Falando em Série | CYBERCOPS - OS POLICIAIS DO FUTURO (Dennou Keisatsu Cybercop) - 1988


Cybercops, os Policiais do Futuro (Dennō Keisatsu Saibākoppu) foi um tokusatsu da categoria Henshin Hero, produzido pelos estúdios Toho (a maioria dessas produções eram da Toei), sendo exibida originalmente no Japão pela NTV entre 1988 e 1989. Trazida ao Brasil pela Sato Company (cujo dono era Nelson Sato) foi exibida pela extinta Rede Manchete no início dos anos 90 ficando no ar até a metade da mesma década conquistando ótimos índices de audiência. Mais tarde foi reprisada pela CNT. 



SINOPSE: Em 1999, o esquadrão especial da polícia de Tóquio conhecido como ZAC (Zero Section Armed Constable ou Policiais Armados da Sessão Zero) cria o Cybercop, um grupo de policiais de elite com armaduras tecnológicas. Os Cybercops passam a combater a organização criminosa Destrap (Death Trap, no original) liderada pelo computador Führer, uma criação de Barão Kageyama, o verdadeiro líder do grupo.

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No auge dos seriados Tokusatsu no Brasil, as armaduras originais foram compradas pela Sato Company com intuito de fazer uma versão brasileira dos Policiais do Futuro, mas acabou não vingando. Mas, tivemos o Circo Show dos Cybercops em 1994 com atores brasileiros que trajavam as armaduras e roupas originais usadas nas gravações no Japão.

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O sucesso da série fez com que a série ganha-se uma versão em história em quadrinhos nas revistas Heróis da TV e Almanaque Cybercop, os Policiais do Futuro pela Editora Abril, produzidas pelo Estúdio Velpa. 
Esta versão da revista Heróis da TV foi criada para substituir a revista O Fantástico Jaspion publicada em 1991 e trazia vários heróis dos tokusatsus (a maioria da Toei Company).o grupo chegou a ter histórias em escritas e desenhadas por Marcelo Cassaro, na edição 16 o roteirista Gérson Teixeira e o desenhista Aluir Amancio criaram a armadura de Vênus para Tomoko.
Art By: Alex Francolino

