In Memoriam | BRIAN WILSON (1942 - 2025) & FREDERICK FORSYTH (1938 - 2025)
Infelizmente, mais uma
vez, venho escrever um post motivado por uma triste razão, que foram os
falecimentos de dois grandes nomes da música pop e da literatura, Brian
Wilson, ex-líder dos Beach Boys, e Frederick Forsyth, famoso escritor de livros
de espionagem e suspense. Sem mais delongas, vamos às descrições.
Brian Wilson, que
faleceu no último dia 11, aos 82 anos, foi o principal compositor e líder da
banda de rock Beach Boys, que rivalizava até com os Beatles. Nascido em Inglewood,
na Califórnia, em 20 de junho de 1942, teve uma infância difícil; tanto ele
quanto os irmãos sofriam com um pai abusivo.
Na juventude, Wilson formaria a banda Beach
Boys em 1961, acompanhado por seus irmãos Dennis e Carl, bem como por seu primo,
Mike Love. De início, a banda tinha uma sonoridade e letras mais simples, que
giravam em torno de temas como garotas, carros, surf e ondas. É dessa época o
primeiro grande sucesso dos Beach Boys, Good Vibrations. No entanto, a
espiral de sucesso não impediu que Wilson tivesse seu primeiro colapso nos fins
de 1964. Ao longo dos anos, Wilson sofreria muito por conta de seus distúrbios
e sua instabilidade constituída por patologias psiquiátricas.
Wilson também tinha uma
grande rivalidade com Paul McCartney e John Lennon dos Beatles, e sempre
tentava se contrapor a eles com os Beach Boys. Após escutar o álbum Rubber Soul
da banda britânica, Wilson quis superá-los com o álbum Pet Sounds, considerado
um dos melhores da década de 1960. É desse álbum que provêm algumas das
melhores músicas dos Beach Boys, como God Only Knows e outras. Porém, os
Beatles responderam com Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, o que causou
outro colapso em Wilson.
Ao longo dos anos, Wilson
ainda sofreria muito com sua condição psiquiátrica e o abuso de drogas e
álcool, permanecendo recluso uma época. Seu médico aproveitou-se de sua
condição, prescrevendo uma medicação que piorou seu estado e roubando sua
fortuna. Depois de anos afastado, Wilson voltou com o álbum Smile em 2004,
considerado um dos melhores álbuns dos anos 2000. Ano passado, Wilson foi
diagnosticado com demência, um grave distúrbio neurocognitivo que o tornou incapaz
de cuidar de si mesmo.
Frederick Forsyth faleceu
no dia 9, aos 86 anos. Um dos grandes autores britânicos de best sellers,
Forsyth nasceu em Ashford, Reino Unido, em 1938. Aos 19 anos, foi piloto da RAF
britânica; posteriormente, tornou-se jornalista, tendo trabalhado até para a Reuters,
BBC e Time.
Em 1971, resolveu tentar
a sorte de novelista, e seu primeiro livro foi um sucesso imediato, O dia do
Chacal. O romance tinha o enredo que abordava a conspiração e a tentativa
de assassinato do então presidente francês Charles DeGaulle pelo assassino
profissional Carlos, o Chacal. Apesar de a tentativa de assassinato de DeGaulle
ter sido real, todo o desenvolvimento subsequente do livro é ficção.
O dia do Chacal teve duas adaptações cinematográficas:
a primeira em 1973, dirigida por Fred Zinnerman e estrelada por Edward Fox, no
papel do Chacal. A segunda adaptação ocorreu em 1997, e Bruce Willis
interpretou o assassino. A despeito de ter nomes ilustres em Hollywood, como
Richard Gere e Sidney Poitier, essa adaptação não é nem um pouco fiel ao romance
de Forsythe. Recentemente, uma série de O dia do Chacal foi feita para o
Disney Plus, com Eddie Redmayne no papel do Chacal. Porém, é outra adaptação
bem pouco fiel ao livro.
Forsythe também
escreveu outros inúmeros romances, dos quais podemos destacar O Dossiê Odesa
e O quarto protocolo, este último se trata de um livro de espionagem e
intriga internacional que aborda a tensão nuclear da Guerra Fria. O quarto protocolo
teve uma adaptação cinematográfica em 1987, estrelada por Michael Caine e
Pierce Brosnan.
Em suma, este post pretendeu
fazer um apanhado e uma homenagem a esses dois grandes nomes da música pop e da
literatura de entretenimento. Que a terra lhes seja leve. R.I.P.
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