LENDAS DE HOLLYWOOD | CHRISTOPHER REEVE, O INESQUECÍVEL SUPERMAN (1952-2004)

 


A LENDA DE HOLLYWOOD que hoje vamos homenagear é o ator, diretor e produtor Christopher D'Olier Reeve, uma fulgaz, porém radiante estrela cadente que brilhou nas grandes telas de cinema e também no imaginário de todos nós. Reeve realizou quatro filmes como o Super-Homem, mudando a forma como o personagem era entendido. Ele também participou de algumas outras produções interessantes como: Alerta Vermelho, Netuno Profundo, Em Algum Lugar no Passado e Vestígios do Dia. Infelizmente, vítima de um terrível acidente, o ator ficou tetraplégico e com a saúde bem debilitada, morreu aos 52 anos. Mas, seus dias entre nós, não foram em vão e neste post vamos resgatar um pouco de seu legado. Sem mais delongas, fique conosco e boa leitura!

Christopher Reeve tornou-se conhecido mundialmente ao protagonizar o SUPERMAN no cinema, mas ele já era ator desde os 14 anos, tendo estudado em prestigiadas escolas de artes cênicas. Iniciou sua carreira com pequenas participações no teatro e na televisão. Em 1977, o ator fez sua estréia nos cinemas, com uma pequena participação no longa: "S.O.S Submarino Nuclear (Grey Lady Down)", dirigido por David Greene e estrelado por Charlton Heston. (O papel de Reeve era muito pequeno, e não creditado). O ano pode ser considerado a época da grande virada em sua vida, pois foi justamente quando conseguiu o papel principal em "Superman: The Movie".Mesmo tendo participado de outros bons filmes, como Em Algum Lugar no Passado e Vestígios do Dia, Superman foi, inegavelmente, seu principal trabalho.


Reeve nasceu em Nova York, em 25 de setembro de 1952. Filho de uma família tradicional, descendia das primeiras famílias que imigraram para os EUA, vindos da aristocracia francesa. Sua mãe Barbara Pitney Lamb era jornalista e seu pai, Franklin D'Olier Reeve era um renomado professor, jornalista e escritor. Quando tinha 4 anos, seus pais se divorciaram e sua mãe se casou novamente com um trabalhador da bolsa de valores. Na sua infância e adolescência, residindo em Princeton, Nova Jersey,  jogou beisebol, futebol americano, hóquei e tênis, chegando a participar e vencer várias competições esportivas. O teatro passou a ser sua paixão, quando ele se apresentou aos 9 anos como participante de um festival de teatro, atuando na peça "Vista da Ponte", após a qual foi aceito numa trupe teatral. Logo, o ainda menino, já sonhava em se tornar ator, mas depois de prometer aos pais que primeiro faria um ensino superior, ele entrou na universidade, mas nunca a terminou. Durante seus estudos, Christopher continuou a atuar nos palcos estudantis, saindo em turnês e até mesmo participando de inúmeros castings. Reeve presentou-se pelo país como o ator principal da companhia de teatro Celeste Holm com a peça The Irregular Verb to Love. Continuou trabalhando simultaneamente como um ator profissional enquanto seguia seus estudos em teoria da música na Cornell University. Em dado momento, foi para a Europa onde também estudou teatro na Inglaterra e França, período em foi dogsbody no famoso Old Vic theater, Londres, e trabalhou na Comedie Francaise, Paris. De volta aos Estados Unidos, em Nova York, matriculou-se na famosa escola de interpretação Juillard, onde virou colega de classe do então jovem ator: Robin Williams. Eles se tonaram grandes amigos e chegaram a dividir um quarto. Reeve tornou-se um prestigiado ator de teatro, atuando em várias partes do país e chegando a trabalhar em uma novela da rede CBS, Love of Life (1974-1976). Enquanto gravava para a televisão, ele fez teste para a peça A Matter of Gravity, na Broadway. A estrela da peça era a atriz Katharine Hepburn, que após ver a audição do jovem ator o escalou para viver o seu neto no espetáculo.


Como já mencionado, em 1977, Cristopher Reeve foi convidado para integrar o elenco de "Superman: The Movie" (1978), dirigido por Richard Donner. Justamente para interpretar Clark Kent/Super-Homem.  O sucesso foi tamanho, que Reeve transformou-se num astro, e o filme chegou a ganhar três (3) continuações. Durante a saga, pode contracenar com grandes nomes do cinema como Gene Hackman e Marlon Brando. Porém, da mesma forma que o protagonismo do herói lhe garantiu fama, limitou muito suas oportunidades nas telonas. 


