Neste MEMÓRIA EM QUADRINHOS vamos a distante década de 70, quando a MARVEL nos presenteou com um atípico e inusitado anti-herói: DEATHLOCK, um cadáver reanimado em um corpo cibernético, cheio de armas e parafernálias vindo de um futuro pós-apocalíptico. Criado por Doug Moench e Rich Buckler, é um daqueles personagens secundários que possuem várias versões e origem confusa, principalmente por estar associado a versões possíveis de um futuro cataclísmico. Fora que nem mesmo a editora estabeleceu qual é a versão “oficial” até hoje. Como fã de HQs e Ficção, quando conheci o personagem nos anos 80, já o recebi com empolgação e lamentei muito o pouco aproveitamento que teve nos anos seguintes. Uns anos atrás, tivemos uma versão na série "Agentes da Shield" e recentemente, nas HQs americanas, uma nova versão surgiu numa aventura dos "Savage Avengers". Então, embarque conosco nesta viagem ao passado e relembre (ou conheça) este interessante personagem.
Capa por Rich Buckler e Klaus Janson
ORIGEM: A primeira (e mais famosa) versão de DEATHLOCK, Luther Manning, era um soldado americano de um futuro alternativo apocalíptico. Durante os anos 70 e 80 galgou vários postos por bravura e competência em combate, chegando ao posto de Coronel. Em uma missão de guerra seu corpo foi seriamente ferido em uma explosão. O major Simon Ryker, então, aproveitou para utilizar seu corpo mutilado em um projeto cujo objetivo era criar um exército de super-soldados ciborgues. Quando acordou, Manning estava em um corpo dotado de implantes metálicos, plásticos e eletrônicos, com um supercomputador alojado em parte de seu crânio. Foi lhe dado o nome de “Deathlock” e ele atuou durante um tempo como agente de Ryker, mas posteriormente, recuperou sua memória e fugiu, agindo como agente independente naquele mundo caótico.
Nome original: DEATHLOCK, THE DEMOLISHER
Licenciador: Marvel Comics
País de origem: EUA
Criado por: Doug Moench, Rich Buckler
Primeira aparição (Luther Manning) - Astonishing Tales (1970) n° 25, agosto de 1974
O personagem já foi publicado no Brasil, na revista “Heróis da TV” da Editora Abril nos anos 80. Apareceu ainda em algumas histórias dos Vingadores, Capitão América e do Homem de Ferro.
Depois de Luther Manning, a Marvel apresentou ao longo dos anos ao menos cinco (5) personagens com a identidade de "Deathlok": Michael Collins, Jack Truman, Rebecca Ryker, Henry Hayes e Jemma Simmons. Um tema recorrente entre eles é que um humano morto foi reanimado com tecnologia cibernética. A "tecnologia Deathlok" também foi usada tematicamente pelos roteiristas da Marvel em outras histórias.
O personagem também apareceu na televisão em animação e live action, com J. August Richards, interpretando uma variação do personagem na série de TV: "Agents of S.H.I.E.L.D."
Entre os poderes e habilidades mais genéricos em todas as versões temos: Super força, sentidos aprimorados, velocidade e reflexos sobre-humanos, durabilidade e capacidade de reparar danos corporais. Além de ser capaz de interagir com computadores e equipamentos eletrônicos.
As primeiras história de Deathlok foram exibidas em Astonishing Tales #25–28, 30–36 (capa datada de agosto de 1974–julho de 1976). Esta versão inicial do personagem, Luther Manning, mais tarde estrelou com o Homem-Aranha em Marvel Team-Up #46 (junho de 1976), e as aventuras em quadrinhos iniciadas em Astonishing Tales foi terminada em Marvel Spotlight #33 (abril de 1977). Deathlok posteriormente apareceu com o Coisa, do Quarteto Fantástico, em Marvel Two-in-One #27 e 54. O Luther Manning Deathlok então apareceu em Captain America #286–288 (outubro-dezembro de 1983).
Deathlok: Michael Collins, um professor pacifista que trabalhava para a corporação cibernética Roxxon Cybertek. Após a descoberta do programa Deathlok, ele foi baleado e seu cérebro foi transplantado para o corpo do ciborgue. Esta versão estreou na minissérie Deathlok #1–4 (julho-outubro de 1990, reimpresso como Deathlok Special #1–4 no ano seguinte). Este segundo Deathlok passou para uma série de 34 edições com capa datada de julho de 1991 a abril de 1994, além de dois Anuais de verão em 1992 e 1993.
Deathlock: Michael Collins
Deathlock Jack Truman
O terceiro Deathlok, o agente de espionagem da S.H.I.E.L.D. Jack Truman foi transformado em um ciborgue para combater o Caveira Vermelha. Teve sua estreia em uma minissérie de 11 edições (setembro de 1999 a junho de 2000). Deathlok também apareceu em quatro edições da minissérie Beyond!, e Michael Collins, em forma humana e não como Deathlok, apareceu em Fantastic Four #544–545 (maio-junho de 2007). Várias unidades Deathlok sem nome aparecem em Black Panther vol.4 #1–6. Não possuindo nenhuma senciência humana, eram autômatos criados a partir de cadáveres de soldados mortos no Iraque.
Um novo Deathlok chamado Henry Hayes estreou durante o evento "Original Sin" de Nathan Edmondson e Mike Perkins. Embora o personagem tenha sido considerado uma adaptação do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) de Deathlok, Mike Petersen, Edmondson afirmou que as coincidências eram apenas "semelhanças felizes" e que, em última análise, eles tentaram ir para um conceito totalmente original.
Deathlock Henry Hayes
Uma nova Deathlok chamada Jemma Simmons, apareceu pela primeira vez na S.H.I.E.L.D. vol.3 #1 por Mark Waid e Carlos Pacheco, adaptada do personagem do MCU de mesmo nome, antes de se tornar Deathlok na sequência da série de quadrinhos Agents of S.H.I.E.L.D. #8, transformada em uma unidade DEATHLOCK por Henry Hayes comoúltimo recurso para salvar sua vida.
Deathlok Jemma Simmons
Recentemente, em Savage Avengers #4 (2022), é revelado que esta versão de Deathlok era, na verdade, o corpo de Miles Morales (Homem Aranha) de um futuro distópico devastado por alguma tragédia misteriosa.
Deathlock Miles Morales
Desde a criação do personagem original, várias versões surgem. Ora como personagens principais, secundários e até mesmo como homenagens. Haja vista, o personagem Cyborg (Titãs, Liga da Justiça) que foi criado como um versão menos sombria do personagem. Como já mencionado, surgiu nos quadrinhos, apareceu em algumas animações e até mesmo em live action. E, claro que também chegou a ser produzido como Action Figures.
Action Figure (Toy Biz) de 1992 - coleção Marvel Super Heroes Cosmic Defenders.
Outra curiosidade é que “Psychotron” (do álbum Countdown to Extinction, 1992) da Banda Megadeath foi inspirada no ciborgue Deathlok. Álbum que estreou no segundo lugar da parada Billboard de 2000.
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