REVIEW | Coleção Marvel Terror - O Lobisomem Ataca, volume 1 - (1971)

 


Durante os anos 70, a Marvel, sempre antenada ao que rolava na cultura pop, resolveu investir nos gêneros terror, kung fu, blaxploitation e barbarismo. O Lobisomem é um expoente do terror da Marvel, mas, em vez de ser classudo como A Tumba do Drácula, na verdade, esse gibi tem uma aura meio trash. Os roteiros são do Gerry Conway, que era um dos escritores que levavam a Marvel nas costas nos anos 70, ao lado de Roy Thomas, Len Wein e Steve Englehart. Os desenhos são do Mike Ploog, que é o melhor imitador do Will Eisner que já vi. Essas histórias foram publicadas originalmente entre 1971 e 1972.

Na história, Jack Russell é um jovem que sofre com uma terrível maldição. Ele se torna um lobisomem em noite de lua cheia, graças à herança de seu pai. A mãe de Jack conheceu o pai dele em uma viagem de intercâmbio na Europa oriental. Ambos se casaram, mas logo a mãe de Jack descobre que seu marido sofre de uma maldição mística de família, que tem relação com um tal de Tomo Negro. O pai de Jack virara lobisomem nas noites da lua cheia e acabou sendo morto pelos aldeões.




A mãe de Jack volta para a América com o filho pequeno e com outra filha na barriga. Depois, ela se casa com o padrasto de Jack. Às vésperas de fazer 18 anos, o jovem Jack fica tendo pesadelos em que se transforma em um lobisomem e vai atrás de pessoas para matar. Em seu aniversário de 18 anos, ele tem uma ziquizira e realmente se transforma em um lobisomem. Ao mesmo tempo, sua mãe tem um acidente de carro e é mortalmente ferida. No hospital, ela conta a história da maldição para Jack, que fica abalado e em prantos. E ela ainda pede para ele nunca levantar a mão contra seu padrasto. Em seguida, a mãe dele morre de vez.



Jack fica desconfiado do chofer, pois acha que ele pode ter sabotado as rodas do carro da mãe dele. Ele segue o chofer, vira lobisomem e o mata. Como tinha prometido para a mãe não fazer nada contra o padrasto, deixa-o vivo, mas está sempre suspeitando se ele não foi o mandante do assassinato. E Jack Russell ainda enfrenta uma galeria de ameaças trash e bizarras, como uma feiticeira, um Quasímodo de mão artificial, uma górgona mutante, um ex-anão que quer o poder do lobisomem para continuar alto, um sacerdote maligno, um caçador cowboy, lobos e até um tubarão, entre outras esquisitices.





 Os principais coadjuvantes das histórias são a Lissa, a irmã de Jack, e Buck Cowan, um escritor freelance que o ajuda também. Depois, surge Terri, a namorada de Jack, que não havia aparecido nem na primeira história. Parece que o Gerry Conway escrevia as histórias do Lobisomem enquanto estava no banheiro. As histórias têm muitas incoerências e furos de roteiro, e também parecem novelas mexicanas. Mas a arte do Mike Ploog é muito boa, apesar de ele ser um Will Eisner de segunda. Este encadernado compila as edições de Marvel Spotlight nos 2 a 4 e Werewolf By Night nos 1 a 4. Nota 7 de 10. 






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