Papo de Cinema: Doc Savage - O Homem de Bronze (1975)


Assisti a Doc Savage, filme com o clássico personagem dos pulps, interpretado por Ron Ely, que também já fez papel do Tarzan. Doc Savage na realidade seria o Superman dos pulps. A bem da verdade, foi uma das influências para que Jerry Siegel e Joe Shuster criassem o Superman, ao lado de John Carter de Edgar Rice Burrougs  e do livro Gladiator, de Philip Wylie. Doc Savage tem algumas semelhanças com o Superman, além de ter superforça e ser invulnerável a balas. Se Superman é o Homem de Aço, Doc Savage é o Homem de Bronze. Inclusive, Savage tinha sua própria Fortaleza da Solidão, característica que os criadores do Superman copiaram depois. Se o Superman tinha sua prima, a Supergirl, Doc Savage também possuía uma prima, Pat Savage.



Talvez o fator mais polêmico de Savage na atualidade seja sua origem, pois ele foi moldado desde a infância por seu pai para aprimorar sua mente e corpo. Ou seja, sofreu aprimoramento genético. Hoje em dia, isso seria considerado eugenia e seria muito politicamente incorreto. Não é à toa que não há menção à origem de Doc Savage no filme, pois já nos anos 70 isso seria uma coisa meio errada.
O filme começa com Doc Savage indo fazer uma visita à sua Fortaleza da Solidão no Ártico, tempo que o herói aproveita para ler e fazer seus experimentos. No entanto, pressentindo que havia algo errado, Savage volta a Nova York e encontra seus amigos, os Cinco Notáveis, Long Tom, Renny, Monk, Johnny e Ham. Não me lembrava, mas Doc Savage tinha uma equipe que ajudava o herói em suas aventuras, e eram esses caras.
Os amigos de Savage contam a ele que seu pai havia falecido. O herói fica consternado, mas isso dura pouco, pois logo chega um inca dos pobres armado de um rifle e atenta contra sua vida. Savage persegue o indígena, que cai para a morte. Ele chega à conclusão que seu pai foi assassinado e resolve ir para Hidalgo, um México genérico na América Latina onde seu pai foi morto.
Então, se revela o vilão do filme, o Capitão Seas, que é bem galhofão. Seas manda um aviador destruir o avião de Savage, mas o herói e seus amigos o enganam com um avião sem piloto. Já naquela época, já havia drones.


Chegando a Hildago, Savage é recebido pelo presidente da república das bananas, que também não sabe o que pode ter acontecido com o pai do herói. Um dos funcionários do presidente é espião do Capitão Seas e está a par de tudo. Os bandidos mais uma vez tentam matar o herói usando de feitiçaria indígena. Uma serpente etérea tosca e verde, a “morte verde”, tenta dar cabo de Savage, mas ele consegue se livrar.
Savage é convidade pelo tal Capitão Seas para seu navio, e lá o vilão mais uma vez tenta assassinar o herói e seus amigos. Isso só serve para Seas descobrir que Savage é à prova de balas. Savage e cia. conseguem escapar do navio e agora já estão cientes do verdadeiro bandido da história.
Savage pede ajuda a uma das secretárias do presidente de Hidalgo, Mona, que se torna guia da galera. Obviamente, Mona se apaixona pelo herói, que não pode corresponder a seus sentimentos. Chegando onde Seas está, descobrem que o objetivo do vilão é se apoderar de uma fonte de ouro, e por isso o pai de Savage foi assassinado. Seas prendem os amigos do herói e manda o feiticeiro indígena invocar a tal “morte verde”. Savage chega, salva todo mundo e dá a seus amigos um antídoto. Então, ele enfrenta Seas e o vence em todo tipo de artes marciais. O feiticeiro indígena cai em um poço cheio de cobras, e o espião de Seas é borrifado pela fonte de ouro e se transforma em uma estátua de ouro.
Savage então liberta os indígenas, que eram escravos de Seas; o chefe indígena oferece a fonte de ouro de presente para o herói. Savage agradece e diz que isso ira financiar seu combate ao crime. O Herói ainda dá um beijo de cinema em Mona e parte. Seas é levado para a clínica de Savage e sofre uma cirurgia à base de acupuntura, para mudar a personalidade perversa do vilão. Hoje em dia, isso também seria algo considerado politicamente incorreto, mas antigamente era aceitável fazer lobotomia nos vilões. Seas fica bonzinho e vai trabalhar pedindo doações para os pobres no Natal.
O filme termina com um cliffhanger, com Savage tendo de impedir outra ameaça, e deixam a entender que haverá uma sequência, que nunca aconteceu. O filme foi um fracasso de público e crítica já em sua época. E, realmente, tem problemas de consistência de roteiro e é meio bobo. O mérito é apresentar Doc Savage para quem não conhece o personagem. Ron Ely tem uma atuação bem carismática, mas apenas isso não salva a película. Nota 6,5 de 10. 

Caso queiram ter outro ponto de vista do mesmo filme, segue o link do artigo de Paulo Cirino.

Papo de Cinema: DOC SAVAGE - O HOMEM DE BRONZE - Ron Eli (Tarzan) tenta o cinema!

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