Papo de Cinema | A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE (Willy Wonka and the Chocolate Factory) 1971
Neste PAPO DE CINEMA vamos falar de um filme marcante dos anos 70: A Fantástica Fábrica de Chocolate. Um longa que chamou a atenção do mundo pela criatividade do cenário, dos atores maravilhosos e da inocente e envolvente historia. O filme que deu asas ao desejo de qualquer criança que sonhava em entrar numa fabrica de chocolate cheia elementos fantásticos. Tendo o consagrado o inesquecível Gene Wilder como o excêntrico chocolateiro louco, este maravilhoso longa sobreviveu ao teste do tempo, inclusive cativando também novas gerações. Pois bem, não perca mais tempo e conheça um pouco da história e das curiosidades por trás deste fantástico clássico infantil.
SINOPSE: Charlie Bucket (Peter Ostrum) é um menino pobre, que acha um dos cobiçados "bilhetes dourados" que dão direito a um carregamento vitalício de chocolates Wonka, além de poder conhecer a misteriosa fábrica de chocolates. Ele e mais quatro crianças passeiam pelo lugar, mas Willy Wonka (Gene Wilder), o dono da fábrica, não é uma pessoa bacana e sim uma figura manipuladora. As crianças, ao mesmo tempo em que mergulham de cabeça nos seus desejos, pagam um preço por isso.
A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE
Título Original: Willy Wonka and the Chocolate Factory
Direção: Mel Stuart.
Roteiro: Roald Dahl/David Seltzer
Elenco:
Gene Wilder - Willy Wonka
Jack Albertson - Vovô Joe
Peter Ostrum - Charlie Bucket
Roy Kinnear - Sr. Salt
Julie Dawn Cole - Veruca Salt
Leonard Stone - Sr. Beauregarde
Denise Nickerson - Violet Beauregarde
Dodo Denney - Sr. Teevee
Paris Themmen - Mike Teavee
Ursula Reit - Sr. Gloop
Michael Bollner - Augustus Gloop
Diana Sowle - Sr. Bucket
Aubrey Woods - Bill
David Battley - Sr. Turkentine
Gunter Meisner - Sr. Slugworth
Peter Cappell - Tinker
Werner Heyking - Sr. Jopeck
Peter Stuart - Winkelmann
Data de lançamento: 30/06/1971 (EUA).
Duração: 100 minutos.
Estreia na televisão brasileira: 6 de março de 1979 (Rede Globo).
Companhias Produtoras: Warner Bros., The Quaker Oats Company & David L. Wolper Productions.
Algo que poucos sabem (ou lembram!) é que o filme foi baseado no livro de 1964, do escritor galês Roald Dahl que desde então já vendeu mais de treze milhões de cópias em todo o mundo, além de ter sido traduzido para 32 idiomas. Inclusive o nome original do longa seria Charlie & the Chocolate Factory (título original do livro), mas foi trocado por Willy Wonka & the Chocolate Factory (título original do filme em inglês) para promover as barras de chocolate "Wonka", que foram produzidas pela Quaker Oats, um dos patrocinadores do filme.
A história escrita foi originalmente inspirada em fatos reais pela experiência que Roald Dahl viveu em sua infância, onde durante seus tempos de escola. Uma famosa empresa de chocolates chamada: Cadbury costumava enviar pacotes de teste para os alunos em troca de suas opiniões sobre os novos produtos. Naquele tempo em torno da década de 1920, a fabrica Cadbury e a fabrica Rowntree que eram os dois maiores fabricantes de chocolate da Inglaterra, travavam uma grande disputa comercial, muitas vezes elas tentaram roubar os segredos das receitas uma da outra, para isso eles enviavam espiões como empregados para as fábricas. Devido a esse sigilo muitas vezes foram elaboradas gigantescas máquinas nas fábricas. E isso inspirou o escritor Roald Dahl escrever a fantástica história de como seria essas misteriosas fabricas de chocolate por dentro.
