Conversa de Cinema: AGENTES SECRETOS - JACK RYAN (1984)


Segundo o mestre Paulo Cirino, os agentes secretos já 'frequentam' as telas de cinema há muitos anos, em 1934 já havia a série "O Agente X-9" e em 1942 Alfred Hitchcock já nos apresentava "O Sabotador" e isto só para citar dois exemplos.

Contudo, nesta postagem vamos falar de JACK RYAN um personagem criado pelo romancista americano Tom Clancy em 1984 e que protagonizou uma coleção de livros do chamado “ryanverso”, além de cinco longas cinematográficos e agora em 2018 despontou numa inusitada série de TV, desta vez da Amazon Studios.


Jack Ryan, na verdade John Patrick Ryan, surgiu nos livros primeiro como pesquisador científico, depois agente da CIA e, eventualmente, terminou como Presidente dos Estados Unidos! Tudo isso ao longo de oito livros escritos por Tom Clancy. A série teve desdobramentos com três volumes protagonizados por John Clarke, parceiro de Ryan na CIA e outros quatro volumes que tinham Jack Ryan Junior à frente da trama. 
No cinema, os cinco filmes renderam quase 1 bilhão de dólares nas bilheterias de todo o mundo. As versões cinematográficas baseadas no personagem, sendo os quatro primeiros transposições diretas de livros e o mais recente apenas livremente inspirado em suas aventuras, compondo uma trama original. 

Deram vida a este atípico "super espião" quatro diferentes astros: Alec Baldwin (A Caçada ao Outubro Vermelho), Harrison Ford (Perigo Real e Imediato e Jogos Patrióticos), Ben Affleck (A Soma de Todos os Medos) e Chris Pine (Operação Sombra: Jack Ryan).

A grosso modo, acho inevitável dizer que Jack Ryan é mais uma tentativa de apresentar ao mundo uma versão americana para James Bond, o insuperável super espião inglês. Jack Ryan é o típico americano Republicano. Um homem de família, ex-militar com doutorado em economia, com ares de herói por acidente, mas que não resiste a entrar em ação para proteger a pátria e o "american way of life". 

Em sua biografia literária, o personagem nasce em 1950 em Baltimore onde continua vivendo até a vida adulta. Ele entra para a marinha, mas se aposenta medicamente após um acidente de helicóptero e a partir daí começa a trabalhar como corretor de investimentos. Ele conhece e se casa com Caroline "Cathy" Mueller, uma estudante de medicina e, posteriormente cirurgiã oftalmológica, com quem tem quatro filhos. Ele volta para a marinha aceitando uma cargo na Academia Naval dos Estados Unidos e durante uma viagem de investigação histórica a Londres, ele interrompe uma tentativa de assassinato a um membro da Família Real. Depois de seu regresso aos Estados Unidos ele aceita um emprego na CIA. Ele se destaca rapidamente através de uma série de operações secretas contra a URSS, tornando-se diretor-adjunto da CIA. Como diretor-adjunto ele começa a travar disputas políticas que eventualmente o levam a se tornar Presidente dos Estados Unidos.
Eventualmente, Tom Clancy deu continuidade as aventuras com livros protagonizados por um parceiro de Ryan na CIA, o agente John Clarke, e pelo filho de Ryan, Jack Ryan Jr.


Os livros com Jack Ryan como já mencionei acima, fazem parte do chamado “ryanverso”, e são eles:
The Hunt for Red October (1984) – A Caçada ao Outubro Vermelho
Patriot Games (1987) – Jogos Patrióticos
Cardinal of the Kremlin (1988) – O Cardeal do Kremlin
Clear and Present Danger (1989) – Perigo Real e Imediato
The Sum of All Fears (1991) – A Soma de Todos os Medos
Without Remorse (1993) - Sem Remorso
Debt of Honor (1994) – Dívida de Honra
Executive Orders (1996) - Ordens do Executivo
Rainbow Six (1998) – Rainbow 6
The Bear and the Dragon (2000) – O Urso e o Dragão
Red Rabbit (2002) – Coelho Vermelho
The Teeth of the Tiger (2003) – Os Dentes do Tigre
Dead or Alive (2010) (com Grant Blackwood) - Morto ou Vivo
Locked On (2011) (com Mark Greaney)
Threat Vector (2012) (com Mark Greaney)
Command Authority (2013) (com Mark Greaney)
TOM CLANCY
Algo interessante e que não deixa de ser uma curiosidade é o fato de que o personagem não ganhou a visibilidade de outros espiões cinematográficos, tais como Ethan Hunt (Tom Cruise) ou Jason Bourne (Matt Damon) e nem vou compará-lo a 007. Mas, acredito que a inconstância de seus intérpretes seja uma das principais dificuldades da franquia, pois o público não conseguiu estabelecer uma identificação. Fora o inegável fato de que as aventuras de um analista da CIA que usa mais a cabeça, que os punhos não se encaixe muito bem na expectativa do público por um "herói de ação". Algo que a nova série da Amazon está conseguindo fazer, ao custo de uma total reformulação do herói. Mas, isso é outra história e ainda não tem lugar em nossas memórias. Certo?

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