, “Chico City”, programa de Chico Anysio. E fez também novelas, como: “Minha doce namorada”, “O rei dos ciganos”. Aí veio “O Bronco”, outro seriado de humor, em São Paulo, ao lado de Ronald Golias. Não deixou, porém, de participar de coisas sérias, como a novela “O Semi Deus”, por exemplo, “Chega mais”, “Dulcineia vai a guerra”. Isso não só na Globo, como na TV Bandeirantes de São Paulo. Intercalou seu trabalho na televisão, com participações no cinema, e fazia também teatro. Voltou às novelas, foi dirigida por Henrique Martins, na novela “Jogo da Vida”, “Pão pão, beijo beijo” , “Transas e Caretas”, “Corpo a corpo”, e tantas outras. 

Renata Fronzi era conhecida por suas amizades e parcerias com grandes nomes do entretenimento brasileiro. No programa humorístico "Família Trapo" , exibido pela TV Record, ela interpretou a personagem Helena, contracenando com ícones como Ronald Golias, Jô Soares, Otello Zeloni, Cidinha Campos e Ricardo Corte Real. Essas parcerias renderam momentos inesquecíveis na televisão brasileira e consolidou sua popularidade.

Renata Fronzi veio a óbito aos 82 anos por falência múltipla dos órgãos, em 15 de abril de 2008, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela sofria de diabetes e fraturou o fêmur antes de ser internada, no dia 10 de março.

Segundo a neta da atriz, Anna Caldeira, a cerimônia de sepultamento que ocorreu no Cemitério do Caju, na zona portuária do Rio, foi acompanhada por familiares e amigas, entre elas as ex-vedetes Cidinha Campos, Lia Mara e Anilza Leoni, colegas dos tempos de Teatro de Revista. “Foi tudo muito emocionante, nós a aplaudimos no final da cerimônia. Vovó estava com um semblante muito tranquilo, tenho certeza que se foi em paz”, contou Anna.

Renata Fronzi foi uma artista versátil, que transitou com maestria entre o teatro, o cinema e a televisão. Sua contribuição para a cultura brasileira é inestimável, e seu legado continua vivo na memória de todos que tiveram o privilégio de acompanhar seu trabalho.


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