Papo de Cinema: A BRUXA DE BLAIR (The Blair Witch Project) 1999


No final dos anos 90, em meio a uma onda de filmes de terror que sempre apelavam para psicopatas mascarados e assassinos seriais e muito sangue nas telas. Produções como: Pânico (1996), Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (1997) e Lenda Urbana (1998) faziam a cabeça dos fãs do gênero, até que surgiu:  A Bruxa de Blair (1999). Um longa que depois de algum tempo foi considerado um dos filmes mais inovadores de sua época. 

The Blair Witch Project (A Bruxa de Blair, no Brasil) é um filme americano de 1999 em forma de pseudo documentário, escrito e dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez. O filme fez tanto sucesso nas bilheterias que passou a ser um dos 100 filmes americanos de maior faturamento de todos os tempos.

A Bruxa de Blair não foi o primeiro filme found footage (filmes perdidos) da história do cinema, mas foi graças a ele que o estilo se tornou popular (vide a franquia: "Atividade Paranormal"). Porém, o primeiro longa a usar essa técnica foi: “Holocausto Canibal” de Ruggero Deodato, em 1980. Um "documentário" que mostra um grupo de antropólogos sendo devorados por índios canibais na frente das câmeras, e as cenas pareciam reais na época (Devido a isso, até processos judiciais ocorreram). Lembrando que nós brasileiros também temos nosso filme nesse estilo, o fraquíssimo: "Desaparecidos” de David Schurmann, de 2011

Abro um parênteses aqui para registrar que não gosto do filme, não assisti nas telonas e também não sou nenhum grande fã do gênero. Contudo, como cinéfilo e nerd, não posso negar o impacto que esta produção teve na história do cinema. Daí o motivo de ter produzido este modesto material que visa tão somente trazer alguma luz aos curiosos de plantão, apresentando um grande volume de curiosidades sobre a obra. Porém, vou abrir mão de maiores comentários pessoais para não influenciar negativamente a você, amigo leitor.


SINOPSE: Um grupo de três jovens cineastas desaparece ao entrar em uma floresta de Maryland para gravar um documentário sobre uma lenda local conhecida como A Bruxa de Blair. Anos depois, a câmera que usavam é encontrada.

Título: A BRUXA DE BLAIR
Original: The Blair Witch Project
Ano:1999 - País: EUA
Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Produção: Robin Cowie, Gregg Hale
Elenco: Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, Bob Griffin, Jim King, Sandra Sánchez, Ed Swanson, Patricia DeCou, Mark Mason
Música: Antonio Cora
Direção de Arte: Ricardo Moreno
Edição: Daniel Myrick / Eduardo Sánchez
Companhia produtora: Haxan Films
Distribuição: Artisan Entertainment
Lançamento: 30 de julho de 1999



CURIOSIDADES:
  • O filme custou inicialmente 22.000 dólares (e após “melhorias” 60.000 dólares) e rendeu no mundo inteiro, segundo dados do site Box Office Mojo, a quantia de US$ 248.639.099, permanecendo até hoje como o filme que mais arrecadou em relação ao custo e a renda da obra.
  • Os atores receberam algumas aulas para aprender a manusear a câmera, e então foram levados para a floresta, onde ficaram oito dias, privados de sono e alimento com apenas uma bússola, e sem realmente saber onde estavam. A produção se mantinha camuflada e escondida no meio da floresta. 
  • Outros finais gravados em pós-produção e que foram descartados, incluíam Mike sendo enforcado e em outro estava de frente para a parede, com a figura das ramas ao seu lado.
  • A banda HIM gravou parte do clipe da música “And love said no” na casa que aparece no final de A Bruxa de Blair.
  • No Brasil, o filme levou aos cinemas mais de 1,4 milhão de expectadores.
  • A Bruxa de Blair foi gravado em 8 dias.
  • A casa que Heather mostra no começo de A Bruxa de Blair é, na verdade, a casa de Lonnie Glerum, assistente de produção do filme.
  • A Bruxa de Blair foi inspirado no documentário “Häxan” de Benjamin Christensen.
  • A produtora de A Bruxa de Blair se chama Häxan Films, em homenagem ao documentário que lhes serviu de inspiração.
  • Há um rumor de que a atriz Heather Donahue comprou um canivete para a gravação, pois não se sentia segura em dormir com dois desconhecidos no meio de um bosque.
  • Na cena do supermercado, quase no começo do longa, se pode escutar ao fundo a frase “Você é Rick Derris?”, um referencial ao filme “Clerks” de Kevin Smith.
  • Quando Josh e Heather vão procurar Mike, eles estavam escutando a música “We gotta get out of this place” do grupo The Animals, no rádio. Mas como os produtores não conseguiram adquirir os direitos do autor, se suprimiu a canção.
  • A camareira, a quem perguntam sobre o Instituto Blair, foi interpretada pela irmã do diretor Eduardo Sánchez.
  • A cena em que Heather descobre, em um lenço, dentes e parte de uma língua, supostamente de Josh, é similar à que ocorre na história “The Devil and Tom Walker” de Washington Irving.
  • Uma das câmeras de vídeo que foram utilizadas no filme foi comprada em um Wal-Mart. Existe o rumor de que tal câmera foi devolvida após a filmagem, para que o custo do filme não se elevasse.
  • Para promover A Bruxa de Blair, foi dito que se tratava de um documentário real, assim como foi feito com “Holocausto Canibal”. Para isso, foi feita uma parceria com vários sites conhecidos, que junto à ficha de cada ator, foi colocado que seu paradeiro era desconhecido.
  • A Bruxa de Blair se tornou, em pouco tempo, um dos filmes mais parodiados da história, aparecendo em filmes como “Todo mundo em pânico”, episódios de diversas séries e curta metragens.
  • Duas mil salas de cinema projetaram simultaneamente A Bruxa de Blair nos Estados Unidos, foi um recorde maior que o de “Star Wars: Ameaça Fantasma”.
  • Nos EUA, muita gente ficou verdadeiramente mal após assistir o filme, não por medo ou sangue, mas sim por causa do contínuo movimento das câmeras de mão usadas para gravar as cenas.
  • O título original do filme era “The Black Hills Project”.
  • Burkittsville, a cidade do filme, ficou muito incomodada pelas informações falsas acerca da cidade que foram veiculadas, tanto pelo filme como na divulgação dele. Chegaram a criar um site (www.burkittsville.org)  para contar a verdade sobre o assunto e até escreveram um FAQ com as respostas para as perguntas que não paravam de aparecer.
  • O site do filme recebia 3 milhões de visitas diárias durante a estreia. Toda a campanha de publicidade começou na internet.
  • A estreia no México se realizou em um cemitério ao ar livre, preparado para a ocasião com centenas de velas e uma grande tela entre as árvores.
  • A casa da cena final do filme, onde supostamente morava a bruxa, possuía 200 anos na época, e foi salva de ser destruída. O estado de Maryland decidiu não derruba-la após o filme, contrariando o que ia acontecer, pois o imóvel estava em estado de total abandono.
  • Foi a primeira vez a história do cinema que atores filmaram na íntegra e sozinhos, um longa-metragem inteiro. 

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