Animação em Foco | HÉRCULES da Disney (1997)


HÉRCULES é o trigésimo-quinto longa de animação dos estúdios Disney e marca o chamado "Renascimento Disney", fase na qual o estúdio voltou a ser popular após algumas décadas sem grandes sucessos.
Vale lembrar que Pocahontas (1995) e O Corcunda de Notre Dame (1996) foram lançados um seguido do outro, e mesmo sendo trabalhos verdadeiramente incríveis o público não aceitou bem animações retratarem narrativas com temáticas tão adultas. Os fãs queriam uma história mais leve e foi exatamente o que os diretores Ron Clements e Jon Musker entregaram com Hércules. 
A dupla de diretores já havia emplacado sucessos como A Pequena Sereia (1989) e Aladdin (1992), e queria muito realizar o projeto Planeta do Tesouro (2002). Como condição dos estúdios, precisariam lançar antes mais um projeto comercial, e assim entraram na produção. Mas não entraram sozinhos, levaram consigo o compositor Alan Menken, já vencedor de vários Oscar® e que parecia não errar em suas composições.



SINOPSE: Olimpo, Grécia. Na morada dos deuses só existe alegria com o nascimento de Hércules (Tate Donovan), o filho de Zeus (Rip Torn) e Hera (Samantha Eggar). Mas o deus do mundo subterrâneo, Hades (James Woods), não compartilha desta felicidade, pois conspira para tomar o lugar de Zeus, o que só poderá ser feito quando os planetas estiverem alinhados (isto demorará 18 anos) e, como foi predito, se não houver intervenção de Hércules, que na época será um jovem. Assim Hades ordena para duas entidades que dêem para Hércules uma poção que o transformará num mortal. Ela precisava ser toda ingerida e, por Hércules não ter bebido uma gota, ainda fica nele uma centelha divina, que lhe dá uma enorme força. Porém ele não é mais um deus e assim não pode viver no Olimpo. Hércules passa a ter como pais adotivos Alcmena (Barbara Barrie) e Anfitrião (Hal Holbrook). Hércules sente-se diferente dos demais jovens e então fica sabendo através de seus pais adotivos que sua origem é divina. Ele decide então voltar ao Monte Olimpo, mas para isto precisa antes se tornar um verdadeiro herói.
Direção Ron Clements e John Musker, roteiro Ron Clements, Barry Johnson, Don McEnery, Irene Mecchi, John Musker e Bob Shaw, elenco Tate Donovan, Danny DeVito, James Woods, Susan Egan, Bob Goldthwait, Samantha Eggar, Hal Holbrook, Amanda Plummer e Charlton Heston.

