O TRASH MOVIE da vez, nos leva a um longa da década de 90 que infelizmente, como muitos, fracassou na tentativa de transpor o mundo dos quadrinhos para as telonas em Live Action. VAMPIRELLA: o filme, apresenta a icônica vampira dos quadrinhos em uma batalha entre seu desejo por vingança e sua luta para salvar a Terra. Em uma produção de orçamento irrisório, muitos (d)efeitos especiais e interpretações meio canastronas, temos aqui mais um clássico TRASH para nos entreter. Sem mais delongas, vamos ao post!
SINOPSE: Os habitantes do planeta Drakulon são vampiros que superaram seu instinto assassino natural, alimentando-se de rios orgânicos de sangue que correm pelas suas terras . Mas o anarquista Vlad se opõe a ele e desata uma onda de terror. Capturado e levado frente ao conselho de governantes, Vlad é libertado por seus seguidores e assassina a totalidade dos líderes. Para libertar-se de sua condenação , Vlad e seu grupo escapam para a Terra , chegando 30 séculos antes da nossa era. Ella (Vampirella), a filha do ancião líder, clama vingança e vai atrás de Vlad, chegando na Terra na época atual. Mas Ella descobrirá que o gene vampiro foi mutado, e agora Vlad contagiou grande parte da população; Entretanto uma obscura organização paramilitar se encontra travando um guerra secreta contra os vampiros.
Título: VAMPIRELLA Título Original: Vampirella Ano:1996 País: EUA
Telefilme: Showtime Channel
Gênero: Ação, Terror, Ficção Científica
Duração: 82 minutos Direção: Jim Wynorski Roteiro: Gary Gerani Baseado na Personagem "Vampirella" da Warren Publishing Elenco Principal:
- Talisa Soto como Vampirella - Roger Daltrey como Vlad - Richard Joseph Paul como Adam Van Helsing - Brian Bloom como Demos - Corinna Harney como Sallah Música: Joel Goldsmith Cinematografia: Adam Kane Edição: Robert L. Goodman
OPINIÃO:
Em diversas postagens deste blog sobre "TRASH MOVIES" temos sido enfáticos quanto a dissociação do termo "trash" com a qualidade do filme. Ou seja, no geral o termo expressa tão somente as limitações orçamentárias de uma produção. Porém, neste caso específico, admito que estamos falando de um filme "lixo". Contrários que me perdoem, mas tirando a curiosidade, não vejo nenhum outro mérito em assistir o longa.
A produção do filme ficou a cargo do mestre das produções de baixo orçamento Roger Corman e a direção pelo especialista em filmes B Jim Winorsky (mais de 150 filmes B em 25 anos de carreira), sendo ainda hoje, (supostamente) a única produção da qual se arrepende de ter participado, por ser, basicamente, uma cópia Ashcan que só viu a luz do dia porque Roger Corman estava prestes a perder os direitos da personagem.
Enquanto a personagem nos quadrinhos é considerada uma das mais sensuais de todos os tempos, no longa tal característica foi totalmente inversa a isso. Apesar de Vampirella ser interpretada pela bela atriz Talisa Soto (famosa por ter dado vida a Kitana em Mortal Kombat) que estava em alta na época, sua caracterização simplesmente não funcionou, tanto nos trajes que parecem uma fantasia de carnaval vendida em alguma banca de camelô, quanto pela incompetência na captura das imagens da personagem, em nada valorizando a sensualidade e o charme da atriz. No muito (e com muita boa vontade) salvam-se as cenas de close do rosto de Talisa. A justificativa dada foi que a personagem precisava ser menos provocante e mais apropriada para o público do canal Showtime. Infelizmente, não dá pra aceitar isso. Haja vista que sensualidade, não se caracteriza por nudez e uma vez que a atriz é naturalmente bela, se não é possível ver essa valorização na tela, a culpa é (no mínimo) da direção.
Outrossim, não desprezo nem a atuação da Talisa Soto, nem de Roger Daltrey como Vlad, o vilão. Ainda mais se levarmos em conta que Roger é na verdade o líder da banda The Who e que este foi um dos poucos papéis em que interpretou um vilão, mostrando seu lado versátil como ator.
Sequer vou questionar os (d)efeitos especiais e o roteiro raso e arrastado, uma vez que tão somente comungam com a decadência total da obra. Enfim, ainda que o longa tenha seus fãs, só posso crer que seja pelo sincero desejo de ver a personagem em uma versão live action, ainda que mal caracterizada. Como mencionei no inicio, tão somente é válido de ser assistido por curiosidade, e nada mais. Nota: 4/10
Vampirella foi criada por Forrest J. Ackerman em 1969, e estreou na antiga editora Warren Publishing, nas páginas de "Creepy e Eerie" e que, posteriormente, ganhou uma revista própria. Apesar de idealizador, Ackerman não a finalizou sozinho, tendo influência direta de outros nomes importantes como Trina Robbins e Frank Frazetta, que definiram a roupagem e o desenho original dela, respectivamente. Mas também teve outros artistas igualmente importantes como Tom Sutton, José Gonzales, Enrich, Sanjulian, Gonzalo Mayo e outros.
