Animação em Foco | PETER POTAMUS E TICO MICO (Peter Potamus and his Magic Flying Balloon) - 1964

Quem se lembra das tardes de TV com o simpático Peter Potamus e seu inseparável amigo Tico Mico

Em seu balão mágico, eles viajavam pelo tempo e pelo mundo, vivendo aventuras divertidas e cheias de fantasia — um clássico inesquecível da Hanna-Barbera que marcou gerações.

Confira no blog a história dessa dupla improvável que fez parte da infância de muita gente nos anos 60, 70 e 80.

Na década de 1960, a televisão era palco de uma verdadeira revolução da animação, marcada pelas produções da lendária Hanna-Barbera. Em meio a esse universo colorido e divertido surgiu, em 1964, a série “Peter Potamus and his Magic Flying Balloon”, conhecida no Brasil como Peter Potamus e Tico Mico. Embora não tenha alcançado o mesmo nível de popularidade de outros clássicos do estúdio, como Os Flintstones ou Manda-Chuva, o hipopótamo viajante e seu inseparável macaquinho conquistaram uma legião de fãs e marcaram época.

Peter Potamus era um simpático hipopótamo roxo, dono de um balão mágico capaz de viajar não apenas pelos céus, mas também através do tempo e do espaço. Ao seu lado estava o carismático Tico Mico (So-So, no original), um macaquinho falante, sempre disposto a comentar, questionar e, muitas vezes, servir de alívio cômico diante das trapalhadas do companheiro.

A química entre os dois personagens era a alma do desenho: Peter, grandalhão e bonachão, contrastava com Tico Mico, ágil e espirituoso. Essa dinâmica lembrava outras duplas marcantes da Hanna-Barbera, que sabiam explorar o contraste entre perfis opostos para gerar humor e identificação com o público.

O grande diferencial da série estava justamente no balão mágico, que permitia aos protagonistas explorar diferentes épocas históricas e lugares exóticos. Um episódio poderia levá-los ao Japão feudal, outro ao Velho Oeste, ou ainda a uma civilização perdida. Essa liberdade narrativa dava ao desenho um ar de descoberta, misturando comédia com aventura e um toque de fantasia.

E, claro, não podemos esquecer o famoso recurso do “hipo-furacão”, o grito supersônico de Peter Potamus, que funcionava como arma secreta para derrotar inimigos e escapar de situações perigosas. Uma marca registrada que ficou na memória de quem acompanhava a série.


Exibido originalmente entre 16 de setembro de 1964 e 23 de outubro de 1966, o desenho teve três temporadas e 27 episódios. No Brasil, a estreia aconteceu em 1968 com dublagem a cargo da AIC São Paulo.

José Soares emprestou sua voz a Peter Potamus com grande carisma, transmitindo a tranquilidade e a gentileza do hipopótamo de forma clara e envolvente.

No entanto, o destaque vai para Hugo de Aquino, que interpretou Tico Mico utilizando um falsete impressionante, dando ao macaco um tom travesso e irreverente. Essa escolha vocal não apenas tornou o personagem memorável, como também demonstrou a habilidade do estúdio em adaptar os personagens para o público brasileiro, mantendo a essência do humor original da série.

Outro profissional que contribuíu com a leitura de título e elementos de narração foi Ibrahim Barchini.

Visualmente, o desenho trazia o estilo característico do estúdio: traços simples, mas expressivos, cenários coloridos e uma animação econômica — solução encontrada para viabilizar a produção em série de tantos personagens. Ainda assim, o charme estava no carisma da dupla e no espírito aventureiro que a cada semana levava os espectadores a novos destinos.

No Brasil, Peter Potamus e Tico Mico foi exibido em diferentes épocas, especialmente durante as décadas de 1970 e 1980, quando a televisão aberta brasileira era recheada de animações clássicas. Para muitas crianças, aquelas tardes em frente à TV foram embaladas pelas viagens no balão mágico e pelo bom humor dessa dupla incomum.

Embora não tenha se tornado o carro-chefe da Hanna-Barbera, o desenho deixou uma marca especial. Foi lembrado em reprises, coletâneas e até em aparições posteriores de personagens em produções que celebravam o legado do estúdio. Hoje, revê-lo é uma viagem nostálgica a um tempo em que a imaginação não tinha limites, e um simples balão podia levar o espectador a qualquer lugar do mundo — ou da história.

Peter Potamus e Tico Mico” é um daqueles desenhos que podem não ter tido longa duração, mas permanecem vivos na memória de quem cresceu com eles. Um verdadeiro tesouro escondido no vasto baú de criações da Hanna-Barbera, que ainda hoje nos faz sorrir ao lembrar das aventuras do hipopótamo bonachão e do macaquinho esperto em seu balão mágico.




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