O filme recebeu contribuição nos segmentos animados do cartunista Gerald Scarfe que desenhou os personagens, assim o filme tem um estilo visual incomum comparado a outras animações da Disney. CGI também foi usado para criar a Hidra e as nuvens no Olimpo. Os estúdios Disney já haviam utilizado efeitos de computador em suas obras anteriores – como a cena do baile de A Bela e a Fera (1991), ou a fuga de Aladdin da caverna do tesouro – e a tecnologia se mostrou fundamental para criar o monstro. Seria impossível animar tradicionalmente cerca de trinta cabeças que se movem independentemente. Embora hoje as tecnologias de computação gráfica sejam mais acessíveis, na época os animadores levavam de 6 a 14 horas para produzir cada frame da sequência.
Outro destaque de Hércules é sua excelente trilha sonora, pois tanto a parte que é só instrumental é fantástica, como a parte cantada também é incrível, e tudo encaixa perfeitamente, as músicas são incríveis, as letras uma mais linda que a outra, além de completar muito bem a história que está sendo contada.
Hercules: An Original Walt Disney Records Soundtrack é a trilha sonora original do filme, ela foi lançada em 27 de Maio de 1997 nos Estados Unidos e foi produzida por Alan Menken, que compôs a música e David Zippel, que escreveu as letras, com canções interpretadas por Lillias White, LaChanze, Roz Ryan, Roger Bart, Danny DeVito e Susan Egan juntamente com o single de sucesso “Go the Distance” do cantor Michael Bolton. Para a versão em espanhol, Ricky Martin reescreveu “Go the Distance” e lançou com o nome de “No Importa La Distancia” que também fez muito sucesso dentro e fora dos Estados Unidos. “Go the Distance” foi indicado ao Oscar de melhor canção original e ao Globo de Ouro de melhor canção original, mas perdeu para o grande sucesso de Celine Dion “My Heart Will Go On” do filme Titanic. 
Hades, na voz de James Woods, é o grande vilão. E, na minha opinião, é facilmente um dos melhores vilões da Disney, pelo seu carisma que rouba a cena sempre que aparece e, verdade seja dita, a sua dublagem também ajuda muito a criar a mística do personagem. 
Por falar em dublagem, este é outro ponto muito positivo no filme. Os dubladores, tanto o da dublagem original, como a dublagem em português, acrescentaram um algo a mais a trama. Você se diverte muito vendo a dublagem em português, dubladores como: Márcio Simões, Renata Lima, Isaac Bardavid e Ettore Zuim (Batman, na trilogia de Christopher Nolan) que deu voz ao protagonista da animação, porém, nas versões em espanhol foi Ricky Martin quem interpretou o herói. Posteriormente o cantor integrou músicas do filme no repertório de seus shows.


CURIOSIDADES: 

Os animadores da Disney usaram cerca de 72 mil lápis no processo de desenho do filme. Mais de um milhão de folhas de papel também foram investidos — na época, o uso de computação gráfica era mínimo.essa quantidade mostra todo o detalhamento que a Disney teve para fazer esse filme, detalhe a detalhe, desde cenas a abertas onde mostra toda a Grécia, a cenas que apenas mostram movimentos, e você pode falar: “se tivesse computador seria melhor pois faria tudo mais rápido” e eu discordo disso, pois exatamente pelo filme ser desenhado e ter vários detalhes que ele ficou incrível.
Em sua primeira semana de exibição em apenas uma sala, Hércules arrecadou US$ 250 mil, na segunda semana o número de salas aumentou para duas e arrecadou US$ 853 mil. Quando o filme teve o número de salas expandido para 2,621, arrecadou US$ 22 milhões, ficando em segundo lugar na semana atrás apenas de A Outra Face. Hércules arrecadou mundialmente US$ 253 milhões, na época, com a correção da inflação, esse valor equivale a cerca de US$ 382 milhões hoje em dia.
Quando Hércules aparece vestindo a pele do leão, tal leão é Scar da animação O Rei Leão. Ambos os personagens tem o mesmo animador, Andreas Deja. 
Em uma cena, o treinamento de Hércules faz alusão ao filme Karate Kid.
Hércules foi seguido mais tarde por uma prequela diretamente em vídeo, Hercules: Zero to Hero, que serviu como piloto para Hercules: The Animated Series, uma série de TV da Disney centrada em Hércules durante seu tempo na Academia de Prometeus.
Hercules: The Animated Series (Hércules no Brasil) foi uma série animada da Walt Disney Television Animation, baseada no longa-metragem Hércules de 1997 bem como na mitologia grega. Teve 65 episódios, distribuídos em 2 temporadas. Foi exibido nos Estados Unidos entre 1998 e 1999. No Brasil, foi exibido no SBT entre 1999 e 2006, pelos programas Disney Club, Disney CRUJ, Bom Dia e Cia, Sábado Animado e Festolândia. Também foi exibido no Disney Channel e na Rede Globo, pela TV Xuxa e TV Globinho. A partir de 2010, começou a passar no canal da claro, canal aberto pela Embratel, pelo programa Club Disney. Em Portugal, foi exibido pela RTP1 no Clube Disney e também no Disney Channel e mais tarde no Disney Cinemagic.


BôNUS: Assista (ou Baixe) AQUI o 1º episódio da série animada de 1999.

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