Pantera Negra: O Mais Perigoso Homem Vivo – O Rei do Crime de Wakanda

 

Pantera Negra: O Mais Perigoso Homem Vivo – O Rei do Crime de Wakanda é um encadernado que contempla uma fase estranha do Pantera Negra, publicada em 2011, que abrange Black Panther: The Most Dangerous Man Alive nos 523.1, 525 a 529. Nessa fase, após a saga Shadownland, resolveram tirar o protagonismo do Demolidor de sua própria revista e substituí-lo pelo Pantera. Assim, T'challa deixa de ser o rei de Wakanda, e seu trono é ocupado por sua meia-irmã, Ciri. Ele então vai habitar e proteger a Cozinha do Inferno, na ausência do Homem Sem Medo. Realmente, causa estranhamento porque não estamos acostumados a ver o Pantera Negra na função de vigilante, o que não combina com o personagem, apesar de isso também ter acontecido na fase de Christopher Priest.



Apesar de estar em um novo hábitat, o herói não deixa de enfrentar velhos inimigos, como é o caso do Lobo Branco, o irmão adotivo de T’challa, que passa a cometer assassinatos de mulheres na Cozinha do Inferno para incriminar o Pantera. T’challa também arranja uma sidekick nessa fase, a garota sérvia Sofija.


Para arrematar, o Pantera Negra descobre que Wilson Fisk, o Rei do Crime, agora também líder do Tentáculo, pretende ter o controle acionário do Bando de Wakanda, para assim ser o dono do país. Evidentemente que o herói não deixará o balofo concretizar seu intento, e uma guerra é travada entre ambos. O curioso é ver o Pantera Negra enfrentando vilões tradicionais do Demolidor, como o próprio Rei do Crime, o Tentáculo, Lady Bulleye e Mary Typhoid. A irmã de T’Challa, Shuri, à época monarca de Wakanda, também dá uma mãozinha para seu irmão. Vale dizer que essa é a Shuri “raiz” dos quadrinhos, que era bem diferente da do filme. Shuri era uma versão feminina e mais xenófoba do Pantera Negra.


Essa fase do Pantera Negra se passa em uma época em que o título do personagem tinha sido cancelado, e ele deu uma "turistada" da revista do Homem Sem Medo. No entanto, no final da história, tudo volta ao status quo e Matt Murdock retorna e assume a guarda da Cozinha do Inferno.



Engraçado é que, depois de o filme do Pantera Negra ter feito mais de 1 bilhão de dólares, todo mundo virou fã do herói desde criancinha, mas a verdade é que ele sempre foi um personagem mais de gênero e sua revista nunca ficou no top 10 de comics mais vendidos nos EUA, apesar de ter histórias muito boas. Há um momento no quadrinho que achei meio desnecessário, em que o Pantera Negra pede ajuda somente a heróis negros, Luke Cage e o Falcão. Entendo a razão disso, mas me pareceu uma atitude bem forçada de representação. A despeito disso, o enredo escrito por David Liss não é ruim, e há a arte competente de Jefte Palo, Shawn Martinbrough e Michael Avon Oeming. Porém, o desenho de Oeming é mais caricatural, e fica estranho em uma HQ mais séria de super-herói. Nota 7 de 10.


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