MEMÓRIA DOC | FAHRENHEIT 11 DE SETEMBRO - By Michael Moore

 


Neste MEMÓRIA DOC vamos relembrar um pouco do atentado que abalou o mundo no dia 11  DE SETEMBRO DE 2001. Eu, na época tinha 31 anos e estava indo para o trabalho, quando numa TV ligada numa padaria testemunhei atônito a colisão do segundo avião nas torres gemeas. A impressão que tive era de estar testemunhando os primeiros minutos do que seria a 3ª Grande Guerra. Já se passaram praticamente 20 anos e ainda hoje tenho essa cena vívida em minha memória. Mas, não vamos lembrar simplesmente do atentado, mas do ousado documentário produzido (roteirizado,dirigido e estrelado) por Michael Moore, um repórter americano que sentiu necessidade de investigar o fato, já que as declarações do então presidente: George W. Bush eram evasivas e bastante suspeitas. Do fruto desta investigação nasceu:  FAHRENHEIT 11 DE SETEMBRO. Continue lendo e saiba (ou relembre) algumas das curiosidades que envolveram esta inesquecível produção.


SINOPSE: Documentário que explora a fundo os motivos que o governo do então presidente americano Bush teve para lançar o país em uma guerra contra o Iraque e o Afeganistão e tenta decifrar os reais alcances dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama bin Laden. Além de examinar sua atuação durante os incidentes do 11 de Setembro.

Ano do lançamento: 2004
Data de lançamento: 25 de Junho (EUA) e 30 de julho (Brasil)
Roteiro/Direção: Michael Moore
Prêmios: Palma de Ouro, Critics' Choice Award: Melhor Documentário, People's Choice Award: Filme Favorito
Produção: Michael Moore, Kathleen Glynn, Jim Czarnecki, Monica Hampton

Moore deixa claro que era favorável ao retorno dos democratas ao poder, já que Bush era republicano e, por dois mandatos, nada teria feito para melhorar a situação econômica do povo americano nas regiões onde predominava o desemprego. Ao invés disso, segundo afirma, o presidente Bush teria manipulado o sonho dos jovens dessas regiões empregando-os, literalmente, para uma guerra que só representava o interesse de Bush em eliminar o “inimigo” de seu pais e explorar o petróleo do Iraque.


Tirando os exageros de caráter político e algumas cenas sensacionalistas, Michael Moore nos apresenta uma boa explicação para um episódio que ainda hoje carece de maiores esclarecimentos e cuja postura governamental dos EUA não inspira muita credibilidade, haja vista que ainda hoje o governo americano insiste em manter suas tropas no Iraque, sob o pretexto de que estão instalando a “democracia” no país.

Contudo, antes de simplesmente concordar com tudo que é apresentado é válido considerar que o próprio Michael Moore é uma pessoa polêmica e que adora criar controvérsias, chamar atenção para si e estar no centro dos debates.
Há quem considere que “Fahrenheit 11 de Setembro” foi feito para justificar o discurso de agradecimento de Michael Moore na cerimônia de entrega do Oscar de 2003 – quando ele ganhou o prêmio de Melhor Documentário pelo excelente “Tiros em Columbine” -, no qual ele disse que, na qualidade de diretor de documentários, que lida com temas reais, ele nunca poderia apoiar um presidente fictício (George W. Bush) na sua guerra fictícia (contra o Iraque). Por esta razão, “Fahrenheit 11 de Setembro” começa com a imagem do candidato democrata Al Gore sendo aclamado como o novo presidente dos Estados Unidos até que a rede de televisão Fox News decidiu ir contra a corrente e declarar George W. Bush como o novo presidente da nação. Moore faz uma simples pergunta: será que tudo isso foi somente um sonho?

logo, nas mãos de seu diretor, “Fahrenheit 11 de Setembro” virou uma arma politica, uma vez que foi lançado no ano em que George W. Bush concorreu à reeleição como Presidente dos Estados Unidos contra o Senador John Kerry. O objetivo do cineastas era influenciar a população a retirar Bush do poder ao votar no candidato do partido democrata (não era mera coincidência o fato de que o filme atacava o ponto principal da campanha de reeleição de Bush: a de que ele era o único homem que podia combater a ameaça do terrorismo). Apesar desta sua “estratégia” não ter dado certo, Moore não teve do que se queixar, afinal ele proporcionou às pessoas a oportunidade de conhecer o outro lado, discutir e contestar o que estava acontecendo.

O que quero deixar claro aqui é que Moore e seu documentário, não são nem de longe imparciais. Pelo contrário, são descaradamente tendenciosos. Mas, com certeza Fahrenheit 11 de |Setembro consegue deixar uma pulga atrás das nossas orelhas. Tem sim, imagens editadas, opiniões colocadas de forma que reforcem a opinião de Moore e não a opinião da pessoa na íntegra, mas os fatos e notícias que ele coloca não são editados e é justamente isso o suficiente para nos deixar perplexos ainda hoje.


