Papo de Cinema: BEN HUR (1959)

 

O PAPO DE CINEMA  desta vez resgata o inesquecível clássico: BEN HUR de 1959, uma obra-prima do cinema, considerado por muitos como o ápice dos épicos bíblicos da década de 50.  Inegavelmente um suntuoso e magnífico espetáculo que não deixa (ainda hoje) nenhum espectador incólume ou indiferente a sua envolvente narrativa. Dito isso, não deixe de ler este post, pois nele você fará uma maravilhosa viagem nostálgica repleta de informações e muitas curiosidades. Enfim, boa leitura! 


SINOPSE: Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Mas o destino vai dar a Ben-Hur uma oportunidade de vingança que ninguém poderia imaginar.

BEN HUR 
EUA – 1959
Lançamento: 18 de novembro de 1959
Direção: William Wyler
Produção: Sam Zimbalis
Roteiro: Karl Tunberg (baseado no romance Ben-Hur: Um conto de Cristo escrito por Lew Wallace)
Gênero: Drama/épico
Música: Miklós Rózsa
Direção de fotografia: Robert L. Surtees
Direção de arte: Edward Carfagno / William A. Horning
Figurino: Elizabeth Haffenden
Edição: John Dunning / Ralph E. Winters
Companhia produtora / Distribuição: MGM (Metro-Goldwyn-Mayer)
Elenco:
 - Charlton Heston como Judah Ben-Hur
 - Jack Hawkins como Quinto Arrio
 - Haya Harareet como Esther
 - Stephen Boyd como Messala
 - Hugh Griffith como Ilderim
 - Martha Scott como Miriam
 - Cathy O'Donnell como Tirzah
 - Sam Jaffe como Simonides
 - Finley Currie como Baltasar
 - Frank Thring como Pôncio Pilatos
 - Terence Longdon como Drusus
 - George Relph como Tibério
 - André Morell como Sexto
Duração: 3h 32min ou 212 min.
Orçamento: US$ 15,2 milhões
Receita: US$ 146,9 milhões


PRÊMIOS;
OSCAR
-Filme (Sam Zimbalist ) 
-Figurino a cores (Elizabeth Haffenden)
-Fotografia a Cores (Robert Surtees)
-Direção (William Wyler)
-Efeitos Sonoros (Franklin Milton)
-Edição (Ralph E. Winters, John D. Dunning )
-Trilha Sonora de uma Comédia ou Drama (Miklós Rózsa)
-Direção de Arte - Decoração de Cenários (William A. Horning, Edward C. Carfagno, Hugh Hunt )
-Ator (Charlton Heston)
-Efeitos Especiais (A. Arnold Gillespie, Robert MacDonald, Milo B. Lory )
-Ator Coadjuvante (Hugh Griffith)
BAFTA
-Melhor Filme (William Wyler)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York
-Melhor Filme
Globo de Ouro
-Filme - Drama
-Direção (William Wyler)
-Ator Coadjuvante (Stephen Boyd)
-Prêmio Especial (Andrew Marton) - Direção da cena da corrida de bigas.
Prêmios David di Donatello, Itália
-Melhor Produção Estrangeira
-Ator Estrangeiro (Charlton Heston)
Grêmio dos Diretores da América
-Prêmio por Direção Excepcional (William Wyler)
Prêmios Laurel - USA
-Prêmio Especial
National Board of Review - USA
-Prêmio NBR de Melhor Ator Coadjuvante (Hugh Griffith)
-Prêmio NBR dos 10 Melhores Filmes
Citação Especial (Andrew Marton, Yakima Canutt)


