Por Trás dos Quadrinhos | O HOMEM-BORRACHA (Plastic Man) - 1941
Criado em 1941 por Jack Cole, o Homem Borracha (Plastic Man no original) é um dos expoentes da Era de Ouro dos quadrinhos, sendo o primeiro a incorporar o humor na narrativa de ação convencional dos quadrinhos e alguém que merece, sem dúvida, mais atenção da DC/Warner, devido ao seu grande potencial como super-herói.
A sua origem é bastante incomum para um super-herói: Durante um assalto que deu errado, o bandido Patrick "Eel" O'Brian foi atingido por um disparo de arma de fogo de um policial; na fuga, Patrick foi atingido por produtos químicos que estavam armazenados em um tonel. Abandonado por sua gangue, Eel foi acolhido num monastério e, ao acordar, descobriu que a sua estrutura molecular havia sido profundamente alterada, permitindo-lhe esticar seu corpo e assumir qualquer forma que desejasse. A partir daí, Patrick decidiu mudar radicalmente a sua vida, dedicando-se a ideais nobres, conforme a orientação espiritual que havia recebido dos monges que lhe ajudaram. Nasceu assim, o Homem Borracha, o mais escrachado e hilário super-herói de todos os tempos!
O Homem Borracha poderia ser o responsável pelo lado "cômico" da DC no cinema, pois ele é um personagem extremamente engraçado. O espaço que Deadpool preencheu na Marvel, o Homem Borracha preencheria na DC. Infelizmente, ele é tratado pela DC com muito descaso, sendo mais desprezado que o Capitão Marvel, que apesar de não ter revista solo há um bom tempo, terá seu filme solo em 2019.
Patrick "Eel" O'Brian goza de habilidades interessantes e não apenas "estica o corpo" como os demais heróis semelhantes. Depois do acidente com produtos químicos que resultou no surgimento dos seus poderes, Eel passou a existir num estado fluido, que não é nem totalmente líquido, nem totalmente sólido. Extremamente poderoso, ele possui:
Esse sim, seria um "homem que se estica" realmente "Fantástico"! (momento de indireta para Fox).
O Homem Borracha é um belo exemplo de que a DC possui um arsenal de personagens maravilhosos que poderiam render belas adaptações para o cinema. Infelizmente, todo o universo DC - tanto nos quadrinhos quanto no cinema - orbita em torno de apenas três personagens: Batman, Superman e Mulher-Maravilha e derivados. Essa ênfase demasiada na Trindade, atrofia a diversidade do universo DC, o que leva ao desprezo e esquecimento de outros personagens, que possuem potencial de sobra para render grandes sagas e adaptações nos quadrinhos, séries e no cinema. Nesse quesito, a DC precisa aprender - e muito - com a Marvel, que adaptou para as séries e cinema personagens desconhecidos pelo grande público, como Homem-Formiga, Dr. Estranho e Luke Cage, Jessica e Punho de Ferro, entre outros que virão, não se limitando ao "universo" dos personagens contidos nos Vingadores, dando uma verdadeira aula sobre diversidade para a Warner/DC.
Contribuição do amigo: Jamy Milano
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