CURIOSIDADES:
  • O título do documentário faz referência ao livro Fahrenheit 451 (233 °C, que representa a temperatura em que arde o papel), escrito em 1953 por Ray Bradbury, e também aos atentados de 11 de setembro de 2001. O escritor Ray Bradbury declarou publicamente sua insatisfação pela utilização do nome de seu livro no filme sem sua autorização.
  • Em maio de 2004 o diretor Michael Moore declarou que a Walt Disney Pictures havia proibido a Miramax Films, produtora de Fahrenheit 11 de Setembro e sua subsidiária, de distribuir o filme nos cinemas americanos. A proibição realmente ocorrera mas, segundo o Presidente Executivo da Disney Michael Eisner, a decisão havia sido tomada meses antes e Moore apenas a estava revelando no momento para conseguir publicidade para o filme.
  • Após sua primeira exibição no Festival de Cannes, Fahrenheit 11 de Setembro recebeu uma sessão de aplausos que durou entre 15 e 25 minutos. Esta foi considerada a maior ovação já recebida por um filme em toda a história do festival.
  • O filme foi o segundo documentário na história a ganhar o Festival de Cannes, sendo também o primeiro americano a conseguir tal feito. O anterior fora Le Monde du Silence (1956).
  • Este foi o primeiro documentário na história a ocupar a liderança do ranking de bilheterias nos cinemas americanos após seu primeiro fim de semana de exibição. É o documentário que esteve em cartaz em mais salas de cinema nos Estados Unidos em toda a história. Em sua semana de lançamento o filme esteve em cartaz em 868 salas, sendo que na terceira semana já estava em exibição em 2011 salas.
  • A quantia arrecada por Fahrenheit 11 de Setembro em seu fim de semana de estréia foi de US$ 23,9 milhões. Esta é praticamente a mesma quantia arrecadada pelo documentário anterior de Moore, Tiros em Columbine, em 3 meses de exibição.
  • Michael Moore abriu mão de inscrever Fahrenheit 11 de Setembro na disputa do Oscar de melhor documentário para que o filme pudesse ser exibido na TV americana antes das eleições para Presidente dos Estados Unidos. De acordo com as regras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, um documentário apenas poderia concorrer se não fosse exibido na TV até seis meses após seu lançamento nos cinemas, o que não aconteceu.

COINCIDÊNCIAS SINISTRAS

  • New York City tem 11 letras.
  • Afghanistan tem 11 letras.
  • “The Pentagon” tem 11 letras.
  • George W. Bush tem 11 letras.
  • New York é o estado Nº 11 dos EUA.
  • O primeiro dos vôos que embateu contra as Torres Gêmeas era o Nº11.
  • O vôo Nº 11 levava a bordo 92 passageiros; somando os numerais dá: 9+2=11.
  • O outro vôo que bateu contra as Torres, levava a bordo 65 passageiros, que somando os numerais dá: 6+5=11.
  • A tragédia teve lugar a 11 de Setembro, ou seja, 11 do 9, que somando os numerais dá: 1+1+9=11.
  • As vítimas totais que faleceram nos aviões são 254: 2+5+4=11.
  • O dia 11 de Setembro, é o dia número 254 do ano: 2+5+4=11.
  • A partir do 11 de setembro sobram 111 dias até ao fim de um ano.
  • O número 9.11 (No modo Americano de Data) coincide com o número de emergênca dos EUA: 911.
  • Nostradamus (11 letras) profetiza a destruição de New Iork City na Centúria número 11 dos seus versos.
  • A nota de 20  dólares, dobrada de uma certa forma, revela além das duas torres incendiando, e o nome Osama. A contagem do 11/9 em soma também dá um número 20.
  • Se pensarmos nas Torres Gêmeas, damo-nos conta que tinham a forma de um gigantesco número 11. 
  • O atentado em Madrid aconteceu no dia 11.03.2004 , que somando os numerais dá: 1+1+0+3+2+0+0+4=11. O atentado de Madrid aconteceu 911 dias depois do de New York, que somando os numerais 9+1+1=11.

TEORIAS DA "CONSPIRAÇÃO"!
  • Uma das teorias conspiratórias que surgiram em decorrência dos atentados de 11 de setembro diz que os planos dos terroristas já eram de conhecimento do governo americano, que apenas monitorou as ações do grupo no sentido de criar um clima favorável ao presidente Bush em suas intenções de invadir o Iraque e o Afeganistão. De fato, os ataques terroristas foram convenientes para o presidente em vários aspectos. Seu índice de popularidade pulou de 50% para 90% quando ele se tornou o líder da guerra contra o terrorismo. E a indústria de armas, uma das principais financiadoras de sua campanha à Presidência, deu pulos de alegria com as encomendas e a valorização das ações nas bolsas de valores.
  • Justamente naquele dia 11 de setembro estava ocorrendo, nas proximidades da fronteira com o Canadá, uma série de exercícios militares que envolveu parte dos caças interceptadores que deveriam estar atuando nas áreas onde ocorreram os atentados. A mistura entre realidade e ficção confundiu operadores de vôo e outros profissionais ligados à segurança aérea, que demoraram a perceber que havia algo de errado quando alguns aviões sumiram do radar. Os terroristas desligaram o transponder, aparelho que identifica o avião para os controles civis em terra. Esse ato é típico de terrorismo e indica uma grande ameaça – seria, por si só, justificativa para a interceptação. Mas nada foi feito durante mais de 20 minutos, o que deu uma confortável vantagem para os terroristas. O comando militar só teria sido avisado sobre o sumiço do vôo 77 dez minutos antes de o avião supostamente cair sobre o Pentágono.
  • Diz a versão oficial que os passageiros do vôo 93 da United Airlines, que caiu sobre uma área rural não habitada da Pensilvânia, teriam heroicamente lutado contra os seqüestradores a ponto de fazer a aeronave ir ao chão antes de atingir o alvo, possivelmente a Casa Branca. Os passageiros teriam sido informados por telefone sobre o atentado ao World Trade Center e queriam evitar que algo semelhante ocorresse – por isso resolveram invadir a cabine de comando e lutar contra os terroristas. A suspeita natural que surgiu é que ao menos esse avião, que percorria um trajeto mais longo que os demais, foi interceptado e abatido pelos caças da Força Aérea americana. Reforça essa hipótese o fato de os destroços da aeronave terem sido encontrados em um raio de 6 quilômetros, algo que não se encaixa muito bem na versão de que o avião teria caído sem ter sido atingido.


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