Nenhum de seus outros filmes conseguiu o mesmo êxito ou deu o devido destaque profissional a Reeve. Entre uma aventura e outra de Clark Kent, o ator mostrou seu lado romântico. Em 1980, ele protagonizou o excelente romance "Em algum lugar no passado", como um jovem teatrólogo que volta no tempo para reencontrar seu grande amor. Com o trabalho, ele consolidou a fama de galã e fez as mulheres do mundo inteiro suspirarem por seus profundos olhos azuis. Após o 4º longa do Superman, em 1990, Reeve estrelou o filme "Vestígios do Dia", que se tornou um de seus melhores trabalhos, e o filme foi indicado ao Oscar. Na comédia "Apenas bons amigos", de 1994, que também não decepcionou nas bilheterias, ele chegou a contracenar com os astros: Michael Keaton e Geena Davis. O próximo papel no filme "Sem Suspeita" tornou-se profético para Christopher, quando ele encarnou na tela a imagem de um policial paralisado. Seis dias depois da estreia do filme nos cinemas, o ator sofreu o grave acidente de cavalos, que o deixou paralisado na vida real.


Em 28 de maio de 1995, quando participava de um concurso de hipismo, Christopher Reeve caiu do cavalo com que competia. Ele fraturou duas vértebras do pescoço e a coluna vertebral, ficando completamente imóvel do pescoço para baixo. Reeve passou vários meses no hospital, e passou por várias cirurgias. Ele chegou a pensar em suicídio quando soube que ficaria tetraplégico e só voltou a sorrir quando o amigo Robins Williams entrou em seu quarto, vestido como o médico do filme Patch Addams, fazendo palhaçadas. Seu tratamento de saúde custou uma fortuna, e Robins Willians o ajudou a pagar as contas do hospital, que consumiram todo o patrimônio de Reeve. Williams não só ajudou o amigo financeiramente, como garantiu os custos de educação de Will Reeve, o filho ator. Robin Williams também bancou o sustento de Will após a morte de sua mãe, em 2006. O ator inclusive deixou parte de sua fortuna para ele em seu testamento.

Cristopher Reeve passou por longas terapias para conseguir respirar com menos ajuda de aparelhos e se tornou um ativista pelos direitos dos deficientes, criando inclusive a Fundação Christopher Reeve para a Paralisia, em 1999.

O acidente fez de Reeve um ator limitado, mas este limite físico o fez servir involuntariamente e de modo perfeito para o papel de Jason Kemp, no remake moderno para a TV (1998) de "Janela Indiscreta", de Hitchcock, considerado um dos principais filmes da história do cinema. No filme de Hitchcock, Kemp é o sujeito paralisado que, impossibilitado de andar, fica bisbilhotando a vida alheia da janela de seu apartamento. Por este papel o ator foi indicado ao Globo de Ouro e ganhou o Screen Actors Guild Award.


Reeves teve uma memorável aparição na cerimônia do Oscar em 1996, quando surgiu de surpresa em uma cadeira de rodas, suportado por um respirador artificial, menos de um ano após seu acidente. Depois de uma interminável sessão de aplausos, Reeve levou o público às lágrimas em um discurso pedindo a Hollywood menos blockbusters vazios e mais filmes com causas sociais, do tipo "Platoon" (contra a guerra) e "Filadélfia" (Aids). Depois do acidente Reeve fez campanha pela pesquisa com células-tronco e a possibilidade de uso destas para recuperar as células danificadas em casos como o seu. O ator também era ativista da Unicef, da Anistia Internacional e da ecologia. Junto com os também atores Susan Sarandon e Alec Baldwin, fundou ainda a Coalizão Criativa, um grupo de ajuda a pessoas sem casa.


Em fevereiro de 2003, Cristopher fez seu último trabalho como ator, quando atuou na série Smalville, como o Dr. Virgil Swann, um cientista que tem informações importantes para o jovem Clark Kent. Tom Welling, que estrelava a série, fez campanhas para ajudar a promover a Christopher Reeve Paralysis Foundation.


Escreveu a biografia "Ainda Sou Eu - Memórias" (ed. DBA), recém-lançada no Brasil, cuja transcrição a disco lhe valeu o Grammy de melhor álbum falado de 1999. Em 2002, publicou "Nothing Is Impossible: Reflections of a New Life" (Nada É Impossível: Reflexões de uma Vida Nova).


No dia 11 de outubro de 2004, devido a uma parada cardíaca, Reeve morreu aos 52 anos no hospital Northern Westchester, de Nova York (EUA). Ele havia entrado três dias antes, quando sofreu um ataque cardíaco durante o tratamento de uma ferida infectada, e morreu sem recobrar a consciência.

Sua esposa, Dana Reeve, dez meses após a morte de seu marido, com apenas 44 anos de idade foi vítima de um agressivo câncer de pulmão. A atriz tinha uma vida saudável, e nunca havia sido fumante.

Para mais informações sobre este ícone de Hollywood, acesse o link abaixo:




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