A editora buscava publicar uma revista de uma garota moderna com super poderes, uma espécie de bruxa ( influênciado pelo sucesso de Barbarella ). O nome "Vampirella" foi criado por Ackerman e enviado para Jim Warren, que o colocou numa lista com mais cinco nomes sujestivos, onde as pessoas que visitavam a editora puderam dar seu voto e "Vampirella" foi o que mais agradou.
Originalmente,Vampirella é uma vampira extraterrestre de um planeta que possui dois sóis chamado Drakulon (ou Draculon). Os super-poderes da Vampirella original eram se transformar num morcego, hipnotização, invisibilidade e uma certa força.
No Brasil , infelizmente para os fãs , a morena de Drakulon quase nem existiu. As poucas aparições dela iniciaram se em 1973 numa revista da extinta editora Kultus, e era uma tradução direta da primeira revista solo da Vampirella, com poucas alterações como a “vampira de Dracuraria” quando o correto seria de "Drakulon"! Da segunda em diante, até a décima, as revistas foram publicadas pela editora Noblet, também extinta. O curioso é que sua numeração não tinha nada a ver com a numeração da original norte-americana, isso fez com que as edições ficassem confusas e está sem sentido. Isso porque apesar das histórias de cada edição ter começo e fim , o contexto geral do universo Vampirella mantido pela seqüência correta sumiu. Soma-se ainda que a publicação parou na décima e que resolveram colocar tiras “engraçadas” que na verdade eram grotescas, de mal gosto e que mais ridicularizava a personagem do que divertia. Mas recentemente ela teve algumas raras publicações, como a da editora Metal Pesado, que foram “Vampirella Edição Especial de 25 Aniversário” em Abril de 1998, dois anos depois do original, e “Vampirella Vs Pantha” em Agosto de 1998. Depois essa editora fechou. Em Outubro de 1998, a editora Abril lançou o crossover especial “Mulher-Gato Vampirella”. E por último tivemos uma edição muito especial em 2001 de “Vampirella Lives” lançado numa única revista bem acabada pela editora Devir de nome “Vampirella Vive”, apesar do original ser de 1996/1997. Um pouco antes dessa revista, a Devir lançou também numa tiragem limitada uma revista dela em estilo mangá, desenhada porKevin Lau, que posteriormente criou uma outra versão futurística da Vampirella com o nome de Vampi. Definitivamente o Brasil não é o melhor lugar para ser fã dela, mais mesmo assim, comparado com os anos 70, não é difícil saber sobre o atual universo dessa morena, principalmente com o advento da internet e aquisições dos originais importados pelas revistarias especializadas. Em meados de 1995 e 1996, com a febre dos “cards”, tivemos por aqui comercializadas as duas coleções de cards da Vampirella. A terceira dela, chamada “Blood Lust” exclusiva do desenhista Joe Jusk, também pode ser encontrada nessa época.
Em 2000, uma série de quadrinhos intitulada Vampi começou a circular pela Anarchy Studio . A série acompanha Vampi, uma versão futurística alternativa de Vampirella que busca encontrar uma cura para seu vampirismo. A série principal teve 25 edições. Várias minisséries se seguiram sob os títulos Vampi Vicious, Vampi Vicious Circle, Vampi Vicious Rampage e Vampi vs. Xin . Em 2001,“Vampirella Lives” foi lançada numa única revista bem acabada pela editora Devir de nome “Vampirella Vive”.
Uma edição omnibus coletando as primeiras dezoito edições da série inicial foi lançada em 2012 pela Dynamite Entertainment.
Em janeiro de 2014, a Dynamite Entertainment lançou Li'l Vampi, uma história em quadrinhos do escritor Eric Trautmann e da artista Agnes Garbowska. A história em quadrinhos segue uma versão infantil de Vampirella enquanto ela tenta descobrir por que monstros estão destruindo a cidade de Stoker, Maine.
CURIOSIDADES:
A personagem Vampirella ficou em 35º lugar na lista das "100 mulheres mais sexys dos quadrinhos" do Comic Buyers' Guide.
A adaptação para o cinema passou pelas mãos da Hammer e da AIP antes de ir parar nas mãos do Roger Corman (vide QUARTETO FANTÁSTICO).
O filme recebeu críticas mistas a negativas na época de seu lançamento, com muitos críticos apontando sua produção de baixo orçamento e efeitos especiais datados. No entanto, ele ganhou um status de culto entre os fãs da personagem Vampirella e do diretor Jim Wynorski.
A trilha sonora foi composta por Joel Goldsmith, filho do lendário compositor Jerry Goldsmith. Joel é conhecido por seu trabalho em séries de TV de ficção científica, como "Stargate SG-1".
Talisa Soto, que interpretou Vampirella, também é conhecida de filmes como 007- Permissão Para Matar, Os Reis do Mambo, Don Juan de Marco e Mortal Kombat.
Em 2021, a Dynamite Entertainment anunciou que um novo filme estava em desenvolvimento, além dos planos de adaptações para a televisão baseadas no Universo Vampirella.
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