Papo de Cinema: O EGIPCIO (The egyptian) 1954


O antigo Egito sempre despertou a curiosidade e o fascínio nos homens; talvez, pelo ar de mistério que ronda o legado desta civilização ou mesmo pela exótica aparência revelada nos achados históricos. Seja qual for o motivo, o cinema sempre deu um jeito de se aproveitar desse interesse da humanidade. Então, neste PAPO DE CINEMA vamos falar de mais um dos clássicos da década de 50, desta vez vamos dissecar O EGIPCIO (1954) e lembrar (ou conhecer) este belíssimo épico estrelado pelo inigualável Victor Mature. Agora chega de balela e vamos a matéria. Divirta-se!

Nos tempos da décima oitava dinastia do Egito, Sinuhe (Edmund Purdom), um pobre órfão, torna-se um brilhante médico. Junto a seu amigo Horemheb (Victor Mature) ele é apontado para servir ao novo Faraó. Vivendo na corte, Sinuhe começa a perceber coincidências entre acontecimentos que marcaram as dinastias faraônicas e tragédias que marcaram sua própria vida. Cada vez mais absorto pelas intrigas da corte, ele passa a conhecer bizarros segredos de seus governantes e muitas respostas para perguntas que ele carregou consigo durante toda a sua vida.


Título: O EGIPCIO
Título Original: The Egyptian
Ano: 1954
Pais: Estados Unidos
Gênero: Épico, Histórico
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Philip Dunne, Casey Robinson
Produção: Darryl F. Zanuck
Música Original: Alfred Newman, Bernard Herrmann
Coreografia: Stephen Papich
Fotografia: Leon Shamroy
Edição: Barbara McLean
Direção de Arte: Lyle R. Wheeler, George W. Davis
Guarda-Roupa: Charles Le Maire
Maquiagem: Ben Nye
Efeitos Sonoros: Alfred Bruzlin, Roger Heman Sr.
Efeitos Visuais: Ray Kellogg
Elenco:
 - Jean Simmons Merit
 - Edmund Purdom Sinuhe
 - Victor Mature Horemheb
 - Gene Tierney Princesa Baketamon
 - Michael Wilding Faraó Akhnaton
 - Bella Darvi Nefer
 - Peter Ustinov Kaptah
 - Tommy Rettig Thoth
 - Carl Benton Reid Senmut
 - Anitra Stevens Rainha Nefertiti
 - Henry Daniell Mekere
 - Judith Evelyn Taia, mãe do faraó
 - John Carradine Ladrão de túmulos
 - Sharon Jan Altman Princesa
 - Dede Gainor Princesa
 - Mimi Gibson Princesa
 - Paul Kruger Alto sacerdote
 - George Melford Sacerdote
 - Lawrence Ryle Sacerdote
 - Carmen de Lavallade Dançarina egípcia


PRÊMIOS
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Revelação Feminina (Bella Darvi)

INDICAÇÕES
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Fotografia (Leon Shamroy)

Roteiro baseado no livro de Mika Waltari, “O Egípcio” 

CURIOSIDADES:
  • Mika Waltari (1908-1979) é o maior escritor finlandês. Entre seus sete romances históricos, "O Egípcio" destaca-se como o mais conhecido e já foi traduzido para mais de 40 idiomas. Este livro foi originalmente publicado em 1945, no final da Segunda Guerra. 
  • O longa, apesar de tratar aparentemente de aspectos e questões da religiosidade egipcia do período, faz um parelelo de similaridade da fé dos egípcios com a fé católica, representando os sacerdotes dos antigos deuses como vilões e o famoso símbolo Ankh (o símbolo da nova religião de Akhenaton), numa clara emulação da cruz de Cristo.
  • As vozes dos personagens interpretados por Mike Mazurki e 'Leo Gordon' foram dubladas por outros atores para uma qualidade mais clássica - e menos americana.
  • Marilyn Monroe fez muito lobby para interpretar "Nefer", mas Darryl F. Zanuck reservou o papel para sua então amante, Bella Darvi.
  • O filme levou dois anos para ser produzido, e os designers acabaram catalogando milhões de itens de roupas e propriedades para o épico.
  • Darryl F. Zanuck, da 20th Century Fox, comprou os direitos do filme em 1952. Ele anunciou que o filme seria sua única produção pessoal em 1953. 
  • Marlon Brando iria interpretar o papel principal (Sinuhe). Porém, em fevereiro de 1954, uma semana antes do início das filmagens, Brando participou da leitura do roteiro. Philip Dunne (roteirista) disse que Brando leu o papel de modo "absolutamente lindo", mas Michael Curtiz (diretor) disse: "Como posso, com toda a minha genialidade, fazer você interpretar esse homem que é um herói em um minuto e, no momento seguinte, um vilão?" Dunne chegou a declarar que foi para casa na intenção de escrever um memorando para Curtiz, mas antes que o fizesse recebeu uma ligação dizendo que Marlon Brando havia desistido do filme. Brando disse que não foi capaz de desempenhar seu papel devido à tensão mental e teve seu psiquiatra para apoiá-lo. Como as filmagens no Egito já haviam começado, a Fox processou Brando em US$ 2 milhões. Contudo, o processo foi resolvido quando o ator concordou em fazer: "Désirée, o Amor de Napoleão" (1954) para o estúdio.
  • Alguns dos cenários, fantasias e adereços deste filme foram comprados e reutilizados por Cecil B. DeMille para Os Dez Mandamentos (1956).
  • Devido ao pouco tempo disponível na pós-produção, as tarefas de composição da trilha sonora foram divididas entre dois dos compositores mais conhecidos da 20th Century-Fox: Alfred Newman e Bernard Herrmann.
  • O "tomatômetro" do Rotten Tomatoes classifica o Egipcio com 60% de aprovação.


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