CURIOSIDADES:
  • BEN-HUR de 1959 é na verdade uma refilmagem do longa homônimo de 1925; 
  • A História de BEN HUR foi contada três 93) vezes no cinema: 1925, 1959 e em 2016.
  • O romance Ben-Hur: A Tale of the Christ, escrito por Lew Wallace e publicado em 1880, tinha 550 páginas de extensão. 
  • O autor Lew Wallace chegou a declarar que, sendo ateu, começou a escrever Ben-Hur: Um Conto do Cristo (1880) com o objetivo de comprovar que Jesus Cristo não era filho de Deus, mas que, ao longo de suas pesquisas, acabou se convertendo a fé cristã. Algo que se reflete na evolução do personagem principal. 
  • O roteiro é creditado a Karl Tunberg, porém com contribuições de Maxwell Anderson, S. N. Behrman, Gore Vidal e Christopher Fry;
  • A primeira apresentação pública de "Ben-Hur" foi feita em cima de um palco, no Teatro Manhattan em Nova York, corria o ano de 1899. Com adaptação de William Young e música de Edgar Stillman Kelley, a peça foi representada em diversas cidades americanas, entre o ano da estreia e 1916.
  • Com o advento do cinematógrafo, "Ben-Hur" conheceu a sua primeira adaptação logo em 1907, dois anos após o falecimento de Wallace. Como não podia deixar de ser, dadas as limitações técnicas da época, essa curta metragem, com cerca de 12 minutos de duração, era apenas uma sucessão de pequenos quadros filmados por uma câmara estática e em que a maioria do tempo era ocupado pela corrida das quadrigas. A companhia Kalem, que produziu o filme, foi processada pelos herdeiros de Wallace por violação de direitos autorais. O tribunal deu-lhes razão e ordenou à produtora o pagamento de uma larga indemnização aos queixosos.
  • A segunda adaptação ao cinema surgiu quase vinte anos depois, em 1925, no apogeu do cinema mudo. Realizado por Fred Niblo e com Ramón Novarro no papel principal, "Ben-Hur: A Tale of the Christ". Esquecida por muitos, esta versão normalmente acompanhava, enquanto "extras" as edições sucessivas em DVD do filme de William Wyler de 1959.
  • Ben-Hur de 1959 foi o primeiro longa a receber a impressionante marca de 11 Oscars, estando empatado com Titanic, de 1997 e O senhor dos anéis: o retorno do rei, de 2003.
  • A National Film Preservation Board selecionou Ben-Hur em 2004 para preservação no National Film Registry por ser considerado um filme "culturalmente, historicamente ou esteticamente significante".
  • O ator Burt Lancaster recusou o papel de Judah Ben-Hur porque era ateu e não queria ajudar a promover a Cristandade. Além de Lancaster, os atores Marlon Brando e Rock Hudson também recusaram.
  • A produção de Ben-Hur foi uma bem-sucedida tentativa ds estúdio MGM para conseguir sair da ameaça de falência.
  • Supostamente, Gore Vidal teria declarado certa vez que o roteiro original previa um relacionamento homossexual entre Ben-Hur e Messala. Porém, como o diretor sabia que Charlton Heston nunca aceitaria interpretar um personagem assim, Vidal teria sugerido contar apenas a Stephen Boyd (Messala) sobre esse relacionamento do passado dos personagens.
  • A MGM queria que um autêntico barco romano fosse utilizado nas cenas de batalha. Para tanto, contratou um engenheiro que se dedicava à arquitetura romana. Quando ele apresentou o design do barco aos engenheiros da MGM, estes disseram que o barco afundaria, pois era muito pesado. Ainda assim o barco foi construído e, ao ser colocado no oceano, inicialmente flutuou. Porém uma pequena onda foi suficiente para afundar a embarcação. Por causa disso, as cenas foram rodadas em um gigantesco tanque, com cabos prendendo o barco ao tanque.
  • Após a construção do tanque, era preciso dar à água (que estava marrom-escura) o tom azul-mediterrâneo necessário para que as cenas parecessem reais. Foi utilizado um composto químico que realmente azulou a água, mas também formou sobre ela uma crosta, que precisou ser toda retirada do tanque por operários da MGM.
  • Durante as filmagens no tanque, um dos figurantes caiu na água e lá ficou por muito tempo. Ao sair, ele estava totalmente azul, e teve seu salário pago pela MGM até sua pele voltar ao normal.
  • Só a construção da arena para a icônica corrida de quadrigas (na Cinecittà, em Roma) custou um milhão de dólares. Nessa sequência – dirigida em 94 dias por Andrew Marton, Mario Soldati e Yakima Canutt, especialista em cenas de perigo –, utilizaram-se cinco câmeras, oito mil figurantes e 76 cavalos.
  • Para a entrada dos corredores, o diretor de fotografia Robert Surtees usou uma grua de mais de trinta metros de altura: o espectador vê as quadrigas desfilando na pista como se sobrevoasse a arena. O efeito é realçado pela utilização do processo cinematográfico Camera 65, um aperfeiçoamento do CinemaScope.
  • Apesar de na Itália haver cavalos brancos, os quatro que foram utilizados nas filmagens vieram da Tchecoslováquia, trazidos na primeira classe de um avião fretado e que teve seus assentos retirados.
  • O estádio confeccionado para Ben-Hur seguiu detalhes do que foi utilizado na versão de 1925.
  • Após as filmagens, os cenários de Ben-Hur foram todos destruídos por ordem de Sam Zimbalist, que temia que eles fossem utilizados em produções italianas menores.
  • Miklós Rózsa compôs a trilha sonora de Ben-Hur em oito semanas.
  • A refilmagem de Ben Hur em 2016 trouxe o ator Rodrigo Santoro como Jesus Cristo.

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