Papo de Cinema | O JUIZ (Judge Dredd) - 1995


Neste PAPO DE CINEMA vamos aos anos 90, resgatar da geladeira um dos filmes de menor êxito do astro Sylvester Stallone: O JUIZ. O longa, uma livre adaptação, baseada no personagem de quadrinhos britânicos: o JUIZ DREDD, criado em 1977, tenta trazer para as telonas uma aventura futurística, pós apocalíptica e violenta. Infelizmente, o filme fracassou perante crítica e público, apenas sendo admirado por poucos. Destes, alguns são fãs de Sly, outros do Dredd e ainda uns poucos que realmente curtiram o filme em si. Ainda assim, dada a complexidade do personagem, o peso dos atores e o fato de ser um bom live action de super-herói da década de 90, achamos por bem trazê-lo a superfície em mais um post nostálgico do MEMÓRIA MAGAZINE. Sem mais delongas, divirta-se!
   

SINOPSE: Em 2139, o mundo entrou em colapso total, o clima, os países, mudaram de forma tão drástica que o mundo acabou se tornando um deserto desolado, que ficou conhecido como "A Terra Maldita".  As pessoas vivem em "Megacidades", grupos de gangues selvagens surgem nessas cidades, o sistema judicial não consegue controlá-los, entrando em colapso. Entram em cena os chamados "Juízes", que tomam o papel de juiz, júri e carrasco, o mais temido e famoso de todos conhecido como Dredd (Sylvester Stallone) é acusado de um assassinato que não cometeu e tenta provar sua inocência, e no meio disso tudo, descobre que por trás de sua prisão injusta, há um plano diabólico acontecendo.



Título: O JUIZ
Título Original: Judge Dredd
País: EUA
Ano: 1995
Gênero: Aventura / Ficção 
Duração: 96 min.
Direção: Danny Cannon
Produção: Charles Lippincott, Beau E. L. Marks
Roteiro: William Wisher, Jr. (história), Michael De Luca (história), Steven E. de Souza
Baseado em Juiz Dredd (1977) de John Wagner e Carlos Ezquerra
Elenco Principal:
- Sylvester Stallone Judge Joseph Dredd
- Diane Lane Judge Hershey
- Armand Assante Rico
- Rob Schneider Herman Ferguson
- Jürgen Prochnow Judge Griffin
- Max von Sydow Chief Justice Fargo
- Joan Chen Ilsa Hayden
- Joanna Miles Judge Evelyn McGruder
- Balthazar Getty Olmeyer
- Maurice Roëves Warden Miller
- Ian Dury Geiger
- Christopher Adamson Mean Machine
- Ewen Bremner Junior Angel
- Peter Marinker Judge Esposito
- Angus MacInnes Judge Silver
- Louise Delamere Locker judge
- Phil Smeeton Link Angel
- Steve Toussaint Hunter squad leader
- Bradley Lavelle Chief Judge Hunter
- James Earl Jones Narrador
- James Remar Block Warlord
Música: Alan Silvestri
Cinematografia: Adrian Biddle
Edição: Alex Mackie e Harry Keramidas
Companhias produtoras: Hollywood Pictures, Cinergi Pictures e Edward R. Pressman Film
Orçamento:   US$ 90 milhões
Arrecadação: US$ 113,493,481


O PERSONAGEM:

Juiz Dredd vive no século XXII, neste futuro o presidente dos Estados Unidos enlouqueceu e bombardeou o próprio país com ogivas nucleares. Os constantes e terríveis conflitos globais transformaram a maior parte do planeta num imenso deserto radioativo chamado Terra Amaldiçoada. A partir daí, os sobreviventes habitam nas megalópoles Mega-City Um e Mega-City Dois, cada uma com cerca de 800 milhões de habitantes, separadas pela chamada Zona Infernal, habitada por mutantes e gangues de alta periculosidade. No interior das grandes cidades, a automatização extensiva deixou a maioria da população desempregada, o que só contribui para que a criminalidade atinja níveis estratosféricos. Como únicos representantes da lei e da ordem, os juízes são autorizados a prender, acusar, condenar e - em caso de resistência - executar criminosos, sem direito a tribunais superiores de apelação. E, nessa função, Dredd é o mais impiedoso e temido entre os Juízes.

Dredd foi criado por Pat Mills (nome), John Wagner (conceito) e Carlos Ezquerra (arte conceptual) na revista 2000 A.D. #2, em março de 1977.


Nos quadrinhos Dredd é uma sátira ao tratamento que as autoridades policiais exercem, especialmente na Inglaterra. Dredd é um burocrata violento que interpreta a lei ao pé da letra, sem espaço para qualquer interpretação. O personagem age com tanta violência e falta de compaixão que faz você questionar se ele deveria mesmo ser o herói. Porém, quando começou a ser publicado nos Estados Unidos, o personagem foi interpretado como um justiceiro heróico que simplesmente matava bandidos. Assim, ao longo dos anos, o aspecto mais radical de Dredd foi sendo suavizado para que ele se tornasse mais próximo aos padrões de um super-herói americano.