CURIOSIDADES:
  • No Brasil, Cybercops estreou na Rede Manchete em 12 de outubro de 1990, feriado nacional. Inicialmente a emissora carioca exibia apenas 2 episódios por semana (segunda e quinta) e inicialmente foram exibidos 10 episódios. Para manter no ar, exibiram apenas 1 episódio inédito por vez. Assim, a emissora exibiu até o episódio 11, depois até o episódio 12, e assim por diante. No entanto, os quatro últimos episódios (31 ao 34) foram exibidos apenas em alguns estados.
  • O episódio 14 (planejado para ir ao ar em 08 de janeiro) foi ao ar na semana seguinte, em 15 de janeiro de 1989, devido à morte do Imperador Showa (em 07 de janeiro).
  • O ator Shogo Shiotani (Akira/Marte) faleceu em 5 de maio de 2002. Boatos infundados dão conta que teria cometido suicídio pela tentativa fracassada de fazer uma nova versão de Cybercops. Embora informações dessem conta que ele tivesse, sim, planos de reviver os Cybercops, não há como relacionar este fato à sua morte prematura. As informações oficiais são de que cometeu suicídio devido a problemas depressivos, atirando-se de um prédio na região de Dougenzaka, bairro de Shibuya, em Tóquio.
  • O nome "Kageyama" significa "monte sombrio" (kage = sombra, yama = monte/montanha). Para evitar uma cacofonia, os dubladores pronunciavam o nome propositalmente como "cajeiama", mas a pronuncia correta é, literalmente, "cagueiama".
  • Junichi Haruta que interpretou Kanpei Kuroda/Goggle Black em Goggle Five e MacGaren em Jaspion participou do episódio 23 como Pai-Lo.
  • Coincidência ou não, originalmente o nome "Lúcifer" era como os romanos denominavam o planeta Vênus pelo seu aspecto luminoso, muito antes do nome assumir conotação demoníaca a partir do advento do crença judaico-cristã; recentemente na série de romances 2001, 2010, 2061 e 3001, de Arthur C. Clarke, "Lúcifer" é o nome com que se passa a chamar o planeta Júpiter após este ser transformado pelos misteriosos monolitos negros em uma estrela de baixa intensidade (veja o verbete estrela-anã).
  • A frase que Júpiter dizia antes de invocar a Cyberforça foi adaptada na dublagem. No original, ele dizia "Yurusanee!" (Yurusanee), uma versão coloquial de "Yurusanai" (Yurusanai), que significa "não permito" ou "não vou deixar". Na versão dublada, Jupiter passou a dizer "Agora chega!" ou "Já chega!" que tem a mesma conotação. Da mesma forma, o termo "Cyberforça" foi criado pela dublagem; no original, o fenômeno de fortalecimento de Júpiter chama-se Cyber Boming e ao invocá-lo, o mesmo diz "Cyber Guilty!" (Saibā Girutī?).
  • O golpe Cyber Onda de Choque (Cybernic Wave, no original), desferido por Júpiter, é baseado no Meteoro de Pégaso desferido por Seiya em Cavaleiros do Zodíaco.
  • Cybercops foi uma tentativa da Toho de realizar uma série nos moldes de um Super Sentai. Prova disso é que no mangá japonês, Tomoko ganha uma Unidade e luta ao lado dos heróis com o codinome Vênus. Já na série de TV, a ausência da armadura de Vênus é justificada por Shimazu no episódio "A Revolta de Tomoko", onde explica para Tomoko que ela não recebeu uma Unidade devido dos enormes gastos financeiros com a construção das outras Unidades, cujo custo de cada uma, segundo a capitã, era de 10 aviões de guerra cada. Nos quadrinhos publicados pela revista Heróis da TV, Tomoko chegou a receber sua unidade Vênus e uma Cyber-Arm própria, um disparador de ondas de choque.
  • A série foi filmada utilizando-se do sistema Betacam, da Sony, formato de vídeo que foi muito popular no Brasil nos anos 80. Em decorrência disso, não havia película, a qual se insere na filmagem para sobrepôr os efeitos conhecidos (laser de espadas, tiros, etc). Assim, os efeitos especiais tiveram um padrão muito abaixo do nível, até mesmo para a época em que a série foi produzida (um exemplo é a explosão do alojamento no episódio 32: além de o efeito ter sido sobreposto à cena, pode-se ver também uma série de pixels negros por trás da explosão, indicando que o efeito foi filmado separadamente antes de ser inserido).
  • O sucesso da série no Brasil pode ser explicado pela combinação de alguns fatores. Apesar de um orçamento modesto (até mesmo para os padrões de uma série de tokusatsu), efeitos especiais nem sempre convincentes (em razão de problemas ocasionados pelo próprio formato Betamax, citado anteriormente), Cybercops possuía um roteiro original, com uma história bem-elaborada e relativamente verossímil, até mesmo para um tokusatsu. Além disso, foram evitados muitos clichês do gênero, que eram usados e abusados pela Toei Company, como robôs gigantes, super-bazucas, nomes dos personagens previsíveis, como "Red", "Blue", "Black", e outros.
  • Outro ponto forte da série foi a dublagem. Ao invés da Álamo, optou-se por contratar os estúdios BKS por questões orçamentárias. Cybercops é lembrado pelos fãs por possuir uma excelente dublagem, embora o áudio da BKS fosse muito inferior - mesmo aos padrões da época - ao das dublagens da Álamo, por exemplo.
  • A muleta que Takeda usa no episódio 16 não é encenação; o ator Yuki Yoshida se machucou durante as gravações da série e torceu o pé direito. (fonte: Wikipedia japonesa)
  • A exceção de Júpiter (cujo dublê era o suit-actor profissional Riichi Seike), os dublês de Marte, Saturno, Mercúrio e Lúcifer eram os próprios atores (Shogo Shiotani, Ryuji Mizumoto,Ryoma Sasaki e Takashi Koura). Em diversos momentos da série, é possível ver os rostos dos atores por baixo do visor e reconhecê-los, devido à semi-transparência das lentes dos capacetes. Todos pertenciam ao Japan Action Club (atual JAE - Japan Action Enterprise) e eram dublês profissionais. Shiotani era membro veterano até sua morte, e Koura é veterano até hoje (fonte: Wikipedia japonesa).
  • Os atores Mika Chiba (Tomoko) e Yuki Yoshida (Takeda) contracenaram juntos novamente em 2003, na série Chouseishin Gransazer, na qual ambos interpretaram, respectivamente, a alienígena Karin e o capitão Soichiro Okita.
  • No início do episódio 33, a música executada em cena chama-se Brand New Tomorrow, e é cantada por Mika Chiba.
  • Do elenco de dublagem brasileira já faleceram Hélio Porto (Pylo), Mário Vilela (algumas pontas), Eleu Salvador (algumas pontas), Francisco Borges (Capitão Oda) e Waldyr de Oliveira.
  • Na época da série, Hiroshi Nishikawa (cantor da abertura) e Mika Chiba (Tomoko/cantora do enceramento) tinham respectivamente 18 e 16 anos.
  • Um ano antes de entrar para o elenco da série, o ator Ryoma Sasaki chegou a realizar testes para fazer o papel do protagonista Kotaro Minami em Kamen Rider Black. Chegou às etapas finais para ser selecionado, mas Tetsuo Kurata acabou ganhando o papel.
  • As armaduras originais (de close e ação em suas três versões), bem como as cyber armas, trajes de polícia do ZAC e andróides Harkos e Ominos foram importadas pela Sato Company na época e usadas à exaustão em espetáculos circenses, copiando o sucesso que já tinham no Brasil do circo do Jaspion. Em 2003, Nelson Sato colocou as armaduras originais à venda em um leilão na internet. Ao receber lances falsos e atrapalhar o leilão, ele desistiu de vendê-las, mesmo assim, uma das armaduras do Marte foi adquirida por um fã conhecido apenas como "Burai".
  • No mangá original, inicialmente Akira é Saturno, só no meio da série em diante, ele torna-se Marte e Ryoichi aparece na história para ser Saturno.
  • Tomoko Ishimura (Madame Durwin) foi a gatinha Luna nos dois primeiros musicais de Sailor Moon em 93 e 94.
  • Takeki Hayashi (Dr. Einstein) foi o Príncipe Meggido/Dark Knight em Dynaman.
  • Richii Seike (dublê do Jupiter) compaginava as gravações da série com as participações em Jiraiya.


Se quiser ler um pouco mais sobre este assunto, recomendo: NERDICE TOTAL


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