Sessão da Tarde | OS TRAPALHÕES NA GUERRA DOS PLANETAS (1978)


Mais uma vez em nossa coluna SESSÃO DA TARDE vamos falar daqueles "clássicos" filmes que foram repetidos incontáveis vezes, mas que faziam a nossa alegria nas tardes da Globo. Sim, já falamos de filmes estrelados por Jerry Lewis, Elvis Presley, Roberto Carlos e claro, não poderíamos esquecer do quarteto mais querido do Brasil: OS TRAPALHÕES. Na época, muito famosos pela atração dominical e também por terem vários longas de sucesso nas telonas dos cinemas. Na telinha vimos: Os Saltimbancos trapalhões, o rei e os trapalhões, o Cinderelo trapalhão e muitos outros. Mas, neste post vamos resgatar a MEMÓRIA do animado: OS TRAPALHÕES NA GUERRA DOS PLANETAS, de 1978. Uma descarada  paródia trash da franquia Star Wars, de George Lucas. Enfim, fique conosco, viaje nas asas da nostalgia e divirta-se!

SINOPSE: Vindo do espaço, o príncipe Flick (Pedro Aguinaga) pede ajuda aos Trapalhões para libertar o planeta onde vive do domínio do malvado Zuco (Carlos Kurt). O príncipe oferece uma recompensa, que é aceita pelos quatro amigos, que embarcam em uma nave espacial, pilotada por um monstro peludo chamado Bonzo (Emil Rached)
No planeta, usam artimanhas e vencem Zuco, mas não conseguem salvar a vida da Princesa Myma (Christina Rocha), que havia sido raptada pelo bandido. Ela deve ser substituída no trono por Loya, justamente a namorada de Didi, que conheceu durante a aventura no planeta estranho.



Título: OS TRAPALHÕES NA GUERRA DOS PLANETAS
País: Brasil
Ano: 1976
Duração: 98 min
Gênero: Comédia / Aventura
Direção: Adriano Stuart
Produção: Renato Aragão e Hélio Ribeiro
Roteiro: Renato Aragão e Adriano Stuart
Elenco Principal
- Renato Aragão - Didi
- Dedé Santana - Dedé
- Zacarias - Zacarias (creditado como Mauro Gonçalves)
- Mussum - Mussum (Antônio Carlos)
- Pedro Aguinaga - Príncipe Flick
- Emil Rached - Bonzo
- Carlos Kurt - Zucco e Ygor
- Carlos Bucka - voz do Zucco
- Wilma Dias - Loya (dublada por Maralise Tartarine)
- Tereza Mascarenhas - Lina
- Arlete Moreira - Mara
- Christina Rocha (creditada como Maria Cristina) - Princesa Myrna
Música: Beto Strada
Cinematografia: Antônio Moreiras
Diretor de fotografia: Antonio Moreiras
Efeitos especiais visuais: Miro Reis e Paulo Netto
Efeitos especiais de som: José Cabral
Continuista: Silvia Moreiras
Iluminação: Jorge l. Queiróz
Cenografia: Abel Santos
Vestuário: Hugo Vernon
Edição: Luiz Teixeira
Produção executiva: Gilberto Di Rago
Gerente de produção: Hélio Ribeiro
Companhias produtoras: Renato Aragão Produções e Estúdios Globo
Distribuição: Embrafilme, Art 4 Films e Som Livre
Orçamento:   R$ 1 milhão
Arrecadação: R$ 5 milhões 


OPINIÃO:

"Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" é uma verdadeira joia do cinema brasileiro. O filme combina a comédia pastelão característica dos Trapalhões com uma paródia divertida de ficção científica. Didi, Dedé, Mussum e Zacarias conseguem arrancar risadas com suas piadas simples e com aquela  ingenuidade cativante, inerente ao quarteto. A mistura de humor leve e aventuras espaciais resulta em um entretenimento puro e inesquecível. Para quem cresceu assistindo aos Trapalhões, este filme é uma nostálgica viagem ao passado e uma prova do talento e carisma do quarteto. Dito isso, confesso meu apego sentimental ao longa, pois além de ter sido o primeiro filme que assisti no cinema, também foi o único que vi ao lado de meu pai. Outra coisa é que o filme envelheceu mal. Os (de)feitos especiais que na época já eram toscos, vistos hoje são sofríveis. Sem falar nas atuações forçadas e nada convincentes. Logo, com muito boa vontade, a nota máxima que consigo dar é 6.0/10


CURIOSIDADES: 

  • Na época da gravação do longa, Os Trapalhões estavam mudando de trio para quarteto, com a entrada de Zacarias (aqui ainda creditado como Mauro Gonçalves), também era o momento em que eles se mudavam para a Globo. 
  • Os altos custos dos efeitos visuais não permitiram que o longa-metragem fosse realizado em película, mas em VT, que é bem mais barato. Só depois, foi enviado para os Estados Unidos para ser ampliado para 35 mm. 
  • Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, mesmo com todos os seus defeitos, detém a terceira maior bilheteria da longa filmografia dos Trapalhões, só perdendo para "O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão" (1977) e "Os Saltimbancos Trapalhões" (1981), com pouco mais de 5 milhões de espectadores.
  • Entre os elementos de paródia que agradaram as crianças temos o Bonzo (Emil Rached) – a versão tupiniquim do Chewbacca.
  • A estranha língua em que Flick e Bonzo conversam são falas normais em ordem invertida!
  • Adriano Stuart dirige o “roteiro” de Renato Aragão. Aliás, Stuart também foi responsável por Bacalhau (1975), sátira de Tubarão. O grande mérito da direção foi suportar a pressão e correria da produção feita às pressas para aproveitar o momento, afinal, Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança havia estreado no ano anterior (1977).
  • Ao redor do mundo o filme é conhecido como Brazilian Star Wars e disputa com Dünyayi Kurtaran Adam (um longa turco) o título de pior versão estrangeira de Star Wars. Mesmo assim, é disputado a tapa por colecionadores gringos.
  • Curioso (e decepcionante para muitos) é o final do longa que apesar de ser uma comédia, trás um desfecho romântico bastante triste. Pobre do público que acabou sofrendo com essa confusão.


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