O Juiz Dredd, não possui super poderes, mas sim muito preparo, condicionamento físico, experiência e um vasto arsenal tecnológico. Especialista em técnicas de autodefesa, é exímio no combate corpo a corpo. Por razões nunca explicitadas, Dredd é imune a sondagens telepáticas e ataques psíquicos. Nem a Juíza Anderson, sua ocasional parceira precognitiva, lhe consegue perscrutar os pensamentos.

Do equipamento-padrão dos Juízes fazem parte uma espingarda compacta com munição de alto calibre, um bastão extensível com revestimento de titânio e uma faca balística. Originalmente, Dredd dispunha também de um detetor de mentiras portátil. 

O uniforme de Dredd é isotérmico e  reforçado por uma liga especial de plástico e aço, assegurando-lhe proteção eficaz contra esfaqueamentos ou ataques com outro tipo de objetos contundentes. Depois de ter tido as suas córneas danificadas em combate, Dredd recebeu implantes biónicos que lhe proporcionam visão noturna de elevadíssima resolução. 

Fabricado com o mesmo material ultra resistente do seu uniforme, o capacete de Dredd possui um comunicador e um respirador embutidos, além de uma viseira polarizada.

No entanto, a melhor arma de qualquer Juiz é a Lawgiver. Uma sofisticada pistola programada para reagir apenas à impressão palmar do respetivo usuário, autodestruindo-se se manuseada por outrem. A Lawgiver usa seis tipos de munição diferentes: balas comuns, de borracha, de rastreamento, perfurantes, incendiárias e explosivas. Pode ainda efetuar disparos paralisantes, embora careça, para esse efeito, de munição especial.



OPINIÃO:
            Antes mesmo de iniciar, já deixo claro que não me considero um "crítico de cinema" e certamente entendo que sempre haverá os que discordem da minha opinião. Os quais, respeito e não vejo qualquer problema em conviver com as divergências. Dito isso, prossigamos!
       Curiosamente, o filme começa muito bem, mas depois tropeça em um roteiro fraco e numa direção meia boca. Diferente de muitas críticas que vi por aí, não falo mal de Stallone que realmente se encaixou como uma luva no personagem. O filme, talvez por influência do próprio Sly, parece um dos filmes "porradeiros" da década de 80 e não fosse o orçamento e a presença de grandes atores (vide Max von Sydow) na produção, eu diria é um clássico "trash". Ou seja, a narrativa abre mão de um personagem com um background riquíssimo e conduz a trama como um filme qualquer da sessão da tarde. Infelizmente, antes de Blade e do Homem Aranha do Tobey Maguire, os filmes de super herói tinham essa sina macabra de serem filmes fracos e esquecíveis. Agradando, no muito, os fãs de quadrinhos que curtiam ver o live action de seus heróis ou dos fãs do ator principal, que pior que fosse a interpretação ainda valia a tietagem. O que mais frustra é ver rios de dinheiro gastos em efeitos especiais (muito bons pra época) e personagens muito bem caracterizados (vide o próprio Dredd e o vilão Mean Machine Angel, por exemplo) sendo desperdiçado por uma narrativa fraca e arrastada. Depois de desabafar, admito que gosto do filme como entretenimento e já revi algumas vezes. Recomendo aos fãs de Stallone e aos que curtem uma produção de ficção estilo filme B. Nota: 6.5/10


CURIOSIDADES:
  • Nas histórias em quadrinhos em que o filme foi baseado o Juiz Dredd nunca tira seu capacete, ao contrário do que ocorre em O Juiz;
  • Prêmio da Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Horror dos EUA 1996: indicado a Melhor Filme de Ficção Científica, Figurino, Maquiagem e Efeitos Visuais;
  • Framboesa de Ouro 1996: indicado a Pior Ator (Sylvester Stallone);
  • O diretor Danny Cannon teve tantos problemas com o ator Sylvester Stallone durante as filmagens que declarou que nunca mais trabalharia com uma grande estrela de Hollywood em um filme;
  • O diretor Danny Cannon declarou ainda que o resultado final de O Juiz é totalmente diferente do roteiro original, de tantas que foram as interferências que Stallone fez;
  • O orçamento de O Juiz foi de US$ 90 milhões, sendo que o filme arrecadou apenas US$ 34,6 milhões nas bilheterias norte-americanas. O prejuízo só foi tirado na bilheteria internacional;
  • O Marketing do filme deixou a desejar e talvez seja o grande vilão da produção. Pois, embora tenha sido protagonizado por Sylvester Stallone, um dos grandes astros dos filmes de ação da época, ninguém conhecia direito o Juiz Dredd. Era um herói de quadrinhos ingleses pouquíssimo conhecido naquele momento;
  • Em 2012, uma nova produção trouxe o carrancudo juiz as telonas. DREDD, desta vez interpretado por Karl Urban, o novo longa, infelizmente, também deixou muito a desejar. Embora, tenha lá seus méritos.




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