O escritor Roald Dahl classificou como "podre" (“crummy”) a versão cinematográfica de seu livro para os cinemas em 1971. Para o escritor a interpretação de Gene Wilder como Willy Wonka foi "Pretensiosa" e "saltitante" foram as palavras que ele usou na época (“pretentious” e “bouncy”). E o que dizer do diretor Mel Stuart? “Não tinha nenhum talento ou dom”. O curioso é que o próprio Dahl trabalhou no início da adaptação na equipe de roteiros, mas incapaz de cumprir determinados prazos, foi substituído por David Seltzer. O autor também ficou descontente com a ênfase dada a Wonka no lugar do verdadeiro herói: Charlie. Assim, conta a lenda que ele prometeu que Hollywood jamais colocaria as mãos na sequência da história (Pois é, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” tem uma sequência chamada: “Charlie e o Grande Elevador de Vidro”) para não arruiná-la também, pelo menos, não enquanto ele estivesse vivo. Como ele morreu em 1990, foi por cima de seu cadáver, mas autorizado por sua viúva que Tim Burton fez sua versão para o cinema em 2005.
Além de "A Fantástica Fábrica de Chocolate", outras obras de Roald foram adaptadas para o cinema: Convenção das Bruxas (1990), James e o Pêssego Gigante (1996), Matilda (1996), O Fantástico Senhor Raposo (2009) e O Bom Gigante Amigo (2016).
- Em uma lista de 2006 para a Royal Society of Literature, a escritora JK Rowling a autora dos Harry Potter. Disse que o livro a fantástica Fábrica de Chocolate esta entre seus dez melhores livros que toda criança deveria ler.
- A disputa das fabricas Cadbury e da Rowntree’s inspirou a fabrica de chocolate de Willy wonka. A Cadbury é um empresa multinacional fundada em 1824, tem um extremo sucesso ate hoje. É a segunda maior marca de confeitos do mundo, depois da Wrigley. Já a fabrica de chocolates Rowntree’s fundada em 1862 Foi adquirida pela famosa Nestlé em 1988.
- O longa foi um fracasso nas bilheterias, mas um dos filmes mais populares no home-vídeo nos anos de 1980.
- O filme foi lançado originalmente nos cinemas americano pela Paramount Pictures. Entretanto todas as exibições posteriores do filme seja ela na TV, em vídeo ou nos próprios cinemas, foram realizadas pela Warner Bros.
- A sequência dos créditos de abertura foi filmada em uma fábrica de chocolate real (a Tobler) na Suíça.
- O nome original:"Willy Wonka & the Chocolate Factory"visava promover as barras de chocolate "Wonka", que foram produzidas pela Quaker Oats, um dos patrocinadores do filme. O problema é que uma tonelada desses itens teve que ser retirada das lojas porque a receita deu errado e todas elas derretiam facilmente nas prateleiras.
- Na "Sala do Chocolate" do filme, tudo era comestível. No set de filmagem, era basicamente a mesma coisa. O intérprete de Willy Wonka, Gene Wilder, afirma que cerca de um terço dos itens no "Chocolate Room" (original) poderia ser comido. Isso incluía o rio de chocolate, feito de cacau e creme misturado com água. Só que a receita estragava muito rápido e passava a feder! Ecaaaa, já imaginou? A fórmula teve que ser modificada diversas vezes, pois a primeira tentativa de um "rio de chocolate" resultou em um vermelho sangue horrível! O mais curioso é que a única que coisa que não era comestível era a xícara em forma de flor que Willy Wonka come! Era feita de cera e Wilder teve que esperar até o fim da tomada para cuspir.
- Este é o único filme em que Peter Ostrum, intérprete de Charlie Bucket, atuou. Quando cresceu ele tornou-se veterinário. De todas as crianças deste longa a única que continuou atuando foi Julie Dawn Cole, a Veruca Salt.
- O papel de Willy Wonka rendeu a Gene Wilder uma indicação ao Globo de Ouro como melhor ator em musical ou comédia.
- O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original.
- Produzida em 2005, a versão de Tim Burton traz Johnny Depp no papel de Wonka e o astro mirim Fred Highmore no papel de Charlie. Além de ser mais fiel ao livro de Dahl, a segunda adaptação é muito mais sombria e traz elementos que ficaram de fora do primeiro filme, além de introduzir uma origem para o excêntrico fabricante de doces e chocolates.
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