Neste "Papo de Cinema" vamos falar sobre: “A ponte do Rio Kwai”. Um filme anglo-americano, de 1957, estrelado por Alec Guinness e William Holden, ganhador de sete Oscars e mesmo depois de tantos anos ainda é um dos filmes de guerra mais lembrados de todos os tempos.
Na verdade o filme é uma adaptação do livro homônimo, de Pierre Bouelle, do ano de 1952, sobre prisioneiros de guerra forçados por soldados japoneses a construírem em plena selva uma ponte ferroviária sobre o rio Kwai, na Tailândia, durante a construção da Ferrovia da Birmânia, também conhecida como a Ferrovia da Morte ou Estrada de Ferro Thai-Burma, que tem 415km de extensão e liga Bangcoc, Tailândia e Rangum (em Myanmar, mais precisamente na cidade de Kanchanaburi), a qual supostamente deva ter sido construída pelas forças Japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de dar suporte às suas tropas na Campanha da Birmânia. Sendo que essa informação é apenas uma das curiosidades desta obra-prima do cinema. Aventure-se e descubra um pouco mais nesta postagem.
SINOPSE: Depois de liquidar suas diferenças com o comandante de um campo de prisioneiros japonês, um coronel britânico coopera para supervisionar seus homens na construção de uma ponte ferroviária para os seus captores - enquanto permanece alheio aos planos dos Aliados para destruí-la.
Não sou crítico de cinema, mas como bom NERD e cinéfilo, não posso deixar de comentar ao menos um pouco sobre este icônico tesouro hollywoodiano.
A primeira vez que o assisti foi na televisão, nos anos 80 em companhia de meu pai. E até onde sei, repetimos esse feito inúmeras outras vezes em vários canais diferentes. No inicio dos anos 2000, na época em que fui dono de vídeo locadora, tive a grata oportunidade de rever e indicar a vários clientes.
O interessante é que não sou fã de filmes de guerra, ou mesmo de dramas, mas este aqui tem uma pegada ímpar e difícil de explicar. A coisa começa até mesmo no quesito do gênero deste longa, afinal há drama, comédia, suspense, aventura, guerra e isso sem falar do aspecto "cult" da obra que trás uma crítica forte e incisiva à questão das guerras e ao orgulho humano.
Apesar de ter quase três horas de duração, a narrativa flui de uma maneira extremamente ágil. David Lean (Lawrence da Arábia e Doutor Jivago) demonstra sua capacidade de envolver emocionalmente a assistência, dosando bem as cenas de discussão com as de ação, mantendo sempre um ritmo narrativo criativo e surpreendente. Além de tratar de questões curiosas como os diferentes estilos de liderança e o próprio sentido da guerra, “A Ponte do Rio Kwai” também nos presenteia com imagens exóticas e belíssimas.
Por último, a percepção que tive da moral do filme é que quando nós seres humanos deixamos a ganância e a ambição tomar o controle de nossas vidas, as relações pessoais e a nossa própria humanidade vão acabar ficando em segundo plano.
Não por acaso “A Ponte do Rio Kwai” se tornou um clássico imortal do cinema mundial. E claro, não posso deixar de mencionar que a emblemática música que abre e fecha a trama certamente é um motivo a mais para que nunca venhamos a nos esquecer desta obra de arte..
CURIOSIDADES:
O filme é baseado no romance de Pierre Boulle “Le pont de la rivière Kwai”, de 1952.
Este longa metragem foi o primeiro a usar o recurso CinemaScope, uma tecnologia cinematográfica desenvolvida pelo francês Henri Chrétian.
A cena em que o pelotão inglês chega marchando e assobiando “Colonel Bogey” é talvez um dos momentos mais lembrados do longa, mas o que poucos sabem é que na Segunda Guerra Mundial os ingleses realmente cantavam essa música como uma paródia que tirava sarro de Hitler.
Esta mesma melodia citada acima, pode ser ouvida no filme “A Dama Oculta” (The Lady Vanishes, 1938), de Alfred Hitchcock, quando o protagonista vai tomar banho assobiando.
O ator e ganhador do Oscar, Alec Guinness que interpreta o Coronel Nicholson mais tarde foi imortalizado por interpretar Obi-Wan Kenobi nos primeiros filmes da Saga Star Wars.
No Oscar de 1958, " A Ponte do Rio Kwai" conquistou sete estatuetas nas seguintes categorias:
melhor filme,
melhor diretor,
melhor ator (Alec Guinness),
melhor fotografia,
melhor edição,
melhor roteiro adaptado e
melhor trilha sonora.
Na entrega do Oscar de melhor roteiro adaptado, somente Pierre Boulle, autor da obra original pode receber o prêmio, haja vista que Carl Foreman e Michael Wilson, os roteiristas que adaptaram a obra, estavam na lista negra anticomunista e por isso não puderam ser creditados. O reconhecimento chegou tardiamente, em 1984, poucos meses antes de Foreman falecer – Wilson já havia falecido em 1978.
Pierre Boulle, autor do livro nunca esteve na Tailândia. Ele sabia que a “ferrovia da morte” passava paralelamente ao rio Kwai e portanto presumiu que aquele era o Kwai, quando na verdade era o Mae Khlung. Mas, depois que lançaram o filme, diversos turistas passaram a ir a Tailândia conhecer a “ponte sobre o rio Kwai”, só que ficavam decepcionados, uma vez que ela não existia. Então, o governo decidiu mudar o nome do rio. Então, desde 1960 o Mae Khlung passou a ser chamado de Kwai Yai (Grande Kwai) e a parte que passa por debaixo da ponte virou Kwai Noi (Pequeno Kwai).
Em tailandês não se pronuncia Kwai, e sim Kué.
Estima-se que morreram cerca de 20 mil prisioneiros de guerra e 80 mil asiáticos que viviam sobre regime de escravidão durante a execução do projeto, causados pelas longas jornadas de trabalho, brutalidade dos japoneses e doenças tropicais.
A ponte foi bombardeada durante a guerra e só foi reconstruída anos depois. Algumas partes ainda são originais.
O francês Pierre Boulle, também escreveu "O Planeta dos Macacos", publicado pela primeira vez em 1963.
O roteirista Michael Wilson foi também quem adaptou o livro O Planeta dos Macacos para o cinema.
Michael Wilson, anos depois de ser roteirista em Rio Kwai, faria o primeiro roteiro de Lawrence da Arábia, porém este acabou sendo deixado de lado pelo diretor.
BÔNUS: Logo abaixo, disponibilizamos links do GOOGLE DRIVE e do MEGA para que você possa fazer o download deste excelente filme.
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