PAPO DE CINEMA:A Dança dos Vampiros (The Fearless Vampire Killers)1967
Neste Papo de Cinema vamos viajar ao distante ano de 1967 e rever a épica comédia de horror: A DANÇA DOS VAMPIROS. Um verdadeiro clássico do cinema e das madrugadas da Globo. Sendo responsável pela primeira cena de nudez completa de frente protagonizada pela belíssima atriz: Sharon Tate, foi o motivo mais do que justificado para uma legião de jovens adolescentes se esgueirarem para a frente das TVs as altas horas da noite. Um filme único que consegue como poucos unir terror e comédia na medida certa. Vale a pena assistir!
SINOPSE: Abronsius é um professor universitário especialista em vampiros que decide ir até a Transilvânia, no coração da Europa Central, acompanhado de seu fiel discípulo Alfred, que infelizmente é bem medroso. Abronsius tem como objetivo aprender sobre vampiros e combatê-los, se possível, mas os fatos tomam um rumo inesperado e vão de encontro aos objetivos do professor.
TÍTULO: A DANÇA DOS VAMPIROS
Título Original: The Fearless Vampire Killers
Ano: 1967
País: EUA / Reino Unido
Duração: 1h 48min
Direção: Roman Polanski
Produção: Gene Gutowski
Roteiro: Roman Polanski / Gérard Brach
Elenco Principal:
- Jack MacGowran .... Professor Abronsius
- Roman Polański .... Alfred
- Sharon Tate .... Sarah Shagal
- Alfie Bass .... Yoineh Shagal
- Ferdy Mayne .... Conde von Krolock
- Iain Quarrier .... Herbert von Krolock
- Jessie Robins .... Rebecca Shagal
Gênero: Comédia , Terror
Música: Krzysztof Komeda
Cinematografia: Douglas Slocombe
Edição: Alastair McIntyre
Companhia(s) produtora(s): Cadre Films / Filmways
Distribuição: MGM - Metro-Goldwyn-Mayer
A Dança dos Vampiros é a prova de que para se realizar uma boa sátira não é necessária a atuação de comediantes fanfarrões. Antes pode e deve ser o fruto de um bom roteiro, com atores talentosos bem afinados com uma direção competente.
A história é básica: Temos uma dupla de caçadores de vampiros que chegam a um vilarejo isolado e se acomodam em uma pequena estalagem. Sua missão é encontrar e matar o Conde von Krolock, vampiro cruel que mora num castelo nos arredores do vilarejo. Os nossos heróis são o Professor Abronsius (Jack MacGowran) e seu assistente Alfred (Roman Polanski). Longe de ser um Van Helsing, Abronsius sabe toda a teoria sobre vampiros, e pouquíssimo sobre todo o resto. Já Alfred é um jovem ingênuo que se apaixona por Sarah (Sharon Tate) filha do estalajadeiro Shagal (Alfie Bass). O conde sequestra Sarah e transforma Shagal num vampiro, e cabe a Abronsius e Alfred invadirem o castelo do vampiro e livrar o mundo das criaturas da noite.
Outra curiosidade é que a cômica ironia do título original (The Fearless Vampire Killers) acaba se perdendo na tradução nacional (A Dança dos Vampiros). No original, a tradução seria algo como: "Os Destemidos Matadores de Vampiros" Algo hilário, pois nenhum vampiro é morto no filme, muito menos pela “destemida” dupla do título.
Polanski queria a atriz Jill St. John para o principal papel de Sarah, mas concordou em conhecer Sharon Tate a pedido do produtor americano Martin Ransohoff, o descobridor e mentor da jovem Tate, então uma atriz com poucos trabalhos e ainda inexperiente. Depois de um jantar em que discutiram o papel, ele concordou que ela pudesse estrelar o filme, desde que usasse uma peruca vermelha para a personagem. Durante as filmagens, inicialmente o diretor Polanski teve pouca paciência com a atriz, chegando a rodar setenta vezes uma mesma cena até ficar satisfeito com o resultado, mas ao final elogiou seu desempenho.
Um fato marcante que se destaca nesta inesquecível película, fica por conta da belíssima Sharon Tate, que vive a belíssima Sarah. Foi neste filme que Tate conheceu Polanski e os dois logo emendaram um romance que virou casamento. Infelizmente, a história de amor do casal seria curta com o brutal assassinato da jovem atriz (já grávida de Polanski) pelos asseclas do maníaco Charles Manson em 1969. Possivelmente, por esta razão, seja tão agridoce acompanhar a sua performance no filme. A beleza de Tate é hipnótica em A Dança dos Vampiros e nos faz crer que Alfred passaria por cima de seus medos para salvar a jovem donzela.
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Confesso que não é um dos meus filmes preferidos de Polanski. Achei a comédia muito "ingênua" (não sei se tem ligação com a época em que o filme foi feito)lembrando muito Os Trapalhões. Mas, concordo quanto a importância histórica, mesmo sendo marcada, anos depois, por uma tragédia.
ResponderExcluirSem falar que a ambientação na neve deu "um ar" criativo, diria que até inovador? Além dos vampiros, o frio se tornou um obstáculo inusitado e acrescentou cenas importantes, junto a "caricatura" do professor congelado. Só lembro de ter visto essa ideia de vampiros + neve no filme 30 Dias de Noite.