Hoje iremos homenagear CLAYTON MOORE, alguém que pode ser considerado como uma LENDA DE HOLLYWOOD, apesar de ser lembrado basicamente por seu personagem mais marcante: O CAVALEIRO SOLITÁRIO (The Lone Ranger), na série de TV homônima entre 1949 a 1957. Com o fim da série, Clayton passou a fazer aparições públicas, sempre caracterizado como o herói mascarado. Algo que lhe garantia o sustento em tempos difíceis, mas que também ajudou a estigmatizá-lo como "ator de um personagem só". No Brasil, o personagem ficou conhecido equivocadamente como: "Zorro do velho oeste". Então, sabe de quem estamos falando? Lembrou? Se sim ou se não, não tem problema. Nesta postagem temos muitas informações e algumas curiosidades sobre este saudoso ator. Boa Leitura!!
Jack Carlton Moore ou simplesmente: CLAYTON MOORE, nasceu em 14 de setembro de 1914, em Chicago, Illinois. Seu pai queria que ele fosse médico, mas ele preferiu ser trapezista e dublê antes de iniciar sua carreira de ator. Atlético e bem apessoado, apresentou-se na feira mundial de Chicago, em 1934, e acabou chamando a atenção de um produtor, que o convidou para trabalhar como modelo.
O sucesso como modelo garantiu um convite para atuar em frente as câmeras. Seu primeiro papel foi como figurante no filme Entre Ladrões (Forlorn River, 1937), estrelado por Larry "Buster" Crabbe. Com o nome de Jack Moore fez inúmeras pontas, geralmente em filmes de faroeste. Foi seu agente Edward Small sugeriu que ele mudasse o nome para Clayton. Entre os filmes que atuou, que não eram de faroeste estão Segredos de Uma Atriz (Secrets of an Actress, 1938), A Dança da Primavera (Spring Madness, 1938) E Serenata na Broadway (Broadway Serenade, 1939). O ator já tinha feito mais de 20 filmes quando teve sua grande chance, com um papel de destaque no seriado Perigos de Nyoka (Perils of Nyoka, 1942), da Republic Pictures. Curiosamente, apesar de ser pouco citado, Clayton foi uma espécie de astro dos seriados de baixo orçamento do estúdio, atuando em O Espírito Escarlate (The Crimson Ghost, 1946), A Volta de Jesse James (Jesse James Rides Again, 1947), Vingadores do Crime (G-Men Never Forget, 1948), Aventuras de Frank e Jesse James (Adventures of Frank and Jesse James, 1948), O Mistério do Disco Voador (Flying Disc Man from Mars, 1951) e O Sinal do Cavalo Branco (Gunfighters of the Northwest, 1954).
Vale mencionar que em 1942, o ator se ausentou dos trabalhos para alistar-se no exército norte-americano durante a II Guerra Mundial. Nesta época, ele serviu na Primeira Unidade de Cinema fazendo filmes de treinamento para os soldados. Com o fim da guerra, retornou a Hollywood, e voltou a atuar.
Em 1949, após interpretar Ken Mason, um descendente de Dom Diego de La Vega (o Zorro verdadeiro), no filme O Fantasma do Zorro (Ghost of Zorro), chamou a atenção de George W. Trendle, co-criador e produtor de uma popular série de rádio intitulada The Lone Ranger. A trama da série envolvia as façanhas de um misterioso ex-Texas Ranger, único sobrevivente de um grupo de Rangers emboscado por uma gangue de foras-da-lei, que vagava pelo oeste selvagem com seu companheiro indio Tonto, combatendo o mal e ajudando os oprimidos. Quando Trendle trouxe o programa de rádio para a televisão, decidiu entrevistar Moore para estrelar a série. Conta a lenda que Trendle perguntou: "Sr. Moore, você gostaria do papel do Lone Ranger?" E Moore respondeu: "Sr. Trendle, EU SOU O Lone Ranger". A resposta que lhe garantiu o papel principal.
O CAVALEIRO SOLITÁRIO logo se tornou o programa de maior audiência na nova rede ABC e seu primeiro verdadeiro sucesso. Lamentavelmente, Moore foi substituído na terceira temporada por John Hart, supostamente devido a uma disputa de contrato. Porém, sem Clayton Moore, a série começou a despencar na audiência, e o ator foi recontratado, com um salário ainda maior do que o que ganhava anteriormente. Mais tarde, Moore disse que não recebeu nenhuma explicação dos produtores sobre por que ele havia sido substituído ou mesmo por que foi recontratado. A quarta temporada ainda foi filmada em preto e branco; já a quinta e última temporada da série foi a única a ser filmada em cores. Ao todo, Moore estrelou em 169 dos 221 episódios produzidos. Ele ainda faria mais um filme: "Zorro e a Cidade de Ouro Perdida" (The Lone Ranger and the Lost City of Gold, 1958) e repetiria o personagem em um episódio da série Lassie, mas depois deixou a carreira definitivamente.
Com o fim da carreira de ator, Clayton passou a fazer aparições públicas vestido como o personagem. Em 1979, o detentor da marca Ranger, Jack Wrather, obteve ordem judicial que proibia Moore de continuar a fazer aparições públicas caracterizado como Cavaleiro Solitário. Wrather pretendia fazer um filme com uma nova versão da história e achava que as exibições de Moore na aparência clássica poderiam atrapalhá-lo. Também não queria que o antigo astro, já com 65 anos, achasse que poderia estrelar o novo filme. Essa ação se mostrou um desastre de relações públicas. Moore respondeu mudando seu traje e passando a usar uma máscara diferente e óculos escuros e processou Wrather. Em 1985 ele venceu a questão e voltou a usar a máscara do Lone Ranger. O filme de Wrather, ZORRO A LENDA DO CAVALEIRO SOLITÁRIO, foi lançado em 1981 e fracassou tanto para a crítica quanto nas bilheterias. Wrather faleceu em 1984, e sua viúva, a atriz Bonita Granville, antiga colega de Moore, retirou a ação judicial, permitindo que ele voltasse a aparecer como Lone Ranger.
Clayton Moore, que foi casado quatro vezes, encarnou o CAVALEIRO SOLITÁRIO até sua morte em 28 de dezembro de 1999, aos 85 anos, após sofrer um ataque cardíaco em sua casa, em Los Angeles, as 9h20m da manhã, deixando órfãos muitos fãs do herói Mascarado.
CURIOSIDADES
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