NA ESTANTE | Drácula de Bram Stocker x Drácula de Francis Ford Coppola

 



   Amante do gênero terror, confesso ter passado a última semana me dividindo entre me deliciar com a obra de Stoker e os episódios de American Horror Story.

  Concluída a leitura, não poderia deixar de assistir à produção  de Coppola e aqui estou compartilhando minha experiência com você.

  Com imensa alegria ganhei do meu marido a edição de capa amarelo mostarda, uma homenagem que a editora Darkside, pela qual sou apaixonada, prestou à primeira edição de 1897.

  Logo nos primeiros capítulos com o "Diário de Jonathan Harker", vivi o que se chama de imersão. Senti- me totalmente pertencente às narrativas, às riquezas de detalhes e a cada um dos acontecimentos.

  O mesmo efeito também  é produzido pelo filme dirigido por Francis Coppola, os sets, os efeitos, a atuação impecável  de Gary Oldman, além  de outros três  nomes " monstruosos" do elenco composto por Winona Ryder, Keanu Reeves e Anthony Hopkins, já mostram a " dimensão" desse filme.

  Assim como acontece em quase toda adaptação, o filme não é uma cópia fiel ao livro. E, se alguém acha que será capaz de conhecer o Drácula de Bram Stoker em sua totalidade apenas assistindo, está totalmente equivocado.

  Você deve ler para entender as "sacadas" do filme, os detalhes, o figurino. Reconheço que me senti uma detetive ao longo de duas horas.

  Jonathan Harker e o Dr. Abraham Van Helsing não sofreram grandes alterações do livro para o cinema. Jonathan com as mesmas características típicas de um mocinho do século XIX e Dr. Van Helsing, um legítimo  médico e cientista também excêntrico e místico.

  A jovem Mina Harker de 1992, transmite  a ideia de que não foi enfeitiçada pelo Drácula, após ter sido mordida em seu pescoço com as presas "vampirescas" mais conhecidas da História, mas que de fato é apaixonada por ele, pois na adaptação cinematográfica, ela sai em encontros furtivos e o deseja ardentemente.

  O Drácula é sempre o bom e velho Conde Drácula, sedutor, sinistro e envolvente. Você até chega a torcer para o lado " ruim" da história.

  Assistir e ler ao eterno Drácula é imprescindível para qualquer ser humano desintoxicar a visão do Vampiro do século XXI, adolescente, metrossexual e que possui um fiozinho de sangue escorrendo pelo canto da boca. 



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