Falando em Série | KOLCHAK e os DEMÔNIOS DA NOITE (1974)
Pelo que soube, o romancista Richard Matheson que entre outras obras escreveu em 1972 e 1973 "The Night Stalker" e "The Night Strangler" teriam sido uma das bases fundamentais que deram origem a série. Há ainda a possibilidade de que a obra de Marheson seja uma adaptação do livro "The Kolchak Papers/The Night Stalker" de Jeffrey Grant Rice. Mas, pra fechar com chave de ouro, apesar deste post não ser sobre Matheson, vale lembrar que este brilhante autor teve um de seus livros adaptado TRÊS VEZES para o cinema. O livro se chama: "I am Legend", lançado no Brasil como "A Última Esperança da Terra" e "Eu sou a Lenda". Os filmes foram: "Mortos que Matam" (1964), "A Última Esperança da Terra" (1971) e "Eu Sou a Lenda" (2007).
O episódio piloto “Pânico e a Morte na Cidade” foi exibido no dia 11 de janeiro de 1972 contando uma história resumida da obra literária: uma série de assassinatos estranhos começa a ocorrer na cidade de Las Vegas. Estranhos porque todas as vítimas aparecem com o corpo drenado de todo os seu sangue e com dois furos estranhos no pescoço. O repórter local, Carl Kolchak é encarregado de investigar o caso para o seu jornal, até chegar a conclusão que o assassino, Janos Skorzeny, não era um louco fanático pelo Conde Drácula e sim homem com caninos aguçados e imortal. É claro que as autoridades se apresentam céticas e Kolchak passa por louco. Qualquer semelhança entre Dana Scully e Fox Mulder, não é mera coincidência. O piloto foi um estrondoso sucesso tornando-se o longa da TV de maior audiência até aquela data.
Um ano depois, em 16 de janeiro de 1973, foi apresentada a segunda aventura de “Kolchak, A Noite do Estrangulador”, escrita por Richard Matheson. A aventura se passava em Seattle, e Kolchak dessa vez persegue um assassino que após estrangular suas vítimas retira uma quantidade razoável de sangue de seus corpos. Dirigido por Dan Curtis, o filme foi outro grande sucesso e abriu as portas do repórter para uma série semanal. Matheson desenvolveu neste segundo trabalho algum humor no personagem, aproximando-o do público.
A estréia "oportunamente" aconteceu numa sexta-feira 13. Para cortar alguns custos, McGalvin dispensou Richard Matheson e contratou alguns roteiristas para desenvolverem histórias semanais, mas o conceito da série continuou bastante similar ao dos longas. Até o mesmo elenco foi mantido. As histórias agora eram ambientadas em Chicago e Carl Kolchak passou a trabalhar para INS – Independent News Service (Serviço de Imprensa Independente). Mantendo o clima dos melhores filmes de terror, Darren McGavin preferiu não mostrar explicitamente seus monstros semanais, deixando que ele fosse visto apenas no final do episódio, tentando fazer com que o expectador usasse sua imaginação.
Registre-se ainda que a série era recheada de violência (tendo episódios censurados no Brasil), sua edição final, feita com muitos cortes curtos ao invés de longos closes, aliada a uma excepcional fotografia, típica dos melhores filmes do gênero, dava um verdadeiro clima de suspense. Kolchak enfrentava toda semana demônios, monstros, androides, humanoides, lobisomem, vampiros, zumbis e mais uma infinidades de criaturas, mas o principal deles é o incrédulo editor Tony Vicenzo com quem precisa discutir a existência ou não de tais seres.
No Brasil, Kolchak começou a ser apresentado em novembro de 1975, na TV Bandeirantes aos sábados às 22h30. O programa ficou sendo reprisado no canal até 1976 quando saiu por um longo período da televisão brasileira. A série só retornou à telinha por aqui em 1990, pela TV Record, sendo exibida diariamente às 22h30. Depois disso, não encontrei qualquer registro sobre seu retorno as telinhas.
Espero que tenhamos conseguido, ainda que de forma modesta, trazer a memória dos mais antigos um pouco da emoção dos velhos tempos e aos mais novos uma boa amostra do que tínhamos no passado.
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